Digestivo nº 227 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Sexta-feira, 20/5/2005
Digestivo nº 227
Julio Daio Borges
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+ 1 Comentário(s)




Música >>> Quem sabe
O Los Hermanos é hoje a maior banda de rock brasileiro. Podem falar o que for – digo, de rock autêntico. Só alguém totalmente insensível ao gênero, não iria se impressionar com Ventura (2003) – e até com as possibilidades que esse álbum guarda para a música brasileira. Nesse aspecto, o DVD Los Hermanos no Cine Iris, que acaba de sair do forno, é revelador, no sentido de se saber quem são os compositores por trás do nome. São jovens, extremamente jovens. Mais jovens ainda no documentário “Além do que se vê” que, no DVD, acompanha o show. Aparecem alguns moleques, fechados num sítio, desovando pérolas de início barulhentas mas que, graças a um sujeito de óculos, ao baixo, vão tomando forma. É Kassin, provavelmente da mesma idade deles (ou com um pouco mais), o já lendário produtor. Ou seja: existe muito mais que Marcelo Camelo por trás do Los Hermanos, embora a imprensa queria nos fazer crer no contrário. Existe Rodrigo Amarante, por exemplo. Você sabia, ó ouvinte distraído, que ele assina, também, faixas e que divide (quase?) metade dos vocais e interpretações com Camelo? Mas não é o frontman. Ou, ao menos, não é assim que o conjunto, e o público, o considera(m). No show, parece haver um princípio de disputa, naturalmente, entre Rodrigo e Marcelo. O que será do Los Hermanos? Reza a lenda que estão agora trancados no mesmo sítio, compondo material novo, enquanto o tecladista Bruno Medina, que costumava narrar a rotina da banda, posta histórias ficcionais no seu blog. Se não fosse muita especulação, poder-se-ia apostar que eles passam por um processo semelhante ao do Barão, depois do Rock in Rio I, e durante as sessões de Maior Abandonado (1985). Será que daí sai Cazuza? Por enquanto, só o DVD pode nos dar a resposta. [Comente esta Nota]
>>> Los Hermanos no Cine Iris - Los Hermanos
 



Literatura >>> Vinte anos em muitas vozes
Rodrigo Capella é um sujeito sorridente e bem-humorado que nem parece escritor. E não porque sua simpatia natural denote superficialidade, mas porque os escritores – que estamos acostumados a ver fora da televisão – são acabrunhados e vivem reclamando. Rodrigo, não. Rodrigo é um otimista nato: tanto que publicou não antes dos 30 anos (como todo mundo), mas já antes dos 20. Mais precisamente, aos 16. Por estímulo da mãe. Construiu uma astuciosa história de detetive e – mais importante, pelo menos hoje – encontrou uma editora. Divulgou na mídia. Ah, Rodrigo, além de – obviamente (?) – jornalista, já trabalhou com assessoria de imprensa. Formou-se pela Metodista, fez pós-graduação na PUC, cursou ESPM, e – apesar desse nosso mercado reprimido e refratário a novos nomes – não perdeu o humor. Tanto que o conservou até hoje. Hoje, aliás, edita o Cineminha, um site sobre sétima arte que completou um ano em março. E, naturalmente, segue sua carreira de escritor. Em 2005, atacou em outra seara: lançou um manual para cães (e seus donos). Manteve o tom divertido de seu primeiro policial e espera conquistar leitores em livrarias e até pet shops. É um otimista, esse Rodrigo. Com admiradores como o cineasta Carlos Riechenbach, o Carlão, que escreveu a orelha evocando uma longa genealogia, cheia de convivência fraterna, à base de Canis familiaris. Rodrigo, incansável, promete, ainda este ano, uma continuação de seu policial e, também, na área do Carlão, um perfil para a coleção “Aplauso”, da Imprensa Oficial, sob o comando de Rubens Ewald Filho. Rodrigo, que já militou em defesa dos assessores (são também jornalistas, escreveu no OI), fez intercâmbio fora do Brasil e sente uma atração grande pela carreira de repórter internacional. Talvez inaugure, com seu exemplo, uma nova era, de mais leveza e suavidade, nas letras brasileiras. Cheia é, claro, de otimismo, como o Rodrigo. [Comente esta Nota]
>>> Rodrigo Capella
 



Além do Mais >>> O Cavaleiro da Rosa
Mais arroz de festa do que Yamandú Costa, só mesmo a Osesp, que está também, como ele, em todas. Pois se juntaram pra tocar em março (está muito longe?). Foi antes, claro, da turnê cone sul (em abril), da orquestra de John Neschling, e da reunião de Yamandú com o Zimbo Trio. Foi uma bela noite, na Sala São Paulo (pleonasmo redundante?). Estava lá, igualmente, a fina flor da crítica musical brasileira. Arthur Nestrovski, queimado de sol (como alguém que havia feito bronzeamento artificial), gesticulava sem parar, com quem – parecia ser – Inês (aquela a quem ele dedica o livro). Além do Artur, quase na mesma fila, Zuza Homem de Melo era conduzido entre os degraus e, depois de assentado, observava atento, como aquele seu olhar típico de tartaruga. Grande Zuza. E no palco? Yamandú – num feito inédito para uma sinfônica – pôde dispor de alguns segundos para solar (sua especialidade), enquanto Roberto Minczuk segurava os músicos em silêncio respeitoso. Apesar do virtuosismo de Yamandú, pareceu algo forçado e, mais que a música, lembrou uma atração de circo ou coisa que o valha. Ficaria bem num concerto de rock; ou num freak show. Mas não numa apresentação de peças de Mozart e Strauss (malgrado o retrato, em Amadeus, do primeiro). Houve, ainda, Maurício Carrilho, que estava lá mas que, quando chamado, não se mostrou pras câmeras. (E, entre as escadarias, a voz cafona de Fabio Malavoglia, o novo locutor da Cultura.) Pela casa lotada e pela platéia, ameaçando ser jovem, a estratégia soava como uma tentativa de renovar o público. Num primeiro momento, funcionou. Ocorre que nem só de Paganini vive o homem. E ainda que Yamandú seja o nosso, vai nascer um só a cada 200 anos – como sustentar a Osesp (que não consegue nem regente-assistente), e a Sala, na próxima entressafra? Afinal, um século dura muito; dois, então... [Comente esta Nota]
>>> Osesp & Yamandú
 
>>> E O CONSELHEIRO CONTINUA POLEMIZANDO NO WEBINSIDER

Há algo de estranho no reino da internet brasileira. Nesta semana, num intervalo de 24 horas, li dois interessantes artigos que tratavam de um mesmo assunto: blog e jornalismo. No primeiro, o jornalista Pedro Doria, de NoMinimo, classifica como um mistério o fato de haver tão poucos blogs brazucas voltados para a informação. No segundo, "Jornalismo virou commodity. Aceite e aja", o também jornalista Julio Daio Borges diz que o blog banaliza a profissão de tal maneira que qualquer pessoa pode ser um jornalista hoje em dia.

Nara Franco, em "Como o jornalismo brasileiro absorveu a internet".

>>> E A CONSELHEIRA TAMBÉM É CITADA EM JORNAL

Um dos novos poemas de Fabrício Carpinejar diz: "Quero dar nome./ O que não tem nome/ é entrerrado como indigente./ Não posso aceitar, quero dar nome." Fabrício Carpinejar tem alguns outros nomes. O de batismo é Fabrício Carpi Nejar, filho dos escritores Maria Carpi e Carlos Nejar. Talvez ele tenha unido os dois sobrenomes como gesto poético. Além de colar pai e mãe, separados ainda em sua infância, criou uma palavra que, como observou Andréa Trompczynski no site Digestivo Cultural, parece um verbo: "Carpinejaste as palavras", disse ela.

Daniel Piza, no jornal O Estado de S. Paulo de 8 de maio de 2005.

>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO RECOMENDA



>>> Cafés Filosóficos
* A Temperatura do Universo
Thyrso Villela Neto
(Ter., 24/5, 19hs., CN)

>>> Palestras
* O Direito na Sociedade da Informação - Cid Torquato, Ana Claudia Akie Utumi, Marcela Waksman Ejnisman, Regina Ribeiro do Valle, José Renato Nalini e Carlos Roberto Fornes Mateucci
(Seg., 23/5, 19hs., VL)
* Amazônia: O mundo das águas
Reinaldo de Andrade, José Varella e Rodolpho Pereira
(Ter., 24/5, 19h30, VL)

>>> Noites de Autógrafos
* Os Ensaios de Warren E. Buffett - Rui Tabakov Sena Rebouças
(Seg., 23/5, 18h30, CN)
* Movimento homossexual e produção de identidades nos anos 90
Regina Facchini
(Ter., 24/5, 18h30, CN)

>>> Shows
* Espaço Aberto - Filó Machado e Cibele Codonho
(Dom., 29/5, 18hs., VL)

* Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos (VL): Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional (CN): Av. Paulista, nº 2073
*** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
23/5/2005
16h48min
Pouco tempo, pra variar, e realmente impossível ficar indiferente ao trabalho de Los Hermanos, mas palpito que a obra prima deles continua sendo "Ana Júlia" (rs), e tenho por termômetro os mais diversos Karaokês (é assim que se escreve?)de São Paulo. A moça que trabalha em casa canta entusiamadamente, um japa tímido, tímido, que vi num karaoke dia desses, estava numa ebulição, e desconheço o lance do George Harrison com essa música, mas é uma composição musical, de fato. Agora, interessantíssimos alguns desdobramentos timbrísticos, harmônicos, melódicos que a banda inventa, mas o curioso é que por detrás está sempre uma tentativa de "Ana Júlia". E alguns recursos causam espécie num primeiro momento, mas gente, é difícl marcar o tento que a banda persegue. No caso do Skank, o Samuel Rosa tem uma incrível capacidade de criar hits deliciosos, musicais, muito musicais, diria, e longe dessas sonoridades cativantes, cuja pretensão inovadora é acentuada o bastante para distrair-nos das essências, e essência é fundamental, seja numa Banda do Chico, numa Maria Mole, hoje por exemplo, Foll To Cry, de Keith e Mick no rádio... Cacete, que aquelas poucas notinhas de um tão blues. Caetano, Gil, todos eles também exageraram nas perfumarias. O que vocês acham, por exemplo, da crítica ter eleito Tropicália como O Disco? Achei um blefe. Caetano e Gil têm coisas tão melhores. Digo bobagens, mas talvez as melhores canções desse álbum sejam "Tropicália" e "Soy Loco Por Ti Aamérica". As quase Ana Júlias desses experimentalistas quase justificados. O Camelo e turma me alegrariam muito mais com Anas Júlias. Elas não excluem as brincadeiras, ou Yellow Submarineme desmente? Para um experimento me tocar fundo tem decalar no âmago da paixão mais tolinha. E baccios do Mário a todos!!!
[Leia outros Comentários de Mário G. Montaut]

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