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Sexta-feira, 15/5/2009
Digestivo nº 415
Julio Daio Borges
+ de 3100 Acessos




Além do Mais >>> O Estilo 80/20, de Richard Koch
O Princípio de Pareto, em homenagem ao economista italiano, constata que, no mundo dos negócios, para qualquer empresa, 80% do faturamento vem de, apenas, 20% dos clientes. O chamado "princípio 80/20" foi extrapolado para economia, em geral, ratificando que 20% dos players, de um determinado setor, dominam 80% do mercado; 20% das pessoas detêm 80% da riqueza do mundo... e assim por diante. Richard Koch — que, justamente, escreveu o best-seller O Princípio 80/20 — resolveu extrapolar o conceito mais ainda e aplicar sua "regra" para a vida em geral. Em O Estilo 80/20, Koch incita o leitor a reproduzir o método não só no trabalho, mas no reino das "finanças pessoais", nos relacionamentos e no dia a dia, desembocando numa filosofia com um quê de epicurista. Os romanos, aliás, que não ambicionavam viver segundo uma "moral" dominante, e que objetivavam simples e apenasmente a felicidade individual, podem ser considerados os pais da autoajuda. Richard Koch, no fundo, extrapola o slogan do "less is more" (menos é mais), como uma alternativa à miríade de opções da vida contemporânea. Sua filosofia, se mal-interpretada, pode ser confundida com nosso famoso "jeitinho", onde a esperteza, a malandragem, o mau-caratismo, combinados à "lei do mínimo esforço", desembocam na "ética" de "levar vantagem em tudo". Koch, contudo, não tem ambições de mudar o mundo, e O Estilo 80/20, sem pretensões sociológicas ou psicológicas, pode, sim, aliviar a existência de homens e mulheres hoje escravos do caos, do descontrole e da insatisfação crônica. [Comente esta Nota]
>>> O Estilo 80/20
 



Artes >>> Olhar Direto, de Paul Strand
A fotografia digital vulgarizou a fotografia; assim como os processadores de texto vulgarizaram a escrita; assim como o MP3 vulgarizou a música... Vulgarizar não no sentido de tornar vulgar, mas no sentido de tornar acessível ao vulgo, ao "homem comum". Assim como adolescentes disparam canções de seus quartos, escrevinhadores metralham dos teclados para seus blogs, turistas em tempo integral miram seus celulares e distribuem imagens a todo instante. Isso é bom? Isso é ruim? É como é; e pronto. O fato é que a fotografia — que, pela repetição, pode até, acidentalmente, se tornar interessante (mesmo num fotógrafo amador) — às vezes precisa nos lembrar de que é, igualmente, arte. E, inclusive, foi num momento de transição, como este nosso, do século XIX para o XX, que os primeiros artistas-fotógrafos se revelaram. Como os primeiros cineastas, que se apoiaram nos grandes relatos da tradição escrita, esses primeiros artistas da máquina fotográfica dialogavam com a pintura, a arte em sua definição mais ampla. Suas fotos, mais que o registro (do momento), como que fazemos hoje (disparando quase a esmo), guardam um desejo de composição, de subversão da estética dominante, de, como dizem, educação do olhar. É o caso de Paul Strand, fotógrafo norte-americano, dos mais influentes do século passado, que mereceu exposição do Centro Cultural IMS do Rio (e que chega a São Paulo em fins de julho). Seu catálogo, Olhar Direto, parte da Nova York das primeiras décadas, onde Strand se revelou, até suas viagens pelo resto do mundo, num último instantâneo de 1964, em Gana. Seu estilo "brutalmente direto", de acordo com Alfred Steiglitz, nos é "familiar" hoje, conforme aponta o material de divulgação. É verdade. A fotografia se "brutalizou". Quem sabe não se vulgarize, neste novo milênio, para virar arte, de novo? [4 Comentário(s)]
>>> Olhar Direto
 



Cinema >>> Salvador (Puig Antich), de Manuel Huerga
Para quem se cansou de assistir a filmes brasileiros sobre os recentes anos de chumbo, uma alternativa é Salvador, dirigido por Manuel Huerga... sobre os "anos de chumbo"... na Espanha — ou sobre a resistência à ditadura de Francisco Franco, nos anos 70, na Catalunha, mais precisamente em Barcelona. O longa, baseado no livro de Francesc Escribano, sobre Salvador Puig Antich, refaz a trajetória do jovem anarquista, que, depois do Maio de 68 na França, optou pela clandestinidade, virou motorista em assaltos a banco (para subsidiar as atividades do grupo MIL, Movimiento Ibérico de Liberación), terminou capturado numa emboscada da polícia, envolveu-se num tiroteio, acabou preso e condenado à pena capital pela morte de um guarda-civil. Salvador morreu aos 25 anos, em 1974, executado pelo "garrote", um instrumento de tortura medieval — que, empurrando uma barra de ferro contra a nuca do condenado, rompe sua coluna e, previsivelmente, causa morte cerebral (não instantânea). A reconstituição do episódio, que causou protestos no país e fora dele (na época), foi considerada melodramática em tela grande. Mas é certo que a cena da execução — numa adaptação que, nos demais momentos, lembra a estética de O que é isso, companheiro? — é uma das mais impressionantes dos últimos tempos. Embora radicais tenham reclamado de Salvador, e seus companheiros, serem retratados como "playboys", sem que explicações maiores sejam dadas sobre o uso da violência, Cannes aprovou e Salvador, por mais que falhe historicamente, funciona como um libelo contra a pena de morte. Talvez filmes sobre ditaduras, assim como filmes sobre o holocausto, sirvam para nos lembrar, periodicamente, sobre alguns horrores que, nem em tom de piada, deveriam voltar. [2 Comentário(s)]
>>> Salvador (Puig Antich)
 

 
Julio Daio Borges
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