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BLOG

Quarta-feira, 16/3/2005
Blog
Redação
 
Para ler no botequim

Infelizmente, o mercado editorial no Brasil é uma tristeza. Para não me deprimir, tenho inclusive evitado pensar sobre o assunto. As editoras estão fazendo livros cada vez mais caros, na contra-mão da expansão editorial do resto do planeta. Mesmo aquelas editoras que apostaram em livros populares, agora estão se rendendo à lógica do mercado, e já aumentaram barbaramente seus preços. As capas em geral são muito feias, pretensiosas. Não há um tratamento artístico, no sentido "trágico" do termo. No máximo, um design bonitinho, ou elegante. Por outro lado, com a economia crescendo, e o analfabetismo caindo, haverá um crescimento natural do mercado de livros. Essa é minha esperança.

Miguel do Rosário em entrevista na Novae, promovendo seu primeiro livro de contos.

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Postado por Julio Daio Borges
16/3/2005 às 15h18

 
Mulher é tudo igual

Eu e a Marieta Severo não temos tempo pra solidão. Ela foi casada com Chico Buarque, eu com João Teodoro. Ambos nos deram muito trabalho. Teodoro era alcoólatra e me batia na cara. Passei com ele os piores momentos da minha vida. Como se não bastasse era meio veado, o cara. Vivia se enroscando com garotinhos por aí, depois os trazia pra casa e me apresentava como coleguinhas de trabalho. Ora, vê se eu sou boba. Punha os moleques pra dormir na minha cama, "ele não tem pra onde ir, coitado", e dormia comigo no sofá da sala. No meio da noite, João sumia.

Quando bebia além da conta e se punha a fazer escândalo, eu lhe dizia: qualquer hora pego minha bolsa e vou embora sem nem me despedir. Ele não acreditava. "Mulher é tudo igual", dizia.

Um dia eu estava na cozinha preparando o almoço quando João entrou e me viu despejar meio litro de azeite, dos bons, no copo do liquidificador. "Pra que tanto azeite?", berrou. A receita é essa, molho pesto é assim mesmo, vai azeite pra burro. Não sei por que, meus olhos se encheram de lágrimas. Liguei o liquidificador na potência máxima e aquele barulho infernal, e aquele manjericão todo moendo lá dentro, e aquelas nozes sendo trituradas, e aquele verde virando pasta cheirosa, foi me dando uma coisa de novidade, de começar de novo, uma coragem, que eu fui ao quarto e peguei minha bolsa. O liquidificador ficou ligado. Depois disso arranjei tanta coisa pra fazer, pra me divertir, que nem tive tempo pra solidão. João Teodoro estava certo, mulher é tudo igual. Um dia vira tudo Marieta.

Ivana Arruda Leite, que - hoje mesmo -, em Doidivana, já linca pra nós (pro blog).

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Postado por Julio Daio Borges
16/3/2005 às 13h38

 
pessoas que me acontecem

Tem pessoas novas na minha vida. Pessoas que foram chegando devagar e ocupando um lugar especial no meu coração. Pessoas que me fazem sorrir e me encantam. Pessoas com conteúdo! Pessoas que têm o que dizer! Pessoas que sonham... Pessoas que deixaram tudo para viver seus sonhos e pessoas que estam contruindo sonhos como eu. Pessoas que quero aqui comigo para sempre. Pessoas que foram embora e voltaram.

Tudo o que eu vivi nos últimos anos, parece-me tão distante, como se eu tivesse vivido dez vidas. Foram tantas pessoas me acontecendo e tantas promessas (algumas nunca se realizaram) e amores perdidos e coisas não ditas. É engraçado perceber que a gente é tão querida por pessoas que mal conhecemos. Elas vão chegando devagar, aproximando com sutileza... E de repente a gente não quer mais sair de perto delas...

Mônica no Crônica Excêntrica, que igualmente linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
16/3/2005 às 13h32

 
A opinião que se publica

"Não procuro dirigir nem criar a opinião pública no meu Estado. Ao contrário, procuro apenas sondar com cautela as opiniões em que o Estado se divide e deixo-me ir, confiado e tranquilo, na corrente daquela que me parece seguir o rumo mais certo."

Julio Mesquita, founding father do Estadão, citado numa conversa com o Rodrigo Mesquita ontem.

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Postado por Julio Daio Borges
16/3/2005 às 10h45

 
Por que votar em Bussunda?

Porque é um empregão! Quatro anos, quem sabe até mais, com ar condicionado, cafezinho, secretária, imunidades, os caraminguás no final do mês e amplas possibilidades de sanear definitivamente as combalidas finanças de nosso candidato.

Mas por que Bussunda? Por acaso a boneca já perguntou alguma vez por que Gastone Righi? Por que Aecinho? Por que Dasso Coimbra? Genoíno? Então não enche o saco.

A palavra do candidato
E onde eu entro nisso? Pois é... Este ano completo 26 anos e nunca tive uma carteira de trabalho, tenho um nome a lazer. Há mais de 6 anos entrei na faculdade e estou longe de terminar, mamãe não larga do meu pé... e não dá mais grana. Pois é... tá foda.

Eu sei que a situação está difícil para todo mundo, mas é que eu tenho mais chance, galera. Tenho a imprensa do meu lado. Não custa dar uma forcinha. Além do mais, para mim bastam as mordomias, o salário e a aposentadoria no segundo mandato. Prometo que não vou roubar.

Eleitor, temos um encontro marcado para o dia 15 de novembro, mas liga antes pra confirmar, sei lá, de repente eu viajo...

Bussunda em 1988, depois da Abertura, em O melhor do jornal O Planeta Diário, quando o Casseta & Planeta era engraçado.

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Postado por Julio Daio Borges
16/3/2005 às 10h18

 
Declaração de Direitos Humanos

Angeli

Angeli roubado da página do Eugênio Braga, que também linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
16/3/2005 às 09h49

 
Entre a ordem e o caos

Young Woman Daydreaming While Studying, McMillan

1 - ter sempre água na cabeceira, antes de dormir;

2 - abrir a janela (lateral) do quarto (de dormir) e ouvir crianças brincando, ver as manhãs de céu azul desbotado cruzado por passarinhos;

3 - tomar café da manhã. Acompanhada;

4 - nas tardes de quinta, zapear pelos canais a cabo, encontrar invariavelmente o canal de filmes antigos e assisti-los com um gosto doce de riso de infância, fazendo guerra de pezinhos no sofá psicodélico;

5 - planejar sessões de DVD aos sábados, com mais riso, pipoca e refri. Discutir o filme e discordar de todo mundo só de pilhéria, só para ser do contra, rindo secretamente da indignação levantada e, depois, confessar, ou não, que foi tudo molecagem. Isso pode ser muito divertido nessas ocasiões;

6 - fazer comidinhas para as pessoas de quem gosto, ou, quando saio à rua, comprar pirulitos, docinhos, qualquer coisa assim só para fazer surpresa quando chegar a casa. Ou seja, trazer um gostinho de paraíso para a boca dos que quero bem;

7 - arrumar um jeito de ajustar receita e despesa ou de ganhar mais dinheiro e deixar de ser perdulária;

8 - ajudar a reclamar do calor seco só para ter o prazer de concordar com os outros (chego a ver até um meio sorriso, porque a concordância sempre leva a uma certa cumplicidade, ainda que na reclamação vazia), mesmo que o calor daqui me seja muito mais suportável que o que me fazia transpirar a borbotões em Blu e no RJ;

9 - acalmar meus ânimos, serenar minha alma e tirar de cada um só o que me pode dar, só o que gosto, maravilhar-me com isso e desprezar o que as pessoas têm de menos agradável como se fosse tudo criancice, birra tolinha de quem quer se afirmar meio mauzão, bandido de filme de faroeste com bigode postiço e pistola d' água (é difícil, mas gostoso, praticar tolerância);

10 - fazer da literatura, dos bichos e das pessoas que tenho no agora meus bons companheiros até o futuro, enquanto não durmo, enquanto espero o que não vem, enquanto espero as noitinhas de quarta-feira, enquanto espero outubro, tirando qualquer "tom de desespero", cultivando a harmonia, abrindo portas pra alegria. E só.

Angie em La Renarde Flaneuse, que linca pra nós.

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Postado por Julio Daio Borges
16/3/2005 às 09h37

 
O retorno dos que não foram

A ressurreição deste blog é uma homenagem ao Pedro Doria, que reclamou sua ausência, no ano passado, em cadeia de rádio e TV.

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Postado por Julio Daio Borges
16/3/2005 às 08h30

 
Apenas manter a loja

Loredano

A idéia de que aquilo que a gente coloca num livro vai ter um efeito poderoso é cada vez mais difícil de sustentar. Com o passar dos anos, parte dessa capacidade para continuar escrevendo se reduz a viver com a expectativa de ficar desapontado. É o oposto do capitalismo. No capitalismo, a gente quer que o nosso negócio seja bem-sucedido, e, à medida que ele vai tendo sucesso, a gente parte para comprar um negócio ainda maior. Na arte de escrever é quase o contrário. A gente quer apenas manter a loja. Provavelmente, a gente não vai tão bem neste ano como foi no ano passado, mas, apesar disso, vamos manter a loja funcionando.

Norman Mailer, ontem no Estadão

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Postado por Julio Daio Borges
2/2/2003 às 18h23

 
Meu destino é pecar

Sou filha de canadense e francesa; os homens me acham bonita e se viram na rua, fatalmente, quando passo. Uns olham, apenas; outros me sopram galanteios horríveis, mas já estou acostumada, graças a Deus; há os que me seguem; e um espanhol, uma vez, de boina, disse, num gesto amplo de toureiro: "Bendita sea tu madre!". Lembrei-me de minha mãe que morreu me amaldiçoando e senti um arrepio, como se recebesse, nas faces, o hálito da morte. Bem, acho que meu tipo é miúdo, não demais, porém. E foi isso talvez que levou certo rapaz a me dizer, pensativo: "Se você cantasse, daria uma boa Mme. Butterfly". Há mulheres, decerto, menores do que eu. Mas gosto de ser pequena, de dar aos homens uma impressão de extrema fragilidade e de me achar, eu mesma, eternamente mulher, eternamente menina. Às vezes, não sempre, tenho uma raiva de umas tantas coisas que existem em mim e que atraem os homens. E, nessas ocasiões, desejaria ser feia ou, pelo menos, desinteressante, como certas pequenas que impressionam um homem ou dois, e não todos. O que acontece comigo é justamente o seguinte: eu acho que impressiono, se não todos, pelo menos a maioria absoluta dos homens. Mesmo homens de outras regiões, quase de outro mundo, se agradam de mim. Inclusive aquele marinheiro norueguês, alvo e louro, que me olhou de uma maneira intensa, uma maneira que me tocou tanto quanto uma carícia material. Tenho vinte e poucos anos e devo dizer, não sem uma certa ingenuidade, que vivi muito mais, que tive experiências, aventuras que mulheres feitas não têm. Para vocês compreenderem isso, precisavam me conhecer como eu sou fisicamente, isto é, ver os meus olhos, a minha boca, o modo de sorrir, as minhas mãos, todo o meu tipo de mulher. Se vocês me conhecessem assim - eu poderia dizer: "Esta é a história da minha vida".

Suzana Flag, no Portal Literal

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Postado por Julio Daio Borges
31/1/2003 às 11h22

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