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Sexta-feira,
13/5/2005
Banho de sol no cárcere da sol
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Chora. Senta e chora, menino.
Não me importa sua dor,
nem me interessa seu pranto,
não me atrai sua agonia...
eu sou apenas o resto, apenas o resto.
Sua lágrima verossímil nada
significa,
não seduz nem cativa.
Queria somente evitar a cena,
ou apressar sua sequência,
e não ter que vê-lo implorando pela
sua vida,
pedindo patético pela sua vida
miserável,
a sua própria vida.
Faria melhor em ir embora,
deixando-no para as aves
de rapina,
a sua carne prematura
merecidamente desfalecida,
e já não ter que vê-lo iludido
com o futuro melhor.
Já não acreditar que é um deles,
lamentar-se por te ofertar o
pão,
lamentar-se por te ofertar a vida,
mas não chorar, não ainda, nem nunca,
talvez,
somente para não lembrar que isso e
apenas o resto de nossas pobres
vidas,
apenas o resto de nossas vidas...
Postado por Marcelo Maroldi
Em
13/5/2005 às 14h40
Quem leu este, também leu esse(s):
01.
Flávia e Pedro Garrafa de Julio Daio Borges
02.
A Pathétique de Beethoven por Daniel Barenboim de Julio Daio Borges
* esta seção é livre, não refletindo
necessariamente a opinião do site
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