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Quinta-feira, 28/5/2015
O Crime da Faca
Expedito Aníbal de Castro
+ de 1300 Acessos

Nos últimos dias o Brasil vivenciou, com tristeza, o crime da faca. Quando alguém importante se tornou alvo da faca, o país inteiro repudiou a mesma. Parecia que a faca, sozinha, havia cometido vários crimes, culminando no assassinato do médico cardiologista. Quem estava por trás da faca não era tão importante quanto a faca. Aliás, imediatamente, a Câmara dos Deputados desenterrou um projeto que tornava crime o porte de objeto tão hediondo. No Brasil, onde a Presidente chora com dó dos menores que deveriam estar na escola ou no lazer, não se procura a razão do crime, mas o objeto que possibilitou sua realização.

A frieza, a covardia, a maldade, a torpeza do crime somente foram analisados ontem, quando a mãe do assassino entregou o filho à polícia. Que lição para a Presidente ! É assim, senhora Presidente, que uma mãe ou outra pessoa qualquer, de bem, toma providências contra o crime. Ela, a mãe, certamente é uma mulher pobre, talvez carente de educação, mas que sabe, Sra. Presidente, que seu filho cometeu algo muito errado e, além de saber, ela sabe que o filho sabe. Ele tem dezesseis anos, pode votar, dirigir, pode casar, com anuência dos pais, portanto sabe, muito bem, o que é tirar uma vida, uma vida por uma bicicleta. Caro ou barato? Perguntem aos familiares do médico. Caro ou barato é uma pergunta fora do contexto? É ser frio demais, diante das circunstâncias? Já vi crimes por vinte reais, por um quilo de carne. A vida do ser humano, neste país de corruptos, corruptores, traficantes, estupradores, está se tornando cada dia mais barata. Vai contrariando a inflação; é o único bem que está caindo de preço.

Nosso Código Penal, de 1940, coloca a maioridade penal aos 18 anos. Estava correto. Nasci em 1952 e, nunca, até depois que o PT assumiu o poder, vi tanta falta de moralidade em todos os setores da vida pública e particular. Eu, e não era somente eu, todos os meus colegas também, respeitávamos nossos professores e, logicamente, a recíproca era verdadeira; até hoje tenho meu Diretor como um ídolo; respeitávamos nossos pais e apanhávamos, tanto no colégio quanto em casa. Não conheço um sequer, dos meus colegas, que tenha se tornado assassino por causa disso. Esse respeito se estendia às autoridades de uma maneira geral, aos mais velhos, às senhoras casadas, aos sacerdotes, etc. Hoje as escolas públicas estão repletas de meninos e meninas que não têm respeito por ninguém, nem por eles mesmos e as escolas particulares já exigem dos professores um jogo de cintura maior com as pequenas contravenções dos alunos.

Desarmaram o cidadão; tiraram-lhe todo direito de defesa em prol de uma criminalidade mais baixa. Ora, se temos de um lado, milhões de pessoas indefesas e, do outro, alguns milhares armados e violentos, já se pode prever o que vai acontecer. A criminalidade cresceu consideravelmente depois do Estatuto do Desarmamento. E mata-se como se mata um animal asqueroso, sem dó, sem piedade, cruelmente, com requintes de torpeza. O Estatuto do Desarmamento tornou-se obsoleto pelos próprios fatos e estatísticas que estão aí para qualquer um observar. Poucos meses atrás a rede Globo mostrou as cidades mais violentas do mundo, entre elas Fortaleza, onde moro, em sétimo lugar e outra capital nordestina com classificação pior que a de Fortaleza. É isto que queremos para nosso país? Qual pai vê seu filho sair para uma festa ou para namorar ou para comprar um remédio, e fica tranquilo?

Quando, finalmente, independente da idade do assassino, irão ser analisados a frieza, a covardia, a maldade, a torpeza, antes de que seja analisado o objeto que permitiu fosse realizado o crime? Quando as polícias terão armamentos modernos e salários condizentes com o perigo da profissão? Por falar nisso, morei em Rondônia, porto Velho, de 1986 a 1988, na qualidade de Superintendente da Caixa Econômica Federal. Certa vez fui fazer uma visita à Polícia Federal. O Superintendente mostrou-me, então, as lanchas usadas pela polícia e comparou-as com as usadas pelos traficantes, as chamadas voadeiras. Fazia dó a comparação. Não sei se algo mudou de lá para cá.

Finalmente, fica a triste constatação de que foi a faca que praticou o crime.


Postado por Expedito Aníbal de Castro
Em 28/5/2015 às 18h17

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