POMPEIA depois da erupcão do Vesúvio | Blog de Dinah dos Santos Monteiro

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Sexta-feira, 28/8/2015
POMPEIA depois da erupcão do Vesúvio
Dinah dos Santos Monteiro
+ de 5500 Acessos

Se o turista pensa que não vale à pena conhecer Pompeia por ela ter sido no passado atingida por uma erupção vulcânica, está muito enganado, em Pompeia a cada passo dado surge uma novidade. Ela foi um centro residencial habitado por famílias nobres e por indivíduos enriquecidos através da atividade comercial de natureza variada. A antiga cidade da região da Campanha, no sopé do Vesúvio, perto de Nápoles - Itália, era lugar de recreio para os romanos ricos.

Pompeia desempenhou um papel notável durante a crise da guerra social dos Itálicos contra Roma (89 a. C.). Nove anos depois Pompeia rendeu-se ao ditador romano, adotando o nome de Colônia Cornelia Veneria Pompeiana. No ano 62 d. C. um terremoto de pequena intensidade danificou vários prédios em Pompeia, foi quando ela vinha passando por uma grande fase de reconstrução e renovação que no ano 79 d. C. ela foi repentinamente destruída por uma erupção do vulcão Vesúvio, ficando completamente sepultada sob camadas superpostas de cinzas e lapílis (pedrinhas) por cerca de seis metros. Os mais de dois mil habitantes da cidade morreram sendo reduzidos a cinza.




Muito do conhecimento atual sobre a vida dos antigos romanos decorre das escavações de Pompeia. Estas escavações, começadas no século XVIII, revelaram uma cidade petrificada no tempo com seus prédios, esculturas, utensílios domésticos, além de corpos mumificados. Até agora somente dois terços da cidade foram escavados, proporcionando numerosas informações da maior importância sobre a construção das casas romanas e os costumes privados dos antigos moradores.

Pompeia representa a mais impressionante evocação da Antiguidade. Sob as lavas do Vesúvio arqueólogos restauradores conseguiram recuperar diversos afrescos que foram preservados. Vários elementos de diversas camadas sociais podem ser vistos retratados em diversos desses afrescos que se encontram no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.

A Rua da Abundância era uma das mais importantes estradas de Pompeia. Beirando esta estrada existiam diversas pousadas, atualmente só ruína.



Os arqueólogos dividiram Pompeia em nove regiões, cada região foi dividida em quarteirões. Na Região I encontra-se a Casa de Menandro, também conhecida pelo nome de Casa do Tesouro de prata, nela em 1930 foram encontradas 115 peças de prata, que agora estão no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Esta casa, muito luxuosa, encontra-se quase intacta ainda nos dias de hoje. A entrada desta residência é suntuosa. A visita precisa ser agendada, assim como para todas as outras residências. Na VI Região encontramos aquele que foi o bairro residencial famoso da cidade, com habitações itálicas do tipo Samita do século IV-III a. C. Nesse bairro o turista não pode deixar de visitar a famosíssima Casa do Fauno, que na realidade é uma vila que pertenceu aos ricos patrícios Casii. Suas pinturas murais são célebres. A vila recebeu esse nome por causa de uma estatueta de bronze que ainda hoje lá se encontra, em perfeito estado.




Ainda se encontram de pé as colunas e vigas do Santuário dos Lares que abrigava estátuas dos deuses protetores da cidade. Bem próximo deste santuário se encontra o Templo de Vespasiano. Na face deste templo voltada para a Praça do Fórum podemos ver a representação da cena de um sacrifício cuja vítima é um touro, na face voltada para a alcova surge uma coroa de carvalho chamada "coroa cívica", que vem a confirmar que o templo era consagrado a um imperador.




O Templo de Apolo, primeiro padroeiro da cidade, situa-se junto à Praça do Fórum no final da Rua Marina. Seis colunas formavam a sua fachada, hoje apenas duas se mantem de pé. Também lá permanecem duas estátuas de bronze do pórtico, que representam Apolo e Diana, mas são réplicas, as originais se encontram no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. No lado ocidental junto ao Templo existe uma mesa de mármore com cavidades correspondentes a medidas oficiais usadas para quantificar as mercadorias que se vendiam no Fórum. Essas medidas eram usadas para proteger os cidadãos de eventuais fraudes por parte de vendedores.



A Porta Marina era por aonde chegavam à cidade enormes quantidades de mercadorias provenientes da comunidade marítima. Os armazéns que eram utilizados para a distribuição e depósito dessas mercadorias ainda permanecem alguns, embora um tanto destruídos. Na Rua da Marina, que começa na Porta Marina, fica o Templo de Venus, deusa padroeira de Pompeia.

A basílica era o edifício público pompeiano mais imponente de todos, era frequentada quotidianamente por um grande número de pessoas. Muitas colunas e paredes dessa basílica ainda estão de pé.

O turista não pode esquecer que desde que previamente agendadas algumas das casas mais majestosas construídas pelas grandes famílias pompeianas, pelos nobres da cidade Samita e pelos libertos enriquecidos durante o período imperial, podem ser visitadas. Entre as grandes moradias pompeianas encontra-se a famosíssima Casa dos Vettii, com jardim interno, sala de recepção, com seus afrescos lindíssimos, sala triclinar, também lindíssima, decorada com cenas mitológicas (Venus com Cupidos, Ariana abandonada etc.).



Próximo ao Arco do Calígula (que se encontra em bom estado de conservação) existe algumas casas que valem à pena ver. Muitas dessas casas permaneceram debaixo da lama e conservaram vários objetos domésticos em bom estado. Alguns foram levados para o Museu Arqueológico Nacional em Nápoles.

Na área pública principal, no lado sul da praça pode-se ver as bases de várias estátuas honorárias e a tribuna dos oradores públicos. Também o Templo de Isis, que foi quase que completamente devastado pelo tremor de terra de 62 d. C. foi reconstruído. Atualmente está em boas condições. É dotado de colunas num pódio elevado e com uma escada lateral. As estátuas e as peças de mobiliário do templo foram levadas para o Museu Arqueológico de Nápoles.



Deixando a área pública e continuando pela Rua das Termas encontramos as Termas do Forum, que ainda existem. Elas foram construídas no início do período romano (80 a. C.) e são divididas em seção masculina e feminina. O edifício apresenta as características clássicas da estrutura da época: vestiários, frigidário e tepidário. O sistema do caldário desperta a nossa atenção, construído em parede dupla era destinado à passagem do ar quente.




Também na Rua das Termas temos a casa de Pansa, que ocupa um quarteirão inteiro, logo a seguir a casa do Poeta Trágico, identificada como a casa de Glauco no romance de Bulwer "Os Últimos dias de Pompeia". Nesta casa existe um mosaico branco e negro com a seguinte inscrição: "cave canem" ("cuidado com o cão"). Indo visitá-la não deixe de vê-lo.

Na região VI, na Rua do Vesúvio, encontramos a Casa dos Cupidos Dourados, que pertencia a Popeu Abito, que, segundo o guia, fazia parte da família Popeia, a mesma da mulher do Nero. Nada demais. Muito interessante é a padaria do Modesto. Esta vale à pena ver. A padaria contém oitenta e um pães fatiados, redondos, achados carbonizados no forno, também uma forma de pão, uma mó e balcões.



O Termopólio do Lararium, uma loja situada num espaço bastante reduzido, mostra um balcão com vários orifícios como que lugares de panela de comida das quais as pessoas se serviam. Também neste lugar foram encontradas intactas receitas do cardápio do dia. Atrás da loja ficava a residência do dono, ou empregados, não se sabe. Muito interessante.



O turista após percorrer uma parte da Rua dos Augustais chega à ruela do Lupanar, um dos mais centrais dos vinte e cinco prostíbulos de Pompeia, mais conhecidos como Lupanares. A decoração das paredes como ainda podem ser vistas, e se encontram em bom estado de conservação, era feita com quadros relativos à atividade do bordel, constituindo verdadeiros cartazes dos serviços oferecidos pelo prostíbulo.





O Teatro Grande, que se situa junto à Rua de Stabia, foi construído no século II a. C. em uma cavidade natural da colina, com capacidade para 5.000 pessoas. A fim de respeitar a cenografia da zona na sua construção evitou-se colocar porticados em espaços que pudessem obstruir a visão do mar. Vale à pena visitar.


O Fórum Triangular também se encontra na Rua de Stabia e foi construído no século II a. C. Fica bem próximo ao Teatro Grande. Na Rua Consular junto à Porta Herculano encontra-se uma das construções mais antiga de Pompeia - a casa do cirurgião. Nesta casa foi encontrado um precioso conjunto de instrumentos cirúrgicos que atualmente se encontra no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Nesta mesma rua outra residência que chama a atenção é a casa de Salústio, por ser um exemplo excelente de uma moradia edificada na idade Samita (século III a. C.).

A Pompeia pré-romana encontrando-se sob o domínio dos samitas, povos provenientes dos montes da Irpinia e do Sannio, manteve as suas próprias instituições e a própria língua. Esta fase samita deixou vestígios na estrutura da cidade e na arquitetura dos seus edifícios. Recentes estudos históricos atribuem a Pompeia uma origem etrusca.

Pompeia situa-se numa superfície de origem vulcânica muito antiga, junto à foz do rio Sarno, a cerca de cinquenta metros acima do nível do mar. Na década de 20 d. C. o geógrafo Strabone considerou o Vesúvio um "Vulcão adormecido", contudo ele eliminou da face da terra em apenas três dias três importantes centros costeiros da região de Campanha: Herculano, Pompeia e Stabia. Herculano foi atingida por um verdadeiro rio de lava incandescente, precedido por uma nuvem de 400 graus de temperatura. Pompeia e Stabia foram cobertas por uma camada de seis metros de cinza e lapíli (pedrinhas pequenas).

Dois terços da cidade de Pompeia já foram escavados, no entanto há um plano rigoroso da Administração de Pompeia que condena as escavações desordenadas, protegendo o que ainda resta escavar, de modo a deixar para os futuros arqueólogos campo para os seus estudos e pesquisas. O vulcão Vesúvio não entra em erupção desde 1944, apesar de às vezes provocar leves tremores de terra.


Postado por Dinah dos Santos Monteiro
Em 28/8/2015 às 11h46

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