Uma História da Tecnologia da Informação- Parte 12 | Blog de Claudio Spiguel

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Domingo, 11/10/2015
Uma História da Tecnologia da Informação- Parte 12
Claudio Spiguel
+ de 3700 Acessos

Parte 12: Lembro aos leitores e leitoras que não leram Partes 1 - 11, que vocês podem acessá-las "clicando" no Mais Claudio Spiguel aí embaixo no rodapé do texto.

Além de publicar esta série no Digestivo Cultural, envio os textos para grupos eletrônicos dos quais participo assiduamente. Na Parte 11 da série escrevi que estamos nos aproximando do fim desta viagem fantástica, e recebi vários comentários lamentando que esse seja o caso... querem mais, e isso é confortante. Na verdade, como eu também escrevi na Parte 11, há muito mais a contar no tema, e estou pensando seriamente em usar esta série como base de um livro sobre o tema... graças ao retorno positivo de vocês, leitores e leitoras, portanto o meu muito obrigado. Alguns comentários recebidos incluíram perguntas específicas, portanto resolvi escrever esta Parte 12 abordando essas perguntas para não deixar nenhum "i" sem o pingo, e nenhum "t" sem o traço horizontal.

Um comentário continha a seguinte pergunta: "como é possível o meu computador estar ligado através da Internet a computadores de todo o mundo se só há um fio que vai do computador para o modem, e um fio só também do modem para a rede telefônica? " Bem... talvez a melhor maneira de visualizar o que realmente acontece é através da telefonia; o seu telefone, leitor, não tem uma linha física direta a todos os outros telefones do mundo, e, no entanto, você pode telefonar para todos eles. Quando você chama um certo número, o seu telefone é conectado a uma central (um computador chamado de "switch" ), que tem conexões com outras centrais com outros computadores "switches" , até que chega no computador "switch" ao qual está conectado o telefone que você está chamando, e só aí então uma conexão completa é estabelecida entre o seu telefone e o telefone chamado, através de todos os "switches" pelo caminho. É, de fato, o conceito de uma REDE.



TELEFONE ANTIGO, DE MANIVELINHA

Para tornar a visualização ainda mais clara, voltemos no tempo ao começo da telefonia, quando o telefone tinha apenas uma manivelinha, e em algum lugar da cidade havia sempre uma telefonista humana sentada na frente de um painel onde figuravam todos os (poucos) telefones da cidade (a telefonista e o painel formavam o "switch" da época). Quando você queria falar com alguém, você girava a manivelinha, e uma campainha tocava na sala da telefonista, e uma luzinha acendia junto a um furinho no painel rotulado com o seu telefone. A telefonista então estabelecia um contato com você fisicamente ligando um fone de ouvido no furinho com a luz acesa e você dizia a ela com quem você queria falar. Ela aí fisicamente conectava através de um cabo o furinho com o seu telefone com o furinho do telefone sendo chamado (da mesma maneira que era programado o ENIAC - veja a Parte 8) e o telefone chamado tocava e você estava então conectado ao seu interlocutor. Tudo isso era analógico.



TELEFONISTA E O PAINEL DE CONEXÃO

Uma vez digitizada a voz humana, e com os MODEMs (Parte 7) um computador "switch" substituiu o painel e a telefonista, e faz a conexão desejada através de um programa de software e as conexões de REDE existentes e disponíveis.

A Parte 11 tem ilustrações que mostram a evolução dos primeiros anos da ARPA-net, precursora da Internet, mostrando as conexões entre os computadores em rede; uma das características da Internet de hoje é o ALTO grau de redundância, ou seja, há uma miríade de caminhos para conectar o seu computador àquele que você está buscando, de modo a minimizar a dependência da conexão por qualquer computador específico. É por isso que é raro uma conexão falhar na Internet.

Um outro leitor comentou que a minha descrição e exemplos pareciam terminar no início dos anos 90, e portanto como é que eu dizia que havíamos chegado aos dias de hoje? O comentário falava até de jargões como Cliente-Servidor, Processadores Paralelos, e até o mais moderno "cloud computing" , ou Nuvem de Processamento. O meu esclarecimento ao leitor é que descrevi os três parâmetros FUNDAMENTAIS que definem o ambiente computacional de hoje: 1) a DISTRIBUIÇÃO da capacidade de processamento nutrida pela miniaturização dos componentes; 2) a DIGITIZAÇÃO das representações analógicas, principalmente da voz humana, fotos e filmes; e 3) a CONEXÃO entre os computadores por intermédio de REDES, principalmente a INTERNET. Após o aparecimento da Internet (1989) esses parâmetros continuaram evoluindo (um belo exemplo é o tipo de conexão entre os computadores, culminando com as conexões sem fio de hoje - Wi-Fi ), porém, nenhum OUTRO parâmetro fundamental apareceu para se juntar a esses.

O projeto de um sistema distribuído de processamento de dados envolve sempre duas questões fundamentais: 1) Em que computador reside que parte do sistema (no Cliente ou no Servidor, em que processador, em que ponto da Nuvem); e 2) Como é a rede de conexão entre esses computadores. Por exemplo, no sistema distribuído que eu divisei para datilografar, formatar, e imprimir a minha Dissertação de Doutorado (Parte 10) havia três processadores organizados em série: o IBM PC, o computador "mainframe" Amdahl, e o computador de controle da impressora XEROX 9700. A datilografia (elaboração, edição e armazenagem) do arquivo fonte ocorria no IBM PC; a formatação ocorria no Amdahl; e a impressão, na XEROX 9700. Por uma questão de marketing, os consultores na área de sistemas vão inventando aqueles jargões como se fossem coisas novas e diferentes, mas os princípios, os parâmetros fundamentais, são os mesmos.

Vários leitores perguntaram se há tradução para o Português do livro que sugeri no fim da Parte 11, "The Singularity is Near..." escrito por Ray Kurzweill.



Pesquisei e a resposta é não; o livro é disponível no idioma original, o Inglês. O livro tem um subtítulo sugestivo: "Quando os humanos transcendem a Biologia...". A mensagem do livro é a seguinte: nós, humanos, somos a primeira espécie viva a criar uma tecnologia (os computadores) que podem nos ultrapassar.



CÉREBRO HÍBRIDO - A INTELIGÊNCIA NATURAL, E A ARTIFICIAL

Além disso, será possível um ser híbrido entre a nossa Biologia, e a nova Tecnologia que será um ser superior ao humano de hoje.



O SER HÍBRIDO, NA CONCEPÇÃO DO "STAR TREK"

O momento em que isso acontecer, Kurzweill chama de "Singularidade", e como diz seu título, ele julga que ele está próximo. Nesse contexto convém lembrar Darwin: "Não é o mais inteligente, ou o mais forte que sobrevive, mas sim, o mais adaptado."

Acho que a Parte 13 será o Epílogo desta série. Tenham todos a certeza de ter consigo os seus pertences de mão....


Postado por Claudio Spiguel
Em 11/10/2015 às 17h19

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