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Segunda-feira,
12/10/2015
Professor - profissão de risco, mas vale a pena!
Ezequiel Sena
+ de 5100 Acessos
Um tema seriíssimo e um vazio de grandes proporções à sociedade brasileira: o desinteresse dos jovens pelo Magistério.
Esta lamentável constatação foi observada pelo Ministério da Educação e divuldagada recentemente.
Quem diria! A carreira que já ecoou aos quatro cantos como símbolo do amor e da vocação de tantas gerações, hoje sequer desperta a mínima vontade da classe estudantil. É triste dizer isso. A que ponto chegou talvez a mais nobre das profissões?
Por que isso está acontecendo? Negligência ou descaso dos governantes? Claro, ambas as respostas são verdadeiras.
Faz-me recordar a atualíssima frase do notável educador brasileiro, Paulo Freire (1921-1997), "Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores."
Muito me intriga saber que, além da descrença dos jovens pela carreira pedagógica, ainda existe escassez de salas de aula de qualidade. Imagine que futuro tem um país que admite reduzir seus professores?
Para você ter uma melhor ideia, a quantidade de estudantes nos cursos que preparam docentes para os primeiros anos da educação básica caiu pela metade em quatro anos, segundo dados do Censo do Ensino Superior do MEC, o que vem comprovar a renúncia dos jovens à carreira.
Outro fato curioso: ao mesmo tempo em que se formam menos professores, aumenta o número de profissionais dando aula sem a devida formação.
Poucos especialistas, convém enfatizar, conhecem tão bem o dia a dia das escolas brasileiras quanto o senador Cristovam Buarque. O incansável Cristovam tenta levar adiante seu projeto para melhoria da educação como principal bandeira de desenvolvimento do País.
É bom que se diga: uma luta que não é de hoje. Em discurso no plenário do Senado, 07/02, afirmou sua preocupação com a situação de desinteresse a que chegou o ensino básico no Brasil, e não enxerga alternativa em curto prazo senão a valorização da profissão, incluindo bons salários e melhores condições de trabalho.
Por outro lado, reconhece que, nos últimos anos, houve avanços, contudo limitados ao ensino técnico e superior sem chegar à educação de base.
Muitos consideram utópicas suas propostas tais como a que obriga qualquer detentor de cargo público, de vereador a presidente da República, a matricular seus filhos na rede pública.
Outra, de teor amplo e significativo, é federalizar o ensino público brasileiro com os professores tendo o mesmo tratamento dispensado a categorias como Petrobrás, INSS, BNDES, Caixa Econômica e demais Órgãos Oficiais, notadamente sob o ponto de vista salarial.
Aposta ele que a sua linha de pensamento vai muito além do mero repasse de recursos às prefeituras.
Particularmente acredito piamente na viabilidade das propostas do Senador. Não é preciso ser especialista para entender que a chave de um bom ensino é seduzir os melhores alunos à carreira de professor, especialmente aqueles que tenham vocação para o ofício e tragam, na alma, o dom de lecionar.
Imagino não ser demérito copiar aquilo que já deu certo em outros países, como Taiwan e Tailândia, ao reunir em seus quadros de docentes os melhores talentos. Lá, um educador ganha o mesmo que um engenheiro, o que, por si só, atrai os alunos mais brilhantes para a docência.
Entretanto, aqui no Brasil, talvez o maior entrave esteja justamente na ausência de um adequado horizonte profissional.
Convém dizer que, além da crise de autoridade, ser educador no Brasil virou profissão de risco; a violência dentro das salas de aula tem sido constante, algo no mínimo assustador. A todo o momento, deparamos com notícias de professores vitimados por alunos agressivos.
Trabalhar num ambiente assim tornou-se um grande desafio. Deixa claro que isso também seja um indicador para explicar os motivos de fuga à carreira pedagógica.
Infelizmente este é o retrato da maioria das escolas públicas brasileiras. Contudo, vale ainda acreditar no visionário Anísio Teixeira, (1900-1971), "Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra".
texto originalmente publicado por Ezequiel Sena
em 16/02/2011
Postado por Ezequiel Sena
Em
12/10/2015 às 14h23
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