Ao longe, o aeroporto se reconta
nos mitos dos roteiros permanentes.
Ansiando merecido pouso, minha aeronave de papel
retorna do trajeto diurno.
Olhando as ruas, projeto aterrissagem
em terra amiga. No fundo dos mares
ressonam estrelas. E náufragos.
“A canoa virou / Deixaram ela virar”.
No relevo da cidade, farejo travessias.
Ao desajeito dos meus versos, canto
utopias e cantigas de roda.