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Sexta-feira, 5/11/2004
Cenas de abril
Julio Daio Borges
+ de 5400 Acessos




Digestivo nº 200 >>> A partir dos anos 60, a impressão que se tem é de que o Brasil sempre foi da música. A mensagem de compositores populares atravessou por décadas barreiras que as outras artes, apesar de bem realizadas, não conseguiram superar. Assim, a imagem que se tem da cultura brasileira, e com a qual se cresce desde o meio do século XX, é a da música. Nos anos 80, não foi diferente. Qualquer adolescente (hoje e na época) evoca(va) os nomes de Cazuza e de seus contemporâneos, mas dificilmente vai(ia) saber alguma coisa sobre a poeta Ana Cristina Cesar. Talvez para preencher essa lacuna, nos bancos escolares, Laura Sandroni incluiu a “Ana C” no rol de autores que compõem a coleção Novas Seletas da editora Nova Fronteira. E Ana Cristina, apesar de ter feito parte da geração aparentemente despojada da “literatura de mimeógrafo”, mereceu agora ensaio de Silviano Santiago (o prefaciador das obras completas de Carlos Drummond de Andrade), e obviamente apresentação de seu amigo Armando Freitas Filho. O que chama a atenção hoje, para aqueles que já passaram da fase da influência, é, mais que a poética, os insights e as percepções argutas da poetisa, como esta: “A gente sempre acha que é/ Fernando Pessoa”. Ou, antecipando a problemática dos relacionamentos pós-modernos, que permanece: “Nós estamos em plena decadência (...) Quando duas pessoas chegam a se dizer isso tranqüilamente, é sinal de terra à vista”. Ou ainda sobre a consagração precoce: “Assinei meu nome tantas vezes/ e agora viro manchete de jornal”. Ana Cristina Cesar se suicidou aos 31 anos e, nesse sentido, são comoventes os testemunhos de seus familiares incluídos no volume. Tentam alguma comunicação depois de mais de 20 anos (ela se foi em 1983) ou enfileiram lembranças da juventude, da infância, num exercício livre de interpretação da escritora e de seu “duplo”. Como observa Freitas Filho, a graça da sua poesia, mais que qualquer coisa, é que ela “ia à praia, às festas, jogava bola, suava”. Portanto, seus parentes têm razão em aproximar a artista da pessoa Ana Cristina Cesar. Cazuza reina soberano no rol de preferências dos conjuntos destes anos 00, mas talvez fosse igualmente importante conhecer a fonte inspiradora de autores como Ana Elisa Ribeiro, a “ana e”.
>>> Ana Cristina Cesar - 144 págs. - Nova Fronteira
 
Julio Daio Borges
Editor
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