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Domingo, 22/2/2015
Edvaldo Pereira Lima
+ de 12400 Acessos



"Gostaria de convidar os leitores para navegarmos juntos, em meu blog, por histórias, personagens da vida real (e ficcional) e temas cruciais do nosso momento histórico, que nos remetem ao diálogo em torno da cultura como um processo fundamental para o nosso desenvolvimento pleno como seres humanos. E para a possibilidade de criamos, juntos, como espécie, uma realidade nova, em resposta urgente, sadia e eficaz ao caos destruidor que ameaça nossa civilização."

1. Qual é a sua história com o Digestivo? (Como conheceu; há quanto tempo lê; por que acredita na iniciativa do Digestivo Blogs.)

Tornei-me leitor do Digestivo em 2009, como parte do meu processo de me manter atualizado sobre cultura, por razão profissional e pessoal. Em um certo momento, contratei o serviço de divulgação do Digestivo para a promoção de um livro meu. Agora em 2015, com a iniciativa de criação do "Digestivo Blogs" e o convite para participar, tomei coragem de ir adiante, tornando-me blogueiro nesta altura do campeonato, veterano da comunicação que sou.

2. Qual é o seu "background" (sua formação)? De onde vem; o que estudou; quais trabalhos seus citaria etc.

Sou escritor, jornalista, professor universitário, profissional de títulos acadêmicos convencionais (doutorado em Ciências da Comunicação pela USP, pós-doutorado em Educação pela Universidade de Toronto). Vários livros publicados, com destaque, no setor acadêmico, para Páginas Ampliadas: O Livro-Reportagem Como Extensão do Jornalismo e da Literatura (Editora Manole), e para o público geral Maestro de Voo - Pedro Janot e Azul - Uma Vida em Desafios (também Manole). Vale mencionar ainda Escrita Total, publicado pelo sistema sob demanda Clube de Autores, que é meu método próprio de escrita criativa configurado em livro.

Contudo, não sou um autor e pesquisador convencional, um intelectual clássico, digamos assim. Adoto mais um leque de interesses e estudos de base transdisciplinar. Estou mais focado na vanguarda cultural de ascensão de novos paradigmas e modelos de compreensão da realidade do que na tradição.

3. Sobre quais temas vai falar/tratar no seu blog?

Planejo abordar a cultura sob uma ótica diferenciada, não restrita ao entretenimento e à produção da indústria cultural. Vejo a cultura como um campo de conhecimento geral, integrado, que nos faz perceber o mundo e com ele interagir. Isto abrange a arte, mas também a ciência, a filosofia, o conhecimento tradicional dos povos, a religião (que é igualmente um modo de se procurar dar sentido ao mundo) e conhecimento espiritualista não sectário.

Atrelado a tudo isso está a questão fundamental da consciência, do desenvolvimento humano e do dramático momento histórico que vivemos, a civilização contemporânea em risco, pelos efeitos colaterais ameaçadores de uma visão de mundo (uma ótica cultural) que já não responde aos desafios desta nossa complexa era. É necessário um salto de qualidade urgente para encararmos a realidade e a vida sob uma perspectiva integral, dinamicamente abrangente, complexa, dentro da diversidade múltipla que é a existência. Há casos e iniciativas transformadoras em várias frentes de ação, propostas de vanguarda cujo benefício potencial está aí para todos nós, cidadãos comuns, no nosso dia a dia.

Por exemplo, o conceito de neuroplasticidade assinala possibilidades revolucionárias na área educacional e médica (quem sabe o caminho para a cura do Alzheimer, num futuro nem tão distante). As formas alternativas de energia podem ajudar a vencermos a crise dramática que nos cerca. A questão da água nos faz encontrar outras atitudes possíveis de relacionamento do homem com a natureza. Todos esses temas estarão atrelados a um fio comum que é a questão das mentalidades, da consciência, do desenvolvimento humano e do conflito instalado na nossa sociedade entre a possibilidade de evolução - isto é, de um salto de consciência - e a ameaça real da estagnação e portanto extinção da vida neste planeta.

Quero mostrar uma linha comum de histórias humanas e questões básicas que unem tudo isso, tirando esses temas dos campos especializados e fragmentados dos especialistas de vanguarda, trazendo-os para o nosso alcance diário. Planejo abordar um tema específico por mês, desse quadro amplo de fundo único, alinhando às reflexões e histórias humanas associadas a abordagem de produtos culturais - livros e filmes, especialmente - que têm a ver com o conteúdo em foco no mês.

4. Você já teve blog? Se sim, qual (ou quais), e com que repercussão?

Não. É um desafio interessante, sendo um profissional de comunicação de uma era convencional, partir para o experimento desse tipo de meio, que há muito pouco tempo nem existia. Não sou nostálgico, porém; nem temo as inovações. Acho que o blog é um extraordinário novo canal que multiplica e democratiza a comunicação pública.

5. Qual é sua relação com a escrita? Já escreveu em outros veículos/sites? Já publicou? Como foi a sua experiência nesse sentido (de colaborar e/ou publicar)?

Como comentei, sou profissional da comunicação e da educação. Além de livros, como jornalista já produzi muito conteúdo para revistas impressas e - um pouco menos - para jornais.

6. Como é se interessar por cultura, ou ter uma atividade intelectual, ou simplesmente ler o Digestivo, num país como o Brasil, ou sendo brasileiro (a)? É uma profissão de fé? Ou é um desafio que te motiva (no dia a dia)?

Sim, todos que atuam no campo cultural e também no educacional enfrentam um desafio pessoal de proporções gigantescas, neste país. Nossa sociedade é muito materialista e concreta, gira muito em torno do mundo objetivo e factual. Valoriza esse lado da existência, mas tem uma relação esquizofrênica de amor e ódio pelo lado subjetivo, simbólico, não palpável, que é a cultura.

A cultura procura dar sentido ao que fazemos e somos, mas seu caminho pode não ser tangível, pois está mais associada ao ser do que ao fazer das coisas. A nossa sociedade é muito do corpo, da mente concreta e lógica e da realidade física, menos da mente sutil, dos sentimentos, das emoções e da sensibilidade. Acontece que para darmos significado ao mundo material precisamos da habilidade para navegarmos pelo mundo subjetivo a ele conectado. O sentido vem do símbolo, não do fato concreto.

Ao mesmo tempo, a sensibilidade necessária para se conhecer o mundo na sua plenitude integrada, onde o lado sutil e o objetivo estão juntos, remete à necessária tarefa do autoconhecimento. Mas nem todo o mundo quer se olhar e se conhecer. A maioria prefere estar alienada de si, mergulhada nas ilusões atraentes do fantástico mundo de apelos e prazeres sensórios da nossa sociedade multi-midiática globalizada de consumo.

A falta de foco, a dispersão mental e o apelo para o lado concreto das coisas torna a cultura algo desejável, mas ao mesmo tempo desprezado (de certa forma). Quem trabalha com cultura tem de enxergar e sentir um pouco além do horizonte, pois do contrário a barra pesa e o desânimo toma conta.

7. Você acha que, através da internet, podemos mudar esse cenário (de pouca cultura, pouco interesse pela vida intelectual, parca discussão de ideias etc.)?

Há uma probabilidade. Vai depender muito de como aprendermos, como espécie, a usar as extraordinárias possibilidades novas que o meio traz. Temos de experimentar, errar e acertar, na procura de resposta eficiente ao grande desafio de aliarmos o prazer do ato da comunicação ampla e irrestrita que a internet oferece ao compartilhar de conteúdos de profundidade.

Se apenas usarmos a internet fascinados pela forma cosmeticamente atraente que oferece - onde podemos unir texto, áudio, imagem, cor, movimento, interação, portais de intertextos -, sem nos preocuparmos com a profundidade e com a arte de pensar, refletir e compreender, teremos dado um passo muito pequeno adiante. A esperança é que a internet possa ser um canal de comunicação que nos impulsione um grau a mais, pelo menos, em direção à consciência, e que não fiquemos seduzidos pela forma, mas estagnados na inconsciência pelo seu uso raso.

8. Quais foram suas maiores influências? (Não precisa, necessariamente, ser alguém conhecido ou "famoso". Pode citar obras e/ou experiências também.) Quais "modelos" pretende seguir (ou te servem de referência)?

Na área literária, como autora de grande visão futurista aplicada artisticamente, Doris Lessing em seu romance Shikasta. Como mestre da capacidade fabulosa de pesquisa histórica para transformação em enredo ficcional, James Michener em seus romances históricos. No jornalismo literário, Gay Talese. No retrato bem humorado de questões sociais, Mario Vargas Llosa de Pantaleão e as Visitadoras. Na coragem em traduzir conteúdos científicos polêmicos de vanguarda para uma linguagem acessível ao grande público, Fritjof Capra de O Ponto de Mutação.

Na tradução de conceitos e enredos existenciais profundos em narrativas de entretenimento e ao mesmo tempo conteúdo simbólico significativo, Steven Spielberg, especialmente em Indiana Jones e a Última Cruzada. No conhecimento existencial e no compartilhar da sabedoria espiritual em comunicação clara e acessível, Yogananda, particularmente em seus livros sobre Jesus e o Cristo interno que habita, como consciência a ser despertada, o interior de todos nós.

9. Mais alguma coisa que os Leitores precisam saber de você (mais alguma coisa que você gostaria de falar e eu não te perguntei)?

Gostaria de convidar os leitores para navegarmos juntos, em meu blog, por histórias, personagens da vida real (e ficcional) e temas cruciais do nosso momento histórico, que nos remetem ao diálogo em torno da cultura como um processo fundamental para o nosso desenvolvimento pleno como seres humanos. E para a possibilidade de criamos, juntos, como espécie, uma realidade nova, em resposta urgente, sadia e eficaz ao caos destruidor que ameaça nossa civilização.

Em lugar da sociedade algo adormecida e de pensamento fragmentado em que nos transformamos, temos de ousar aprender a abrir o nosso potencial total para a integralidade unificada em que o nosso intelecto, a nossa intuição e a nossa emoção trabalham juntos em alto nível para a jornada da humanidade neste planeta se transformar numa história de amor à vida, não uma tragédia de cultivo da morte.

10. Onde mais a gente pode te encontrar? (Links ou referências, na internet, que você quiser/puder passar...)

Meu site e a fanpage de um curso de pós-graduação (em jornalismo literário) que dirijo e onde estou muito presente (mas apenas tratando desse tema). E o canal de vídeos desse curso, onde também apareço com frequência.

Nota do Editor
Edvaldo Pereira Lima compõe o novo grupo de blogueiros do Digestivo Cultural ;-)


Postado por Julio Daio Borges
Em 22/2/2015 às 13h09

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