Digestivo nº 122 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
78743 visitas/dia
2,5 milhões/mês
Mais Recentes
>>> IA 'revive' Carlos Drummond de Andrade em campanha do Rio Memórias
>>> mulheres.gráfica.política
>>> Eudóxia de Barros
>>> 100 anos de Orlando Silveira
>>> Panorama Do Choro
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
>>> Por que não perguntei antes ao CatPt?
>>> Marcelo Mirisola e o açougue virtual do Tinder
>>> A pulsão Oblómov
Colunistas
Últimos Posts
>>> Pondé mostra sua biblioteca
>>> Daniel Ades sobre o fim de uma era (2025)
>>> Vargas Llosa mostra sua biblioteca
>>> El País homenageia Vargas Llosa
>>> William Waack sobre Vargas Llosa
>>> O Agent Development Kit (ADK) do Google
>>> 'Não poderia ser mais estúpido' (Galloway, Scott)
>>> Scott Galloway sobre as tarifas (2025)
>>> All-In sobre as tarifas
>>> Paul Krugman on tariffs (2025)
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Hebreus e monstros, parte I
>>> Nas garras do Iluminismo fácil
>>> Estereótipos
>>> Carona na Rede
>>> Fui demitida, e agora?
>>> Insuportavelmente feliz
>>> Fudeus existe
>>> Jovens Escribas e o Digestivo
>>> É preciso saber distinguir, para não confundir !
>>> Um tweet que virou charge
Mais Recentes
>>> Alexandre e Outros Heróis de Graciliano Ramos pela Record (2012)
>>> Olhos de Vento de Edson Pereira Lopes pela Tamboril (2021)
>>> Mentes que amam demais de Ana Beatriz Barbosa Silva pela Principium (2018)
>>> O Diario De Anne Frank - Edicao Definitiva de Mirjam Pressler; Otto H. Frank pela Record (2018)
>>> Lembra Aquela Vez de Adam Silvera pela Rocco (2017)
>>> Marketing: Edição Compacta de Philip Kotler pela Atlas (1991)
>>> Eu Sei O Que Voces Fizeram No Verao Passado de Lois Duncan pela Benvira (2014)
>>> 200 Anos de Propaganda no Brasil de Ricardo Ramos; Pyr Marcondes pela Meio & Mensagem (1995)
>>> Economia Internacional: Teoria e Prática... de P. T. Ellsworth pela Atlas (1972)
>>> Surpreendetes X-Men: Superdotados de Joss Whedon & John Cassady pela Salvat (2013)
>>> Violino de Anne Rice pela Rocco (2025)
>>> Erva Daninha 1 de Agnes Laury pela Edições Paulinas (1986)
>>> A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga Nunes pela Agir (2000)
>>> Taltos de Anne Rice pela Rocco (2025)
>>> Seja Foda de Caio Carneiro pela Buzz (2017)
>>> Muito Barulho Por Nada (Série Reencontro Literatura) de William Shakespeare pela Editora Scipione (2000)
>>> O Monge e o Executivo: Uma historia sobre e essência da liderança de James C. Hunter pela Sextante (2004)
>>> Concordância bíblica Crescer de Vários autores pela Geográfica (2010)
>>> Poder Sem Limites 24ª edição o caminho do sucesso pessoal pela programação neurolinguística de Anthony Robbins pela Best Seller (1987)
>>> Rising Sun - now a major motion picture de Michael Crichton pela Ballantine Books (1993)
>>> Lua Nova de Stephenie Meyer pela Intrinseca (2008)
>>> Os Ultimos Jovens Da Terra - 4 Contra O Apocalipse de Max Brallier pela Milk Shakespeare (2019)
>>> Siddharta: La Sabiduría Oriental (Pocket) de Hermann Hesse pela America (1998)
>>> Crepúsculo de Stephenie Meyer pela Intrínseca (2008)
>>> Pare De Acreditar No Governo: Por Que Os Brasileiros Não Confiam Nos Políticos E Amam O Estado de Bruno Garschagen pela Record (2015)
DIGESTIVOS

Quarta-feira, 26/2/2003
Digestivo nº 122
Julio Daio Borges
+ de 1400 Acessos




Imprensa >>> De volta para o futuro
Antonio Carlos Magalhães. Todo brasileiro seria como Antonio Carlos Magalhães, se pudesse. Uma frase típica de Diogo Mainardi. Ou então: a maior ambição do brasileiro é ser funcionário público (coisa que ACM tem sido há mais de 50 anos) - esta de autoria de Caetano Veloso, tomado pela súbita inspiração de Joaquim Nabuco. FHC chamou-o de "entulho" e arrancou-o do Senado Federal, na época em que trocava sopapos com Jader Barbalho. O fato é que ACM voltou, sobrevivendo a dinastias de presidentes - mais forte e mais sólido do que qualquer instituição brasileira. L'État, c'est moi. Ou parafraseando o Rei Sol: - "A Bahia sou eu". Que figuras delirantes assim existam, é até compreensível (há um Napoleão, em média, para cada hospício). O grave é que sejam levadas a sério - e investidas de poderes imperiais, sob os auspícios do povo. Mas ACM agora está na moda, com Bush e Saddam. O poder absoluto corrompe absolutamente. E rende capas de revista. "Na dúvida, vamos noticiá-lo porque vai nos ajudar a vender alguns milhares de exemplares". O brasileiro é conservador até para reciclar o seu imaginário de transgressores. Fernandinho Beira-Mar não é igualmente sexy; Fernando Collor de Mello não soube se reerguer, perdeu seu "élan"; José Sarney não é suficientemente mau, tampouco impiedoso. Quem sobra? Precisamos renovar o nosso quadro de "bad boys", a nossa lista negra da má conduta. ACM tem de passar a faixa, agora que Roberto Marinho já se mumificou. Claro que, se for seguir o exemplo de longevidade do quase secular empresário, ainda restam 5 (cinco) eleições presidenciais para disputar. Quem diria: o Brasil, daqui a 20 anos, ainda orbitando em torno dos Magalhães. Se for para optar por alguma família, melhor convocar logo um plebiscito. Até porque, aqui, o "paralelo" sempre mandou muito mais que o "oficial". [Comente esta Nota]
>>> O rei da cocada preta
 



Artes >>> O marchand das vaidades
Se o Brasil teve Pietro Maria Bardi e Assis Chateaubriand, os Estados Unidos tiveram Joseph Duveen ou lorde Duveen de Millbank. No Brasil, Bardi e Chateaubriand nos legaram o Masp, com sua coleção mundialmente respeitada: o primeiro coordenando as aquisições; o segundo extorquindo os milionários brasileiros. Se as origens do Museu de Arte de São Paulo não são as mais nobres e exemplares, o resultado paira acima de qualquer consideração moral. Nos Estados Unidos, porém, Duveen foi mais longe. Com um faro inigualável para obras-de-arte (tinha olheiros por toda a Europa e recusava-se a adquirir qualquer coisa posterior a 1800), revolucionou o gosto do país, seduzindo os magnatas de uma Nova York do início do século (XX) e vendendo-lhes o imponderável: a imortalidade. Duveen, um amante incondicional das artes plásticas (nem o câncer prejudicou seu comércio), domesticou nomes como J.P. Morgan, William Randolph Hearst, Andrew Mellon, Henry Clay Frick e Samuel Henry Kress, tirando-lhes milhões de dólares do bolso e legando ao povo americano coleções (como a "Frick") e a National Gallery de Washington. Quem nos conta a sua trajetória de mil e uma peripécias, que lhe rendeu a alcunha de "o maior marchand da História", é S.N. Behrman, que tem o seu "Duveen" traduzido para o português por Renato Rezende e impecavelmente editado, no Brasil, pela Bei. Embora envolvido pelo turbilhão de fim de ano, o livro foi certamente um dos mais importantes de 2002. A prosa de Behrman é não menos que deliciosa e, ao contrário da maioria dos volumes que nos caem no colo, ficamos torcendo para "Duveen" não acabar. Cada capítulo desvenda uma faceta desse homem brilhante: desde os primeiros passos na loja de móveis da família (em Londres), e na galeria de tio Henry (seu antecessor em Nova York), até o estabelecimento de sua própria galeria (na Quinta Avenida), até praticamente o monopólio de todo o comércio de obras-de-arte nos Estados Unidos da América. De quebra, contamos com algumas aparições do singularíssimo Bernard Berenson (os dois mantinham relações profissionais). No fim, "Duveen" transborda inteligência, charme e sofisticação. Lê-lo é mais que uma necessidade: é um imperativo de civilização. [Comente esta Nota]
>>> Duveen - S.N. Behrman - 306 págs. - Bei
 



Cinema >>> Feitos um para o outro
Há muito tempo se pergunta por que a tradição das telenovelas, no Brasil, não rende filmes. Traduzidos em dezenas de países, consagrando nossos atores e atrizes. Essa pergunta começa a ser respondida, e bem, por comédias românticas. Com "Cristina quer casar", que estréia este mês, pode-se dizer que esboça-se uma contribuição brasileira para o gênero. É aquele de Meg Ryan e Sandra Bullock, portanto, não valem os maiores rigores críticos - e o espectador, obviamente, assiste por simpatia. A nossa equivalente, que ameaçou com Carolina Ferraz e Giovanna Antonelli, parece ser mesmo Denise Fraga, a Cristina do filme. Não é uma musa (ao contrário talvez das suas concorrentes norte-americanas) mas se afirma como uma das atrizes mais versáteis de sua geração - por comediante. Contracena com um ascendente Marco Ricca (depois de "O Invasor") e com um habilidoso Fábio Assunção (bancando o tímido, não o galã). Cristina é uma "dura", devendo para Deus e o mundo, ainda na casa da mãe, que procura um casamento para se salvar. Ricca é o dono da agência matrimonial, e Assunção, o pretendente de Cristina. As situações se desenvolvem a partir da falta de jeito do conquistador, dos dilemas da protagonista (sem opção) e da ambigüidade do agenciador (fechando o triângulo amoroso). Temperam ainda a mistura, Rogério Cardoso (o dono do bar) e Suely Franco (a mãe de Cristina). Tal como nas telenovelas, o começo é absorvente, o meio, um pouco arrastado, e o final, feliz até não poder mais. "Cristina quer casar" não renova a estética da sétima arte, nem dá margem a grandes interpretações - mas completa a cinematografia de qualquer país que queria, perante o mundo, se afirmar. [Comente esta Nota]
>>> Cristina quer casar
 
>>> MAU HUMOR

"Meu melhor amigo fugiu com minha mulher. E quer saber? Sinto falta dele." (Henny Youngman)

* esta é uma citação devidamente autorizada do livro Mau humor: uma antologia definitiva de frases venenosas, com tradução e organização de Ruy Castro
 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Cirque Du Soleil - a Reinvenção do Espetáculo - 4ª Edição
John U. Bacon
Campus
(2006)



Cruces de Miradas: Nuevas Aproximaciones al Libro-Álbum
Teresa Colomer. Bettina Kummerling-Meibauer Y Maria Cecilia Silva-Diaz
Banco del Libro / Gretel
(2010)



Asdrúbal, o Pinto
Malus
Vigilia
(1985)



Teoria do Poder - Vol 2
Filomeno Moraes
Lumen Juris
(2015)



Uma Pequena Lição de Liberdade
Júlio Emilio Braz
Mundo Mirim
(2009)



Wander Piroli uma Manada de Búfalos Dentro do Peito
Fabrício Marques
Conceito
(2018)



Dentro Do Escuro Mora Um Segredo
Alessandra Roscoe
Gaivota
(2019)



Geração Canguru: Ninho Cheio
Mariana Figueiredo
Nversos
(2012)



Teatro Completo Tragédias e Comédias Sombrias - Volume 1
William Shakespeare
Nova Aguilar
(2006)



Tales of The Greek Heroes
Roger Lancelyn Green
Puffin Classics
(1994)





busca | avançada
78743 visitas/dia
2,5 milhões/mês