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DIGESTIVOS

Quarta-feira, 26/2/2003
Digestivo nº 122
Julio Daio Borges
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Imprensa >>> De volta para o futuro
Antonio Carlos Magalhães. Todo brasileiro seria como Antonio Carlos Magalhães, se pudesse. Uma frase típica de Diogo Mainardi. Ou então: a maior ambição do brasileiro é ser funcionário público (coisa que ACM tem sido há mais de 50 anos) - esta de autoria de Caetano Veloso, tomado pela súbita inspiração de Joaquim Nabuco. FHC chamou-o de "entulho" e arrancou-o do Senado Federal, na época em que trocava sopapos com Jader Barbalho. O fato é que ACM voltou, sobrevivendo a dinastias de presidentes - mais forte e mais sólido do que qualquer instituição brasileira. L'État, c'est moi. Ou parafraseando o Rei Sol: - "A Bahia sou eu". Que figuras delirantes assim existam, é até compreensível (há um Napoleão, em média, para cada hospício). O grave é que sejam levadas a sério - e investidas de poderes imperiais, sob os auspícios do povo. Mas ACM agora está na moda, com Bush e Saddam. O poder absoluto corrompe absolutamente. E rende capas de revista. "Na dúvida, vamos noticiá-lo porque vai nos ajudar a vender alguns milhares de exemplares". O brasileiro é conservador até para reciclar o seu imaginário de transgressores. Fernandinho Beira-Mar não é igualmente sexy; Fernando Collor de Mello não soube se reerguer, perdeu seu "élan"; José Sarney não é suficientemente mau, tampouco impiedoso. Quem sobra? Precisamos renovar o nosso quadro de "bad boys", a nossa lista negra da má conduta. ACM tem de passar a faixa, agora que Roberto Marinho já se mumificou. Claro que, se for seguir o exemplo de longevidade do quase secular empresário, ainda restam 5 (cinco) eleições presidenciais para disputar. Quem diria: o Brasil, daqui a 20 anos, ainda orbitando em torno dos Magalhães. Se for para optar por alguma família, melhor convocar logo um plebiscito. Até porque, aqui, o "paralelo" sempre mandou muito mais que o "oficial". [Comente esta Nota]
>>> O rei da cocada preta
 



Artes >>> O marchand das vaidades
Se o Brasil teve Pietro Maria Bardi e Assis Chateaubriand, os Estados Unidos tiveram Joseph Duveen ou lorde Duveen de Millbank. No Brasil, Bardi e Chateaubriand nos legaram o Masp, com sua coleção mundialmente respeitada: o primeiro coordenando as aquisições; o segundo extorquindo os milionários brasileiros. Se as origens do Museu de Arte de São Paulo não são as mais nobres e exemplares, o resultado paira acima de qualquer consideração moral. Nos Estados Unidos, porém, Duveen foi mais longe. Com um faro inigualável para obras-de-arte (tinha olheiros por toda a Europa e recusava-se a adquirir qualquer coisa posterior a 1800), revolucionou o gosto do país, seduzindo os magnatas de uma Nova York do início do século (XX) e vendendo-lhes o imponderável: a imortalidade. Duveen, um amante incondicional das artes plásticas (nem o câncer prejudicou seu comércio), domesticou nomes como J.P. Morgan, William Randolph Hearst, Andrew Mellon, Henry Clay Frick e Samuel Henry Kress, tirando-lhes milhões de dólares do bolso e legando ao povo americano coleções (como a "Frick") e a National Gallery de Washington. Quem nos conta a sua trajetória de mil e uma peripécias, que lhe rendeu a alcunha de "o maior marchand da História", é S.N. Behrman, que tem o seu "Duveen" traduzido para o português por Renato Rezende e impecavelmente editado, no Brasil, pela Bei. Embora envolvido pelo turbilhão de fim de ano, o livro foi certamente um dos mais importantes de 2002. A prosa de Behrman é não menos que deliciosa e, ao contrário da maioria dos volumes que nos caem no colo, ficamos torcendo para "Duveen" não acabar. Cada capítulo desvenda uma faceta desse homem brilhante: desde os primeiros passos na loja de móveis da família (em Londres), e na galeria de tio Henry (seu antecessor em Nova York), até o estabelecimento de sua própria galeria (na Quinta Avenida), até praticamente o monopólio de todo o comércio de obras-de-arte nos Estados Unidos da América. De quebra, contamos com algumas aparições do singularíssimo Bernard Berenson (os dois mantinham relações profissionais). No fim, "Duveen" transborda inteligência, charme e sofisticação. Lê-lo é mais que uma necessidade: é um imperativo de civilização. [Comente esta Nota]
>>> Duveen - S.N. Behrman - 306 págs. - Bei
 



Cinema >>> Feitos um para o outro
Há muito tempo se pergunta por que a tradição das telenovelas, no Brasil, não rende filmes. Traduzidos em dezenas de países, consagrando nossos atores e atrizes. Essa pergunta começa a ser respondida, e bem, por comédias românticas. Com "Cristina quer casar", que estréia este mês, pode-se dizer que esboça-se uma contribuição brasileira para o gênero. É aquele de Meg Ryan e Sandra Bullock, portanto, não valem os maiores rigores críticos - e o espectador, obviamente, assiste por simpatia. A nossa equivalente, que ameaçou com Carolina Ferraz e Giovanna Antonelli, parece ser mesmo Denise Fraga, a Cristina do filme. Não é uma musa (ao contrário talvez das suas concorrentes norte-americanas) mas se afirma como uma das atrizes mais versáteis de sua geração - por comediante. Contracena com um ascendente Marco Ricca (depois de "O Invasor") e com um habilidoso Fábio Assunção (bancando o tímido, não o galã). Cristina é uma "dura", devendo para Deus e o mundo, ainda na casa da mãe, que procura um casamento para se salvar. Ricca é o dono da agência matrimonial, e Assunção, o pretendente de Cristina. As situações se desenvolvem a partir da falta de jeito do conquistador, dos dilemas da protagonista (sem opção) e da ambigüidade do agenciador (fechando o triângulo amoroso). Temperam ainda a mistura, Rogério Cardoso (o dono do bar) e Suely Franco (a mãe de Cristina). Tal como nas telenovelas, o começo é absorvente, o meio, um pouco arrastado, e o final, feliz até não poder mais. "Cristina quer casar" não renova a estética da sétima arte, nem dá margem a grandes interpretações - mas completa a cinematografia de qualquer país que queria, perante o mundo, se afirmar. [Comente esta Nota]
>>> Cristina quer casar
 
>>> MAU HUMOR

"Meu melhor amigo fugiu com minha mulher. E quer saber? Sinto falta dele." (Henny Youngman)

* esta é uma citação devidamente autorizada do livro Mau humor: uma antologia definitiva de frases venenosas, com tradução e organização de Ruy Castro
 
Julio Daio Borges
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