Digestivo nº 374 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
78788 visitas/dia
1,7 milhão/mês
Mais Recentes
>>> Festival exibe curtas-metragens online com acesso livre
>>> Lançamento do thriller psicológico “ A Oitava Garota ”, de Willian Bezerra
>>> Maurício Einhorn celebra os 45 anos do seu primeiro álbum com show no Blue Note Rio, em Copacabana
>>> Vera Holtz abre programação de julho do Teatro Nova Iguaçu Petrobras com a premiada peça “Ficções”
>>> “As Artimanhas de Molière” volta aos palcos na Cidade das Artes (RJ)
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Literatura e caricatura promovendo encontros
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
Colunistas
Últimos Posts
>>> O coach de Sam Altman, da OpenAI
>>> Andrej Karpathy na AI Startup School (2025)
>>> Uma história da OpenAI (2025)
>>> Sallouti e a história do BTG (2025)
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
Últimos Posts
>>> Política, soft power e jazz
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Stalking monetizado
>>> O século de Sabato
>>> O elogio da ignorância
>>> Elon Musk
>>> Carandiru, do livro para as telas do cinema
>>> Homens, cães e livros
>>> Literatura pop: um gênero que não existe
>>> Oxigênio, com Ana Paula Sousa
>>> A bunda do Gerald Thomas
>>> Roteiro de um ano
Mais Recentes
>>> Monstros Mitológicos de Luiz Antonio Aguiar pela Quinteto (2007)
>>> O Amigo Do Vento - Crônicas de Heloisa Seixas pela Moderna (2015)
>>> Os sonhos e a morte - uma interpretação Junguiana de Marie-Louise Von Franz pela Cultrix (1990)
>>> A Vida Oculta De Gaia - A Inteligência Invisivel Da Terra de Brenda Rosen - Shirley Nicholson pela Gaia (1998)
>>> Desenvolvimento Sustentavel o desafio do seculo XXI (lacrado no plastico) de Jose Eli Da Veiga pela Garamond
>>> Contos De Andersen (2º edição - Coleção Leitura) de Hans Christian Andersen pela Paz e Terra (2005)
>>> Admiravel mundo novo (9º edição - capa dura) de Aldous Huxley pela Circulo do Livro (1982)
>>> O Misterio Da Ilha (17º impressão - com suplemento de leitura) de Ana Maria Machado pela Ática (2019)
>>> O Misterio Da Ilha (com suplemento de leitura) de Ana Maria Machado pela Ática (2019)
>>> Poderes ou o livro que diviniza de Jorge Adoum (Mago Jefa) pela Pensamento (1985)
>>> O Remédio Maravilhoso De Jorge de Roald Dahl pela 34 (2009)
>>> Araribá Plus Português - 8º Ano de Monica Franco jacintho pela Moderna (2018)
>>> Ventana 3 - Libro Del Alumno de Izaura Valverde pela Santillana (2021)
>>> Livro da Família - a Importância da Família na Formação do Leitor de Equipe Ftd pela Ftd (2018)
>>> Gestão De Relacionamento E Comportamento de Bill Rogers pela Artmed (2008)
>>> Curso e Concurso: Direito Notarial e Registral de Edilson Mougenot Bonfim (coord.) pela Saraiva (2011)
>>> Roma (II) de Vários Autores pela Time Maps (2018)
>>> Contos De Grimm - Volume 3 de Ana Maria Machado pela Salamandra (2013)
>>> O Antigo Egito e as Primeiras Civilizações de Vários Autores pela Time Maps (2016)
>>> Estudo e Prática de Assistência Espiritual de Maria de Cássia Anselmo pela Feesp (2012)
>>> Politicamente Incorreto de Danilo Gentili pela Panda Books (2010)
>>> Código De Obras E Edificações Do Município De São Paulo de Manoel H. Campos Botelho + Sylvio Alves de Freitas pela Pini (2008)
>>> Estudo e Prática de Assistência Espiritual de Maria de Cássia Anselmo pela Feesp (2014)
>>> Revisão Judicial: do Valor dos Benefícios Previdenciários de Adriano Almeida Figueira pela Impetus (2008)
>>> Economia Brasileira: História, Conceitos e Atualidades de José Cláudio Securato pela Saint Paul (2011)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 25/7/2008
Digestivo nº 374
Julio Daio Borges
+ de 2200 Acessos




Cinema >>> Jogos do Poder, de Mike Nichols
Tom Hanks personifica os Estados Unidos da América no cinema já há algumas décadas, então todo filme com ele é suspeito até prova em contrário. Jogos do Poder, no entanto, conta com o brilhantemente subversivo Philip Seymour Hoffman — o coadjuvante que é, há anos, melhor do que muitos atores principais — e, embora seja propaganda republicana subliminar, o longa é anárquico e irreverente em igual medida. Julia Roberts também dá as caras — como uma dondoca texana das mais bem informadas — e a direção é de Mike Nichols, o que garante alguma isenção (se é que ela é necessária), por ter feito o controvertido Closer e o ex-controvertido (hoje clássico) A Primeira Noite de um Homem. Jogos do Poder está, ainda, longe de ser unânime e essa é, talvez, a sua maior graça, numa época de eleições presidenciais norte-americanas, em que um dos temas mais espinhosos é justamente a Guerra do Iraque. Ao contrário do engajado Leões e Cordeiros, de Robert Redford (pró-democratas, para quem não percebeu), Jogos do Poder conta a história do financiamento dos mujahidin, no Afeganistão, pela CIA, que resultou na primeira derrota do Exército Vermelho, no fim da década de 80 (sugerindo, para muitos, que começou aí a derrocada do comunismo e da antiga União Soviética). Charles Wilson (Hanks), um congressista do Texas, faz a ponte entre a CIA, representada por Gust Avrakotos (Seymour Hoffman), e o governo dos EUA, elevando o orçamento da operação, gradativamente, de 5 milhões para 1 bilhão de dólares. Embora tenha sido condecorado no final, a história não acaba aí — porque, aliás, a História nos levou ao 11 de Setembro. Teriam aquelas armas caído nas mãos do Talibã e de Bin Laden? Wilson, ele mesmo, se arrepende e diz que vai levar isso até o túmulo. Os Estados Unidos não deviam ter abandonado o Afeganistão em ruínas? Nunca vamos saber. Por isso Jogos do Poder se torna, atualmente, interessante. [1 Comentário(s)]
>>> Jogos do Poder
 

Música >>> Trio 202 ao Vivo: New York + São Paulo
Nelson Ayres (piano), Ulisses Rocha (violão) e Toninho Ferragutti (acordeom) estão entre os maiores instrumentistas brasileiros de suas respectivas gerações — mas eles não formavam um trio até abril do ano passado, quando, por um erro de uma produtora, e por um compromisso agendado de última hora pela mesma, Ayres, Rocha e Ferragutti deram à luz o Trio 202, para se apresentar no Jazz Standard, depois de apenas três noites de ensaios. O resultado, no CD Ao Vivo New York + São Paulo, é impressionante, sabendo-se ou não dessa história saborosa. É música brasileira de qualidade — e é jazz, também, de qualidade — desde a primeira faixa, uma releitura instigante de "Só Danço Samba", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. A performance segue animada com "Teu Sorriso" (Rocha), "Helicóptero" (Ferragutti) e "Choro do Adeus" (Ayres). "O Morro não tem vez" desponta, junto com a lembrança de Piazzolla em "Alfonsina y el Mar" (de Ariel Ramirez e Felix Luna), entremeadas por "Sanfonema" (de Ferragutti). O registro fecha no auge com a eterna "Ponteio" (de Edu Lobo) e a bem escolhida "De Bahia ao Ceará" (do justamente revisitado mestre Moacir Santos). A bendita confusão do Trio 202 se estendeu até o Tom Jazz e quem viu, teve sorte — apesar de que todo mundo pode ouvir agora. O lançamento foi da Azul Music e o mínimo de reconhecimento que deveria ter merecido é o de ser considerado um dos melhores álbuns instrumentais do último ano. Entre tantas participações inócuas de instrumentistas, entre tantos revivals sem o menor sentido e entre tantas produções seriadas sem nenhuma importância, o Trio 202 se destaca, até como uma bagunça inspirada de três grandes virtuoses. [1 Comentário(s)]
>>> Trio 202 ao Vivo: New York + São Paulo
 



Gastronomia >>> Oficina Bistrô Fernando Morais
Para quem quer sair das rotas mais manjadas da gastronomia paulistana, uma boa pedida é o Oficina Bistrô, do jovem chef Fernando Morais, no bairro da Pompéia. Homônimo do biógrafo mais comentado do ano, o discípulo do chef Alessandro Segato não tem, contudo, qualquer parentesco com o escritor mineiro. Morais, do Oficina, impressionou Segato quando foi ter com ele aulas, aos 20 e poucos anos. Depois do boom dos cursos superiores de gastronomia, ninguém poderia imaginar uma história simples assim — mas foi o que aconteceu: Morais trabalhou com Segato no Zoë, no La Risotteria e chegou a cozinheiro-chefe do Empório do italiano. O Oficina Bistrô, portanto, é o vôo solo do chef Fernando Morais, depois de passar, ainda, pelo Goga, do Alto de Pinheiros. Na decoração, o Oficina fez uma opção pelo "rústico sofisticado" — que revitalizou tantas casas consideradas hoje "vintage" na cidade: paredes descascadas e tijolos aparentes, na fachada, convivem com tábuas de caixas de uva, madeiras de assoalho de trem e até um eixo de carro de boi, no interior. Logo na entrada, uma "cozinha vitrine" ou "cozinha show", dividindo o salão principal de um segundo ambiente, intimista e aconchegante nas noites de frio, como uma taberna. Morais, embora atento e eficiente na preparação dos pratos, busca um clima informal, abordando as mesas, explicando detalhadamente as opções do cardápio e estimulando, inclusive, a interação entre os clientes. Num dia qualquer da semana, no horário do jantar, é possível encontrar desde turistas amistosos de fora de São Paulo até jornalistas da Folha (que afluem constantemente depois dos elogios de Josimar Melo). O menu é um pouco exótico, mas compensa qualquer risco que se venha a correr: as Lascas de Polvo do Chef (como entrada), a Arraia ao Burro e Tomilho ou o Coelho Brulé (como prato principal) e o Estrogonofe de Frutas com Sorvete ou o Espelho de Pistache (como sobremesas) são os destaques. Morais mantém a precocidade do ex-pupilo de Segato e o sucesso, imediato, de sua primeira casa é plenamente justificado. [Comente esta Nota]
>>> Oficina Bistrô Fernando Morais
 

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Sobre El Porvenir de Nuestras Escuelas
Friederich Nietzsche
Marginales Tusquets
(1980)



A Cura Popular pela Comida
Dr. Flavio Rotman
Leitura
(2007)



Lao Tsé o Segredo do Tao o Caminho Natural
Werner Schwanfelder
Vozes
(2009)



Reiki Universal - Sistema Usho Tibetano Oshi e Kahuna
Johnny de Carli
Madras
(1998)



Avaliação psicológica e lei
Sidney Shine
Casa do Psicólogo
(2005)



Yvain, o Cavaleiro do Leão
Chretien de Froyes
Francisvo Alves
(1989)



Kingdom Kearts 1
Shiro Amano
Abril
(2014)



A Gravidade das Sombras
David Ramus
Record
(1999)



100 Livros Que Mais Influenciaram A Humanidade + As Maiores Personalidades da História + Os 50 Maiores Erros da Humanidade
Martin Seymour-Smith; Pedro Silva; Trajano Leme Filho
Difel; Universo dos Livros; Axcel
(2007)



Lobo, Lobão, Lobisomem
Luiz Roberto Guedes
Saraiva
(1997)





busca | avançada
78788 visitas/dia
1,7 milhão/mês