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Quinta-feira, 18/9/2003
Alegre e macilento
Julio Daio Borges
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Digestivo nº 144 >>> O jornalismo brasileiro ainda tem muito o que aprender com a “New Yorker”. Para não dizer tudo. E, nesse sentido, a Companhia das Letras tem sido muito feliz em editar, na sua coleção “Jornalismo Literário”, textos clássicos da revista dirigida por Harold Ross e William Shawn. Desta vez, temos, no volume “O segredo de Joe Gould”, dois perfis de Joseph Mitchell – segundo João Moreira Salles, que assina o posfácio, um dos maiores escritores do século passado. Mitchell, explica João, tinha atração por pequenos personagens da urbe, e foi atrás de Gould, um andarilho com delírios de grandeza. O primeiro perfil narra as peripécias de um tipo folclórico, conhecido dos moradores do Village, que afirmava estar escrevendo uma obra monumental: “Uma história oral de nossa época”. Gould, o artífice, vivia de doações daqueles que acreditavam em seu empreendimento, e alternava sessões na biblioteca pública de Nova York com porres homéricos. Mitchell não vai muito longe na sua investigação, preocupando-se em retratar a excêntrica personalidade com isenção. Já no segundo perfil, publicado 20 anos depois na mesma “New Yorker”, Mitchell faz um “mea-culpa”, enquanto desmonta a farsa de Joe Gould, narrando sua convivência desde o primeiro encontro. Não é fácil para um jornalista reconhecer que estava errado, e que contara uma história que simplesmente não era verdade. Mas Joseph Mitchell, um dos profissionais mais minuciosos e vagarosos de todos os tempos, o faz com tanto charme que, ao final, pouco importa que Joe Gould e sua “História Oral” tenham sido um embuste e que nós, leitores, tenhamos sido ludibriados. Um bom texto vale qualquer erro de fato. Coisa que as redações tupiniquins, sempre lutando pela “objetividade” a qualquer preço, estão longe de assimilar. Fora que a prosa saborosa, envolvente, tem de ser longamente cultivada – e, por isso, a “revista das revistas” é também um modelo. Hoje em dia, época da substituição vertiginosa e do desejo imperioso por reconhecimento, os talentos não são mais “cultiváveis”, digamos assim. Ou as publicações não têm tempo para ensinar-lhes o ofício, e efetivamente investir neles, ou, então, os próprios querem logo as luzes da ribalta, desconhecendo os valores intrínsecos do jornalismo de primeira: a vedete é o texto, e não quem o escreveu. Enfim, com Joseph Mitchell e a “New Yorker” vamos aprendendo.
>>> O segredo de Joe Gould - Joseph Mitchell - 157 págs. - Companhia das Letras
 
Julio Daio Borges
Editor
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