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Sexta-feira, 26/11/2004
Rip Off Press
Julio Daio Borges
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Digestivo nº 203 >>> Gilbert Shelton assistia às aventuras dos Irmãos Marx e às cretinices dos Três Patetas, quando pensou: “Eu também posso fazer isso”. O ano era 1968 e nasciam os Freak Brothers. No Brasil, os Freaks são mais conhecidos de “ouvir falar” do que propriamente lidos. Até agora: até a chegada da edição caprichadíssima, em português, dos Fabulous Furry Freak Brothers, pela Conrad. Para o público tupiniquim, a ligação direta é com os personagens de Angeli e, mais remotamente, com a mal adaptada (e extinta) revista Mad brasileira. Felizmente, os Freak Brothers são bem mais que isso. É tentador reduzi-los ainda a uma fatia de tempo entre os beatniks, dos anos 50, e a ressaca hippie, dos anos 70. Acontece que, avançando por algumas dezenas de páginas, percebemos que o retrato comportamental sintetizado por Shelton transcende, em muito, a época – porque, desde maconheiros inofensivos até junkies terminais, seguimos convivendo com a fauna e a flora que nasceu, cresceu e frutificou nos psicodélicos anos 60. E os Freak Brothers são hilariantes. Qualquer pessoa que já tenha se dado com desocupados, permanentemente dopados e parcialmente “esquecidos”, vai se identificar com as trapalhadas, confusões, frias – e até entender melhor a “visão de mundo” de alguém que troca tudo (ou quase tudo) pela próxima “viagem”; alguém cuja única preocupação é o entretenimento egoisticamente ilícito; alguém com uma cabeça presa nos picos hedonistas dos tempos de Woodstock e afins. E os Freak Brothers, por mais simplistas e imediatistas que pareçam, servem para mostrar também que os anos 60 foram um pouco mais que o desejo, hoje emulado, de “estar alto”, de “ficar bem louco” e de “tentar pôr fogo na noite” (se é que se pode traduzir o verso antológico de Jim Morrison). Os Freak Brothers, enfim, revelam que os anos 60 acabaram – ou, então, para não desanimar os neo-hippies e os neo-drug-addicteds, que os anos 60 ficaram confinados a um álbum como esse de Gilbert Shelton. Por último, os Freaks, como publicação, servem de exemplo – porque, embora “consagrados” atualmente, começaram e se mantiveram no mercado underground dos Estados Unidos da América. É sintomático que reapareçam, no Brasil, reluzentes, enquanto aqui nunca se realizou, por exemplo, uma compilação decente da produção quadrinística do Pasquim (o “nanico” que, mal comparando, foi igualmente mainstream).
>>> Fabulous Furry Freak Brothers - Gilbert Shelton - 184 págs. - Conrad
 
Julio Daio Borges
Editor
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