Um motor na civilização em crise - 1 | Cultura Transversal em Tempo de Mutação, blog de Edvaldo Pereira Lima

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Domingo, 2/8/2015
Um motor na civilização em crise - 1
Edvaldo Pereira Lima
+ de 3000 Acessos

Em meio ao caos, a busca de consciência

Bem vindos, caro leitor, bem vinda, prezada leitora.

Convido-os para uma jornada de exploração intelectual, simbólica, emocional e intuitiva que remete aos desafios individuais, coletivos e planetários que enfrentamos neste momento histórico. Ameaças rondam nossas cabeças. Soluções criativas igualmente batem à porta. Nosso futuro depende da opção que tomarmos.

Isto também é cultura. Transversal.

Este primeiro texto abrindo as inserções deste blog tem um cenário de fundo que simboliza o contexto temático que deverá passar por estas páginas. Buscarei responder à honra do tempo que me concedem, oferecendo histórias, personagens — da vida real, quase sempre -, reflexões, ideias, fatos. Tudo centrado em um caso-destaque, quase todos escritos em capítulos disponibilizados com algum intervalo de tempo entre eles. Não poderei manter uma regularidade periódica previamente definida. Desculpem.

Na linha de fundo abaixo da superfície, onde as coisas realmente são geradas, estará navegando uma corrente de força que unirá cada caso a um dinamismo maior. A proposta é costurar as ligações entre os casos, de modo que o cenário mais completo, onde tudo se conecta, vá ficando visível gradualmente, num caleidoscópio de questões contemporâneas inter-relacionadas. O foco-condutor é contribuir para que você encontre o sentido de todas essas coisas para a sua trajetória individual, nesse momento de sua vida. Aqui desfilarão elementos de distintos campos do conhecimento — da ciência às tradições, das artes à filosofia, do senso comum à religiosidade —, já que a abordagem é transdisciplinar.

O ponto de partida é a constatação do estado do mundo neste momento histórico. Imagino que se você para um instante deste corre-corre frenético que é a vida moderna, dedicando um momento a refletir um pouco mais além das necessidades diárias de sobrevivência que demandam nossa energia, pode chegar a uma conclusão cada vez mais saliente: o mundo não vai nada bem. Violência de todos os tipos e de todas as formas, em todas as partes. Guerras e conflitos ideológicos e territoriais, aqui e ali. Crise econômica, crise ecológica, crise de valores, crise de instituições, crise política, crise hídrica, crise climática. Má administração pública, governantes mentindo e sendo desmascarados, má governança corporativa, intolerância, perda de confiança entre líderes e liderados, corrupção deslavada, injustiça. E a crueldade humana de distintas faces campeando soltas. Por um motivo ou por outro.
Não há oásis de paraíso na Terra neste momento.Por um caminho ou outro, o Estado tenta controlar indivíduos e grupos. A maior parte dos meios de comunicação de massa e da indústria cultural, aliados do sistema de consumo, tenta manter as pessoas sob sua esfera anestesiante de domínio. A evolução do indivíduo é cerceada. O impulso interno e profundo do crescimento rumo à consciência sofre a oposição de tantas forças poderosas, em meio à falência desestruturante de muitos dos alicerces que edificaram o mundo contemporâneo
.Esse mundo está enfermo. Os modelos que moldaram nossa caminhada coletiva e que nos trouxeram tantos avanços aparentemente inquestionáveis, revelam agora seus efeitos colaterais nefastos. Os alimentos transgênicos — só para citar um caso, como exemplo - soam à primeira vista interessantes, mas causam problemas imprevistos que só descobrimos no sofrimento. Nessa área e em tantas outras, os interesses econômicos prevalecem sobre as vidas. Escolhemos a Ordem e o Progresso, mas essa postura determinista e rasa, que nos fez pensar que a Natureza está aí para ser explorada a serviço do homem, justifica a devastação das florestas que resulta em secas inimagináveis. O foco imediatista no aqui e no agora, a míope visão materialista, a elevação do dinheiro ao pedestal de rei do mundo, todos esses fatores inebriantes levaram os governantes do mais rico Estado do país e de sua capital, a mais destacada metrópole da nação, por exemplo, a caírem recentemente no vexame vergonhoso de uma real ameaça de colapso hídrico. O efeito dominó provocou prejuízos empresariais, sofrimento humano, emperramento produtivo.
O apostar todas as fichas em combustíveis fósseis nos trouxe avanços. Mas também provoca os efeitos colaterais que conhecemos bem. Os da poluição. Os do poder extraordinariamente exagerado dos grandes produtores mundiais do ouro negro. Os das tragédias de derramamento de óleo nos mares. Nossas águas estão contaminadas. Os oceanos, cada vez mais sujos. A vida marinha mais atacada pela inconsequência humana. Nossos alimentos, polutos As abelhas ameaçadas de extinção. E sem elas, a cadeia de produção de alimentos se reduz. O preço final somos nós que teremos de pagar. Tragicamente.
A humanidade está inquieta, o ser humano confuso, a civilização em chamas. O perigo da auto-destruição, por força do poder arrepiante da tecnologia suja, dos governantes psicopatas, da nossa inconsciência individual e coletiva, bate à porta

. O que há em comum em tudo isso? Visão de mundo limitada e distorcida. Ignorância sobre quem somos nós, o que é a existência. Alienação da realidade. Mentalidades rasas. Desconhecimento da complexidade da Natureza e da nossa interação com ela, da qual também somos parte. Predomínio de modelos de realidade que deturpam, condicionam e moldam a ação cega de indivíduos, grupos, povos, nações e atividades humanas, gerações após gerações.

No fim do túnel, porém, nesse gargalo de crises sobrepostas que ameaçam o presente e o futuro da humanidade neste belíssimo — ainda — planeta que brilha de azul no espaço sideral para os privilegiados astronautas — nossos irmãos, olhos da espécie — que nos vêem de fora, há lâmpadas de esperança. Ascendem-se aqui e ali, na vanguarda das ciências, das atividades, das mentes visionárias, dos seres de coração. Desenham uma outra civilização possível. Abrem portais para a transformação das mentes e dos seres. Apontam um patamar de consciência elevada, ao alcance eventual dos mais corajosos, em princípio, de todos nós, em seguida. Sugerem um propósito de evolução para indivíduos, para a espécie. Revolucionam o modo como enxergamos a realidade, como podemos mudar nosso olhar. Experimentam caminhos. E sofrem o embate das forças poderosas que em todos os tempos e em todos os lugares sempre trabalham contra a elevação do espírito humano.

São histórias dessas inovações e de seus heróis, suas implicações e seu alcance, seus dramas e suas promessas, que visitarão este blog. Uma a uma, em capítulos, quase sempre.

Herói, aqui, não é o super das histórias em quadrinhos. É o de carne e osso que parte para o desconhecido, rompe paradigmas — modelos fundantes — de sua época e lugar, atende ao chamado de seu impulso interior, embarca na aventura da descoberta do novo. Enfrenta os desafios do confronto com os donos momentâneos da verdade, empenha-se até o ponto do sacrifício e além. Transforma-se. Com seu ato de coragem e fé, já dizia Joseph Campbell na abordagem da Jornada do Herói, pode conquistar o elixir que rejuvenesce a sociedade. Sopra a vida de volta a um processo dinâmico de desenvolvimento que já estava estagnado, congelado e cristalizado no passado, incapaz de responder com eficiência às novas demandas, sempre mais complexas, dos novos tempos.
O herói não é uma ilha. Pode atuar num grupo de heróis, cada um na sua medida. Precisa de aliados. Tem mentores. Enfrenta adversários. Convive com vira-casacas. Está em busca de si mesmo, até quando não sabe disso. Ao embarcar na aventura externa, está também mergulhando em si. Sua trajetória nunca é egóica. Busca um bem maior. Por isso mesmo, sua linha de força no presente pode estar ligada a muitos de sua estirpe que o precederam. Assim como se estende para muitos outros que o sucederão, no futuro. O herói transcende espaços confinados, pode atingir tempos estendidos que ultrapassam a linha do horizonte.

Se você continua comigo, até aqui e agora, ótimo. Estamos prontos para a nossa primeira história. Na verdade, uma história que tem um centro aberto a outra, como um portal, e essa outra a uma terceira. Três histórias unidas por um fio comum.
Venha junto. Vamos nessa.

CONTINUA


Postado por Edvaldo Pereira Lima
Em 2/8/2015 às 16h06

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