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Quinta-feira, 11/2/2016
Para que serve um violino?
Marco Garcia
+ de 1700 Acessos

Um artigo pela manhã me incomodou. Ousado, o texto me chicoteou com "jogue fora uma coisa por dia e sinta-se melhor”.

Percorrendo os parágrafos, as frases estavam lá com o intuito de modificar a realidade de 9 em cada 10 pessoas atualmente: o acúmulo de itens supérfluos.

Lendo, veio a negação (no filme ‘Antes de partir’, Jack Nicholson afirma que a negação é o primeiro sintoma de um potencial suicida. Negar apenas mascara o ato já decidido).

O que este autor matinal sabe da minha vida? Nunca acumulei nada (frustrações não contam), nem espaço para tal desfrute tenho, reclamei.

Outro dia ouvi o diretor da ONG Akatu, instituição que combate – dentre tantas coisas – o consumo desenfreado, dizer que iniciou no ativismo minimalista ao se deparar com um violino em cima do armário. Instrumento clássico adquirido não sabe onde, por quê e por quanto.

“O dom de tocar não tenho”, dizia ele, “desconheço quem o faça, então qual a razão para ocupar um minúsculo cômodo com algo tão irrelevante? Apenas para fim decorativo?”.

Se desfazer dos eteceteras da vida requer habilidade. Difícil fugir do exercício ‘bem me quer, mal me quer’. O que acaba por priorizar coisas com base no sentimentalismo e recordações.

O ideal é fechar os olhos e apontar. Ou então repetir o gesto circular do capitão Nascimento antes de subir o morro. Corre-se risco menor.

Feito o solilóquio, relato que fechei os olhos e apontei para os ‘meus violinos’. Acertei em coisas do arco da velha.

Numa tacada só saíram a coleção de copos da Coca-Cola, álbum de figurinhas da Copa de 98 (incompleto, faltaram Zidane, Taffarel e Barthez); carregadores de celulares que nem existem mais e canetas que não funcionam.

Usando uma expressão cearense, "rebolei" ainda controles remotos sem TV; capas de CD’s vazias e a edição da Folha de S.Paulo de 12 de setembro de 2001, já com o Bin Laden como autor do ataque às Torres Gêmeas.

Pulei os livros, ainda não mergulhei na insanidade, mas não pude deixar de chutar dois:

'Manifesto do nada na terra do nunca' de, pasmem, Lobão, sim, o cantor (queria saber quando esse entorpecente entrou em casa e pelas mãos de quem), e ‘Alimentação de A a Z', um tijolo de quase 600 páginas que prometia salvar a minha vida com folhas, frutas e sucos, um engodo só. Vá de retro.

Prometo retomar essa terapia.

*Marco Garcia é jornalista paulistano. Mora em Fortaleza.


Postado por Marco Garcia
Em 11/2/2016 às 09h48

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