Digestivo nº 268 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
37550 visitas/dia
2,0 milhões/mês
Mais Recentes
>>> CCBB Educativo realiza oficinas que unem arte, tradição e festa popular
>>> Peça Dzi Croquettes Sem Censura estreia em São Paulo nesta quinta (12/6)
>>> Agenda: editora orlando estreia com livro de contos da premiada escritora Myriam Scotti
>>> Feira do Livro: Karina Galindo lança obra focada na temática do autoconhecimento
>>> “Inventário Parcial”
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
Colunistas
Últimos Posts
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
>>> Claude 4 com Mike Krieger, do Instagram
>>> NotebookLM
>>> Jony Ive, designer do iPhone, se junta à OpenAI
>>> Luiz Schwarcz no Roda Viva
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Fondo de Cultura Económica: 70 anos de uma missão
>>> Minha biblioteca de sobrevivência
>>> A inocência é minha culpa
>>> Conheça o AgroTalento
>>> Na Web 2.0, WeAllTube
>>> Chilli Beans, IBM e Falconi
>>> O primeiro assédio, na literatura
>>> Autor não é narrador, poeta não é eu lírico
>>> Queridos amigos
>>> Agonia
Mais Recentes
>>> Livro Decifre E Influencie Pessoas Como Conhecer A Si E Aos Outros, Gerar Conexões Poderosas E Obter Resultados Extraordinários de Paulo Vieira, Deibson Silva pela Gente (2018)
>>> Odisseia Olímpica de Luiz Antonio Aguiar pela Biruta (2022)
>>> Livro Conectando Futuros Tecnologias Digitais e Educação Profissional Tecnológica de Marcelo De Miranda Lacerda, Fábio Marques de Souza (Organizadores). pela Mentes Abertas (2024)
>>> Livro A Essência da Realidade Uma Revolucionária Visão da Realidade, Entrelaçada Pelas Teorias da Evolução, do Conhecimento, da Física Quântica e da Ciência da Computação de David Deutsch, traduzido por Brasil Ramos Fernandes pela Makron Books (1997)
>>> Livro As Viagens Dos Alimentos As Trocas Entre Os Continentes de Janaína Amado pela Atual (1947)
>>> Livro O Cérebro No Mundo Digital Os Desafios Da Leitura Na Nossa Era de Maryanne Wolf tradução Rodolfo Ilari e Mayumi Ilari pela Contexto (2019)
>>> Livro Comporte-se Como Uma Dama, Pense Como Um Homem O Que Eles Realmente Pensam Sobre Amor, Intimidade e Compromisso de Steve Harvey, traduzido por Elvira Vigna pela Ediouro (2010)
>>> Livro Comer Rezar Amar A Busca de Uma Mulher Por Todas as Coisas da Vida na Itália, na Índia e na Indonésia Seja Também a Heroína da Sua Própria Jornada de Elizabeth Gilbert, tradução por Fernanda Oliveira pela Objetiva (2008)
>>> Livro The Troy Stone de Stephen Rabley pela Penguin Readers (1998)
>>> Livro Ela É Carioca Uma Enciclopédia De Ipanema de Ruy Castro pela Companhia Das Letras (1999)
>>> Hablemos En Panol - Módulo ll (Versão Espanhol) de Jesús María Solé pela Sagra Luzzatto (1998)
>>> Livro Prometeu Desacorrentado e Outros Poemas Coleção Clássica Edição Bilíngue de Percy Shelley, traduzido por Adriano Scandolara pela Autêntica (2019)
>>> Livro Síndrome de Burnout Relatos de Experiência de Uanderson Pereira Da Silva, Dr. Cássio Hartmann, Dr. Michele Aparecida Cerqueira Rodrigues, Dr. Fábio Da Silva Ferreira Vieira, Dh.c Sandra Antunes Rocha Hartmann, Gabriel César Dias Lopes pela Edição dos Autores (2024)
>>> Livro O Que Alice Esqueceu de Liane Moriarty pela Intrínseca (2018)
>>> Livro Dancing Shoes de Colin Granger pela New Wave (1989)
>>> Livro O Que Alice Esqueceu de Liane Moriarty pela Intrínseca (2018)
>>> Livro Um Forro No Umbral E Outros Contos de Saara Nousiainen pela Aliança (2012)
>>> Histórias Das Ideias Políticas de Jean Touchard pela Forum Da História (2010)
>>> Livro Padaria Aqui Servimos Mistério de Gislene Vieria de Lima pela Lumus (2022)
>>> Gibi Sky Of Bolt Capítulo 5 Chamas Brancas E Relâmpagos Azuis de Ricardo Bastos pela Adobe
>>> Livro A Biblioteca Da Meia-Noite de Matt Haig, traduzido por Adriana Fidalgo pela Bertrand Brasil (2024)
>>> Livro El Poder Del Ahora Un Camino Hacia La Realización Espiritual de Eckhart Tolle pela New World Library
>>> Questões Comentadas De Direito Constitucional - Exame OAB de Adolfo Mamoru Nishiyama pela Atlas (2002)
>>> Livro O Griot de Braúlio Cordeiro pela Blanche (2015)
>>> Livro Verity La Sombra de Un Engaño de Colleen Hoover pela Planeta (2020)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 3/3/2006
Digestivo nº 268
Julio Daio Borges
+ de 3900 Acessos
+ 2 Comentário(s)




Imprensa >>> Achtung Baby
Os shows do U2 e dos Rolling Stones, no Brasil, não tiveram outra importância senão a de evocar a nostalgia do rock de arena. A obsessão por estádios cada vez maiores, e por recordes no Guinness Book, chegou oficialmente aqui com o Rock in Rio I, em 1985. Segundo Mauro Dias, foi quando a crítica musical depôs formalmente as armas – desde então ajoelhada que está no altar das não sei quantas toneladas de som... Dali por diante, o fundamental, mais que a qualidade, era fazer número. Foi o que a imprensa fez agora com U2 e Rolling Stones. Musicalmente – no atual cenário – as duas bandas não têm a menor relevância, mas foram propagandeadas como um “grande acontecimento” (comportamental). Na verdade, uma comoção forjada pela decadente mídia de massas. Com direito a cadernos culturais inteiros, dias seguidos, e até chamada de capa nas manchetes dos jornais (!). É o caso de – indiscretamente – se perguntar: Accioly, diz aí, quanto custou? Riu por último ele, que encampou, sozinho, essa farsa... É por isso que quando encontramos jornalistas, eles olham pra baixo – afinal, que orgulho sobreviveria à humilhação de vender assim pautas sucessivas, e opiniões vergonhosamente favoráveis de um espetáculo, digamos, moribundo? Depois dessa, de que adianta Bono Vox vir pedir pela fome (ou pela dívida) e Mick Jagger, pelo meio-ambiente? Não perceberam – pela sua passagem – que todo establishment noticioso, daqui, está corrompido? Ou será que realmente acham que, no País, eram notícia??? Quem não percebeu tamanha armação é de uma ingenuidade política que nem merece consideração. Então, em vez de ficar pedindo para salvar o mundo, deveria mesmo é cantar seus roquinhos para teenagers ou mentalmente equivalentes... O tempo das grandes gravadoras já passou. E a mídia de massa vai sucumbindo no mesmo compasso. Se o rock tiver de ser sacrificado, que o seja então. [Comente esta Nota]
>>> U2-Rolling Stones
 



Literatura >>> O estranho homem puro
Antonio Maria está na moda. Com Danuza Leão. Agora parece que todo mundo está na moda, com Danuza Leão. Mas a própria Danuza – foram lhe perguntar – respondeu que queria ser a Gisele Bündchen, por um dia. O fato é que Antonio Maria foi relançado em perfil, que passa hoje por biografia (é também moda agora), saindo da Relume Dumará e partindo para a editora Objetiva. Um homem chamado Maria – é um belo título novo. Mas quem quiser ler Maria, o próprio, e não Danuza Leão, nem Joaquim Ferreira dos Santos e nem, muito menos, Ivan Lessa, vai ter de recorrer à editora Record. Foi ela quem lançou duas coletâneas de Maria há quase quatro anos e que, ultimamente, lançou mais uma, de humor. Maria – voltando à Danuza – ficou famoso por seus amores, mas é um cronista e tanto (também trabalhou). Frasista, idem – embora ocasional. Figura folclórica, acima de tudo. Seja feliz e faça os outros felizes, com organização de – claro – Joaquim Ferreira dos Santos, guarda toda a inventividade de Maria. Fazia ficção em cima de qualquer bobagem, como bem notou Paulo Francis. Daí talvez Ivan Lessa puxou sua imaginação que, na quarta capa de Garotos da Fuzarca, o mesmo Francis elogiaria depois. É o melhor livro de literatura brasileira, segundo Diogo Mainardi (Garotos da Fuzarca). Antonio Maria – voltando – era muito querido na noite do Rio, ainda que seja o pai do “ninguém me ama, ninguém me quer...”. Seus melhores momentos, porém, não são os da diplomacia. São, por exemplo, aqueles em que criava figuras como a do Adamastor. Adamastor via no Carnaval a expansão do mau gosto nacional; via no hotel seu último refúgio; e, de São Paulo, tinha verdadeiro horror (isso Ivan Lessa também herdou). Antonio Maria vale, enfim, pelo estilo peculiar e pelas pensatas involuntárias. Como personalidade, sobreviverá? Quem sabe, nos responde a Danuza. Ou a Gisele Bündchen. [Comente esta Nota]
>>> Seja feliz e faça os outros felizes (trecho) - Antonio Maria - Record - 128 págs.
 



Artes >>> Pfflflf
Qual a utilidade da vida de Robert Crumb para a juventude de hoje, quase quarenta anos depois? Talvez devêssemos puxar pelo parentesco com Angeli – que, justamente, teve como ídolo... Robert Crumb. Mas Angeli ainda é ídolo de alguém hoje, mais de vinte anos depois? Robert Crumb, provavelmente, ficará como herói da contracultura, embora detestasse o epíteto. (Aliás, alguém sabe o que é contracultura hoje?) Talvez nós devêssemos puxar pelo iPod... iPod? Sim, pelo iPod. E pelo Macintosh. (Essas duas palavras soam como música para os ouvidos da juventude de hoje.) Nos 100 anos do inventor do LSD – sim, do LSD –, ainda outro dia, a Wired arrancou uma declaração bombástica de Steve Jobs, o homem por trás da Maçã. Jobs não só fumou, como tragou – como elogiou. O famoso ácido lisérgico foi uma das suas maiores experiências em vida, confessou. (Um verdadeiro fã de Bob Dylan não negaria sua raça. Não é, José Nêumanne?) Pois então: o centro desse novo álbum de Robert Crumb, Minha Vida, pela editora Conrad, são exatamente suas “viagens” à base de LSD. E ele volta, sucessivas vezes, à sua primeira viagem mítica. Dizem que é sempre a mais importante... Alguém ainda se lembra como é que foi? Crumb a descreve em detalhes. E põe junto sua primeira esposa. E todo os delírios de seus primeiros empregos, de suas primeiras atrações sexuais – de cenários e de figuras, para ele, inolvidáveis... E para nós? Há interesse em participar da intimidade de Robert Crumb? Talvez nós devêssemos puxar agora pelos blogs. Nesse sentido, Crumb é o primeiro blogueiro em HQ. Deus, como se expõe... Ficamos relativamente cansados de Robert Crumb. Como dos blogueiros brasileiros parcos em informação. Em realidade, Crumb não precisava de substâncias alucinógenas para “viajar”, sua vida já foi uma piração. Nenhum artista precisaria, a rigor. Como provou Aldous Huxley, em Às Portas da Percepção (Jim Morrison leu, não entendeu, morreu...). Aliás o que pensaria Huxley de Crumb? O mesmo que pensou de Van Gogh e de Beethoven? [Comente esta Nota]
>>> Minha Vida - Robert Crumb - Conrad - 136 págs.
 

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
3/3/2006
18h31min
A brilhante nota, acrescento aqui a frase de um amigo meu: "Os Stones são os funcionários públicos do rock". Não dá pra discordar... Há mais de trinta anos não fazem nada musicalmente relevante, e, desde então, se dedicam a enganar trouxas fazendo sempre o mesmo rame-rame milimetricamente cronometrado... Mas, como vocês bem perceberam, o buraco é muito mais embaixo... não, por acaso, aliás, (com exceção - por incrível que pareça - da coluna do Roberto Pompeu de Toledo na VEJA desta semana) esse é o primeiro comentário instigante sobre o assunto que leio na imprensa fora dos textos monocordicos de exaltação... Abraços.
[Leia outros Comentários de Vitor Vieira]
2/5/2006
15h52min
Mas a contemporaneidade global já não é meio diluída e espertamente lisérgica? Aliás, o que "lisérjam" certos frequentadores de baladas, já sob êxtases que questionam a sobrevivência da arte? Quanto a experimentar alucinógenos, bem, G. Harrison disse que maconha é como tomar umas cervejas, já o ácido é como ir pra lua. Eu já fico com o dito: "Quem burro vai a Santarém, burro vai e burro vem" (rs). E baccio do Mário!
[Leia outros Comentários de Mário G. Montaut]

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




As Aventuras de Líli: A Casa e Seus Cômodos
Sheila Rocha (Autografado)
FoxTablet
(2021)



Escreva seu Livro
Laura Bacellar
Mercuryo
(2001)



Voo Luminoso de Alma Sonhadora
Marta Barbosa Stephens
Intermeios
(2018)



Onde está Teresa? 308
Zibia Gasparetto
Vida & Consciência
(2007)



Livro Literatura Estrangeira The Lobkowicz Collections
Não Encontrado
Scala
(2007)



Viver Em Comunidade Para A Missão
José Lisboa M. De Oliveira
Paulus
(2013)



HQ/Gibi Os Sobrinhos do Capitão - Volume 2
Diverso autores
Nova Leitura
(1987)



The Engineers Guide to Steel
Hanson/parr
Addison Wesley
(1965)



Jesus o Profeta Divino - Volume II
José de Paiva Neto
Elevação
(2011)



Mulher e Depressão- Paixões Que Forem, Paixões Que Curam
Jennifer James, Maria Silvia Mourao Netto
Saraiva
(1992)





busca | avançada
37550 visitas/dia
2,0 milhões/mês