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Quinta-feira, 21/8/2003
A última tecno-rave
Julio Daio Borges
+ de 3400 Acessos




Digestivo nº 142 >>> Don DeLillo deu o ar da graça no festival literário de Paraty e foi muito criticado pela imprensa local em seu novo livro, “Cosmópolis” (Cia. das Letras, 2003). Acontece que pode ter escrito algumas das 50 melhores páginas iniciais de um volume em muito tempo, quando narra as peripécias de um superexecutivo dos anos 2000 que circula incessantemente em sua limusine branca pelas ruas de Nova York. Chamam-no de “surrealista” (?) apenas porque retrata as situações de seu país, os Estados Unidos, com toda a pompa e com todo o exagero que lhes é inerente. DeLillo não mente, e sabe escrever – duas qualidades em falta ultimamente. Sua novela (?) de quase duzentas páginas tem um quê de joyceana, porque se passa toda em um único dia do protagonista. Eric Packer é um desses garotos-prodígio do tempo da “bolha” especulativa, que acumulou bilhões de dólares e vive como um semideus capitalista, com direito a onisciência, onipresença e onipotência. Não tem escritório fixo em nenhum lugar: está em todos ao mesmo tempo, graças às manobras de seu motorista, um performático esquema de segurança e o entra-e-sai dos principais diretores de sua empresa, que falam através de metáforas. (A ambição de DeLillo é oracular e filosófica e, alguns podem achar, ele resvala nos delírios místicos e cibernéticos da geração X, Y, Z ou qual seja.) Além de se alimentar do fluxo de informações de seus monitores de plasma, ler em alemão em suas noites de insônia e decorar nomes científicos de plantas, o sujeito é um atleta sexual, e se reveza entre suas amantes espalhadas pelos bairros da Big Apple. É também casado, com uma poetisa, que herdou uma herança (igualmente bilionária, mas não, como ele, “nouveau riche”) – a qual encontra sempre “by chance” (em locais inusitados), e com quem divide não mais que as refeições do dia. Esse tipinho insolente, que caça na Sibéria e que, por esporte, pilota um bombardeiro russo (pelo qual desembolsou alguns milhões de dólares), ainda aposta sua fortuna contra o iene, enquanto se submete a checkups diários. Irônico que se entregue à morte de braços abertos. (Ninguém se assuste com a revelação: não se trata de um livro de mistério.) DeLillo não explica o final – e nem deve explicar; não é o seu papel. Para quem não gostou: que se atenha às primeiras 50 páginas – essas valem as demais (assim como o conselho vale a repetição).
>>> Cosmópolis - Don DeLillo - 197 págs. - Companhia das Letras | Don DeLillo encerrou Festa Literária em Paraty
 
Julio Daio Borges
Editor
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