Digestivo nº 153 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Quarta-feira, 17/12/2003
Digestivo nº 153
Julio Daio Borges
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Imprensa >>> Música com letra
Parecia um carnaval. Parecia o Gueri-Gueri de algum tempo atrás. Mas era jazz, funk, blues. Estamos falando do encerramento da “Bourbon Street Fest”, comemorando dez anos da casa fundada por Luiz Fernando Mascaro e Edgard Radesca, que fechou a rua dos Chanés, em Moema, há alguns domingos. Havia lugares de sobra. As pessoas não precisavam se “acotovelar”, como precisariam depois, durante a apresentação do Preservation Hall Jazz Band, direto de New Orleans. Tanto que, no fechamento, era quase impossível sair, pedindo inúmeras “licenças”, sem se perder na multidão, que já se estendia por mais de um quarteirão. Este é o País do Samba. O mesmo que lota as sessões da Traditional Jazz Band, na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, às sextas-feiras à noite. Chegar “na hora” não adianta; não adianta se você quiser se sentar – e ouvir as piadas e as explicações da turma de Édo Callia. São sempre especiais temáticos homenageando os grandes nomes do gênero: Bessie Smith, Count Basie, Benny Goodman... Existe um mistério indecifrável no “jazz” e em outros ritmos que permanecem conservados em formol: foi-se certamente o tempo dos “revolucionários” e das “revoluções”, mas aquela “centelha”, que reaviva a brasa de vez em quando, continua. Como na revista “Jazz+”, uma publicação da Dexter e da Pool editoras, que já deveria “entrar pra História” por desenterrar Johnny Alf, que amarga um ostracismo tenebroso. Também por fazer verdadeira critica musical, desancando, as ambições de, por exemplo, uma gravadora Trama. Afinal, existe gente interessada em saber da passagem de Chet Baker pelo Brasil (em 1989), em pegar Francis Hime “no pulo” (com gravações que ele nunca ouviu) e em se deliciar com o catálogo de relançamentos da Odeon (na comemoração de seus 100 anos). O problema é que, para achar esse povo, tem que procurar (e às vezes não achar), lá dentro do País do Carnaval... [Comente esta Nota]
>>> Bourbon Street | Livraria Cultura | Jazz+
 



Música >>> What Is And What Should Never Be
Como disse Luís Antônio Giron recentemente sobre os Beatles, o baú do Led Zeppelin parece, igualmente, um “poço sem fundo”. Quem cava é Jimmy Page: guitarrista, compositor e “mago de estúdio”. Justifica a última empreitada arqueológica (“How The West Was Won”, 2003, Warner) com os seguintes dizeres: “Enquanto procurava material para um DVD do Led Zeppelin, redescobri ‘performances’ de 1972 e...” Lançou também em CD. Um triplo que ilustra o método de composição do conjunto: metiam-se em execuções intermináveis de “Whole Lotta Love” e “Dazed And Confused” (23 e 25 minutos, no disco, cada) e de lá tiravam “riffs” e “batidas” que serviam de base para criações futuras. A pergunta que fica é: – Será que por esses “excessos” se interessam também os “não-fãs”? O melhor Led Zeppelin ainda é o “limpo”, dos álbuns produzidos por Page, em estúdio – onde as distorções parecem “polidas”; os gritos de Plant, “nítidos”; e a bateria de Bonham, exatamente “na medida”. Glenn Gould, muito antes (na seara da música clássica), percebeu que a grande “sacada” do século XX estava no “registro”. Quem soube “se fazer registro” se eternizou; quem não soube... O problema de lançar “inéditos” vem daí: nem tudo merece “registro” – e a maioria das coisas merece, mesmo, o “fundo do baú”. No DVD, é interessante conhecer como o Led Zep se comportava no placo nos primórdios (1969), mas os melhores momentos são aqueles mesmos do Madison Square Garden (“The Song Remains the Same”, 1973, que tão bem conhecemos). As quatro “personalidades” (ou seriam “entidades”?) já estão formadas e quem viu “Black Dog” e “Misty Mountain Hop” viu tudo. Claro, nas coletivas e nas entrevistas (também incluídas), confirmamos com um sorrisinho-de-canto-de-boca o que, há muito, já sabíamos: depois dos Beatles, houve o Led Zeppelin; depois do Led Zeppelin... Então é bastante compreensível essa “fome” por “material novo”. Os fãs, obviamente, agradecem; mas daí a querer um “revival” dos anos 70... Alguém precisa avisar Jimmy Page que eles já “conquistaram o Oeste”. [Comente esta Nota]
>>> How The West Was Won: DVD | CD - Led Zeppelin - Warner
 



Cinema >>> L’Empereur
Napoleão mereceu uma exposição na Faap. Pouca gente comentou. (Preferiu dizer que já tinha visto na França; no “Musée de l’Armé”, por exemplo.) Perdeu. Agora “Monsieur N” retorna à cidade, em filme de título homônimo. Vale a pena rever o Napoleão cinematográfico em suas poses e seus trejeitos; principalmente em suas tramóias (esse é o tema do filme, aliás). A única coisa que incomoda é a mórbida semelhança com “Pacto dos Lobos” (2001); de um gênero “francês” que tenta desesperadamente imitar o cinema americano. “Monsieur N” tem até vilão. Mocinho e bandido. Nem precisa dizer que o primeiro é Napoleão: amado por todos em Santa Helena (segundo a História, seu derradeiro exílio, sua derradeira “prisão”), onde tinha poderes de imperador (guardadas as devidas proporções: estamos falando de uma ilha). Provoca, claro, muitas dores de cabeça no “Gouverneur” de “Sainte-Hélène”; que era inglês, temia que ele escapasse e pessoalmente o detestava. (Precisa dizer quem sai “ganhando” no final?) Esse maniqueísmo, previsível em seus desdobramentos, empobrece a fita. O resto são caracterizações bastante fiéis – inclusive à mostra da Faap. Napoleão queria ser enterrado às margens do Senna, “junto ao povo (francês) que tanto amou” (uma citação literal, que dá credibilidade aos diálogos). Há, lógico, o flerte, a paixão, a conquista. Entre o protagonista (também narrador) e a última namorada (mulher?) de Napoleão. No filme: Betsy Balcombe (Siobhan Hewlett), que carinhosamente o apelida de “Bonnie”. É feia como a “Amada Imortal” (1995) de Beethoven. Alguém se lembra? Entre cenas bucólicas embaladas pela Terceira Sinfonia e chuvas torrenciais no final, Gary Oldman tentava nos convencer de que uma loira vesga e de dentes tortos fora, na verdade, a musa inspiradora de Beethoven. É mais ou menos a história de “Monsieur N”, sobre os últimos dias de “Bonnie” ou Napoleão. Mais uma intriga palaciana. Que começou, dizem, com “JFK”; e que tem, aproximadamente, quarenta (mil) anos. [Comente esta Nota]
>>> Monsieur N
 

>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO*** RECOMENDA
(CN - Conjunto Nacional; VL - Shopping Villa-Lobos)


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* O meio ambiente e o escritório - Silvana Carvalho Hoffmann (3ª f., 16/12, 18h30, VL)
* Casamento dos Sonhos - Marcos Silvestre (4ª f., 17/12, 18h30, VL)

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* Mexa-se - Fabio Saba (4ª f., 17/12, 19h30, VL)
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** Livraria Cultura Conjunto Nacional: Av. Paulista, nº 2073

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Julio Daio Borges
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