Digestivo nº 254 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Sexta-feira, 25/11/2005
Digestivo nº 254
Julio Daio Borges
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+ 2 Comentário(s)




Literatura >>> Prova do livro
Volta à baila o País de Não-Leitores. Desde pelo menos a última Primavera dos Livros do Rio que se discute, novamente em 2005, as razões da não-leitura no Brasil. Em relatório de Fábio Sá Earp e George Kornis, a grande causa era o preço elevado do objeto livro – por meio de gráficos, estatísticas e comparações com outros países, a intenção era mostrar que, proporcionalmente à renda dos brasileiros, os preços são exorbitantes. Outra conclusão, fatalista, era a de que: do boom dos anos 90 pra cá, as tiragens vêm sucessivamente diminuindo, enquanto que os preços, mais uma vez, seguem aumentando. (Efeito Tostines: quanto menor a tiragem, mais caro o livro.) Quem explica? Todo mundo explica: editores, livreiros, leitores. Especuladores. Entre a Primavera do Rio de 2005 e a de São Paulo, que recentemente prometeu colocar o mesmo assunto em pauta, chega a revista Panorama Editorial de novembro cuja reportagem de capa traz o seguinte título: “Em busca do leitor perdido” (com direito a tipologia à la Indiana Jones e a imagem de um labirinto). Sem tantos gráficos, estatísticas, comparativos, e com mais uma porção de opiniões e pontos de vista, para o pessoal da Panorama, o vilão parece ser, pela ordem: os pais, a escola e, em terceiro lugar, uma maçaroca que mistura internet com televisão com mídia estabelecida. Gabriel Chalita, nosso Secretário da Educação, foi, por exemplo, corajoso ao reconhecer o estrago de décadas de televisão. Já Augusto Massi, da Cosac Naify, diz que faltam “bons exemplos” tanto em casa como na escola. Alguém ainda lembrou – surpreendentemente – que, com a internet, obrigatoriamente se lê (e se escreve) mais. Principalmente entre os jovens. Pois como disse outro alguém (provavelmente Jason Epstein que, em O negócio do livro, disse quase tudo), voltamos a escrever (e a ler) como em todas as outras épocas da História humana pré-telefone. Talvez não precisemos inventar o i-Pod para escritores e leitores. O hipertexto está salvando o texto; agora, os atravessadores... vão ter de procurar outra ocupação. [Comente esta Nota]
>>> Primavera dos Livros | A Economia da Cadeia Produtiva do Livro | Panorama Editorial
 



Música >>> Too cool not to be hot
E Marcos Valle gravou, de novo, o disco que Ed Motta vem tentando há anos. Na verdade – para que o sobrinho de Tim Maia não saia tão mal na comparação –, é como se Ed Motta e seu ídolo instrumental, Moacir Santos, se dessem as mãos e, justamente, no meio do caminho ficasse Marcos Valle com este Jet-Samba. Por uma iniciativa sua e da Dubas, é o primeiro álbum, em muitos anos, totalmente concebido e realizado no País do Carnaval (e da Bossa Nova). Marcos Valle revisita sua trajetória em vários momentos, puxando desde o tema de Selva de Pedra (a novela) até lembranças do início dos tempos, sob a benção da Família Caymmi, passando pela sua ligação com o jazz americano, graças à sólida carreira internacional, e evocando, claro, Tom Jobim, também falando muito de Eumir Deodato. Reabilitando, ainda, Jacquinho Morelembaum, que parecia para sempre entregue aos arroubos latinos de Caetano Veloso. Entre tantas remixagens, samples, pastiches e, sobretudo, diluições da bossa nova nas pistas (convenhamos), é, no mínimo, revigorante encontrar um dos Pais Fundadores ainda fértil, original e criativo. Aliás, quando é que uma gravadora vai se dignar a lançar as obras completas de Marcos Valle no Brasil (antes que o CD se extinga)? Nesse sentido, Jet-Samba é uma obra-prima de nostalgia. Desde a capa até o encarte, passando pela “cozinha” (sem nenhum componente de música eletrônica) até os grooves, que nunca falham. Quanto mais se ouve, mais paira – vamos e venhamos – a sombra do maestro Moacir Santos. E Ed Motta podia ter feito parte dessa geração... Quando lemos as anotações de Marcos Valle sobre sua atual produção, concluímos que mais do que talento o que falta ao autor de Dwitza é ambiente para sua criação. Ser “anônimo”, como Valle foi, entre Ary Barroso, Dorival Caymmi e Vinicius de Moraes – vamos dar a mão à palmatória – é coisa difícil de se emular hoje. Fica o registro de Jet-Samba. [Comente esta Nota]
>>> Jet-samba - Marcos Valle - Dubas
 



Além do Mais >>> Fidelio
Dias antes de morrer, Beethoven se ocupava dos últimos quartetos em que revolucionaria, como sempre, a forma, e podia ser visto passeando com a cabeça cheia de idéias. Uma mente em ebulição, que só parou quando caiu doente, e para sempre, de cama. Beethoven teria gostado de 2005 no Brasil, em que sua biografia, por Lewis Lockwood, se consagraria desde o ano anterior; e em que o Mozarteum Brasileiro encerraria sua Temporada com a Bamberger Symphoniker e a sua Oitava Sinfonia (aquela em que, dizem, ele apelou, no último movimento, para o aplauso do público. Esse Beethoven...). Também com Brahms, seu discípulo – para Paulo Francis, “retrô” –, e o respectivo Concerto para piano nº 2, interpretado por ninguém menos que Rudolf Buchbinder. Sim, o incansável, e fiel, executor (testamenteiro?) das sonatas completas do mestre de Bonn. No intervalo entre a Oitava de Ludwig Van (como diria Kubrick) e o Concerto de Brahms por Buchbinder, a ansiedade era tamanha que, na Sala São Paulo, nem compensava sair para tomar um cafezinho. Satisfação era ver o piano retumbante surgindo no palco (aquele mesmo com que, no filme, Nelson Freire implicou; até aí, até Yamandú já implicou, na mesma Sala, com seu próprio violão...). Buchbinder não implicou (e nem o regente, Jonathan Nott); e vê-lo, novamente, em tão pouco tempo, foi um presente digno das grandes temporadas no exterior. E em 2006, o Mozarteum já anuncia, no embalo da Bamberger, a Sinfônica de Köln, o Coro Giuseppe Verdi, a Sinfônica da Rádio de Frankfurt, Gidon Kremer (remember 2004), e – mais uma vez, para ninguém dizer que não teve chance – Rudolf Buchbinder com a Orquestra de Câmara de Zurique. Entre outros. Ludwig Van que, em 2005-2006, não ouviria nem mais um pio – mas que teria marcado o tempo, com os olhos – acederia em concordância. Eyes wide shut, não precisaria de senha para adentrar no banquete de melômanos (como a mesma Orquestra do Estado de São Paulo comprovou). [Comente esta Nota]
>>> Mozarteum Brasileiro
 
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* Guerra e Cinema - Paulo Arantes, Ruy Sardinha, Sérgio Dávila e Ricardo Bonalume Neto
(Qui., 01/12, 19h30, VL)

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(Qui., 01/12, 18h30, CN)
* Guerra e Cinema - Paul Virilio
(Qui., 01/12, 19h30, VL)

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Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
28/11/2005
19h53min
No Brasil, Julio, o que me surpreende são as edições de alguns poetas. Já fiz essa pergunta até para o Contador Borges, poeta e tradutor de René Char pela Iluminuras, mas ninguém me respondeu convincentemente a questão seguinte: o que leva um editor brasileiro a lançar um livro de René Char ou de Paul Celan? "O nu perdido e outros poemas", de Char, bilingue, traduzido pelo Contador Borges foi uma das mais raras e iluminadas façanhas que me contemplaram. Mas, quem souber responda, por favor: O que leva, um editor, no Brasil, a cometer tal maravilha? Baccios!!!
[Leia outros Comentários de Mário G. Montaut]
2/12/2005
09h51min
Bastante interessante este ano para a música brasileira onde os melhores trabalhos foram os discos instrumentais de Marcos Valle (Jet Samba), Moacir Santos (Choros & Alegria) e Lea Freire & Bocato (Antologia da Canção Brasileira Vol. 1 e 2), este 2005 foi um ano deliciosamente atípico pra quem escapou ileso do ilariê da Banda Calypso...
[Leia outros Comentários de VValdemar Pavan]

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