Digestivo nº 32 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Quarta-feira, 16/5/2001
Digestivo nº 32
Julio Daio Borges
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Televisão >>> O último a sair que apague a luz
Depois de muita balbúrdia e uma miríade de informações desencontradas, Fernando Henrique Cardoso resolveu vir a público, nessa sexta-feira, para fazer o mea-culpa do Governo Federal. Ele vai dizer que não sabia, que não foi informado, que os relatórios omitiam a real situação do setor elétrico no Brasil. Independentemente de se apontar culpados, se não forem tomadas medidas drásticas, a base governista inevitavelmente enfrentará sua maior crise política, impedindo a eleição de seus candidatos em 2002. Já o Brasil, está ameaçado de vivenciar um caos econômico tão grande quanto o da crise cambial de janeiro de 1999 (senão maior). O que resta à sociedade? Pagar a conta. Detalhes técnicos à parte, balanceadas as projeções pessimistas e otimistas, fala-se num corte diário, de 2 a 4 horas, de junho até novembro. Em meio a CPIs (de considerável importância, diga-se) e pizzas (dos mais diversos tamanhos), a opinião pública ainda não parou para pensar o que significa desligar o país da tomada, nos próximos 6 meses. [Comente esta Nota]
>>> O Estado de S. Paulo
 



Cinema >>> As greedy as a pig
Snatch, o filme, ensina que a melhor forma de dar sumiço num cadáver é picá-lo em pedaços e dar de alimento aos porcos que, em questão de horas, trituram até os ossos. Essa passagem é bastante representativa do longa e dessa escola que, assumidamente ou não, partiu de Quentin Tarantino, para a banalização da violência e a glamourização do crime. Em Snatch, as mortes são tão corriqueiras que todo ator que entra em cena dura, no máximo, vinte minutos. O caráter absurdo da projeção, que sacrifica estrelas e cachês, propõe um crossover de bandidagem judia, turca, negra, russa, cigana, americana e britânica. A ênfase, quase linguística, desse encontro de culturas do submundo é responsabilidade de Guy Ritchie, o diretor. Abolidos os juízos morais, é perceptível que ele leva a explosão de balas e de sangue um passo adiante. Mormente, quando conduz suas tomadas na batida tribal do drum'n'bass e de suas variantes. Essa corrente parece indagar, seriamente, quanta carnificina o estômago do espectador agüenta. O prazer estético, às vezes, compensa. O problema é que, nem todo dia, existe a disposição de se passear pelo açougue. [Comente esta Nota]
>>> Snatch
 



Literatura >>> Suspeito que estejam sempre conspirando para me fazer feliz
Todo grande escritor tem uma obsessão pessoal que transforma em livro. Não foi diferente para J. D. Salinger que, além de criar um alter ego (Buddy Glass), forjou um irmão mais velho: Seymour Glass. "Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira" e "Seymour: uma apresentação" fazem parte da edição mais recente, no Brasil, do recluso autor de Cornish. O primeiro conto narra, primorosamente, os contratempos em torno do casamento de Seymour; o segundo esboça um perfil dessa personalidade irreproduzível em papel. Aos olhos do irmão mais novo, Seymour foi um poeta, um iluminado, um vidente (é proposital a alusão sonora a "see more"). Muitos suspeitam que ele foi também Holden Caufield, o protagonista de "O apanhador no campo de centeio". Salinger ergue-lhe um totem, mas, muito provavelmente, projeta-se em Seymour. A devoção exaltada a um personagem, a um ser humano, a um ícone, tem tanto de desprendimento quanto tem de egotismo. A história se repete como em Flaubert (Bovary), Machado (Capitu) e Tolstoi (Karenina). [Comente esta Nota]
>>> "Companheiros, levantem bem alto a cumeeria e Seymour: uma apresentação" - J. D. Salinger - 182 págs.
 



Artes >>> A fotografia é a mentira verdadeira
Dentro dos ciclos do V Mês Internacional da Fotografia, o Instituto Göethe promove uma exposição das fotos do ateliê Mathesie. Estúdio fotográfico que funcionou desde 1895 até 1993, acumulando 300 mil negativos, o Mathesie permitiu que se destacasse a sua produção a partir do Pós-Guerra, chegando até o fim da década de 70. É sempre curioso lembrar que a fotografia começou como registro, não como arte. Portanto, nada mais primordial do que o retrato: o recorte de um momento ou de um estado, no tempo. A coleção se compõe de dezenas de painéis com fotos de pessoas, posando em datas especiais ou em fases marcantes da vida. A trivialidade cruza os olhares, o figurino e as poses. O modelo mostra, o que considera, a sua melhor face para o fotógrafo. É impossível pensar o século XX (e o XXI) sem essa profusão de imagens. A fotografia (e depois o cinema) viria a estabelecer as bases da primazia do corpo sobre a alma. Cada um é, antes de tudo, o que aparenta, e não o que tem dentro. Se hoje as pessoas querem mudar o seu exterior para mudar o seu interior, é porque um dia se confirmou que parecer é mais importante do que ser. [Comente esta Nota]
>>> Instituto Göethe - Rua Lisboa, 974 - Tel.: 3088-4288
 



Além do Mais >>> One Little, Two Little, Three Little Indians
O suplemento da Business Week, publicado pelo jornal Valor, traz uma matéria de capa sobre o despencar da Yahoo, que já foi o portal nº 1 da internet. No universo das cifras megagalácticas, a empresa dirigida por Yang, Mallett e Koogle chegou a valer US$ 128 bilhões (mais que o dobro da Walt Disney). A reportagem tenta explicar por que é que a Yahoo perdeu 92% de seu valor de mercado, desde janeiro de 2000, chegando aos US$ 11 bilhões, com receitas declinantes de US$ 180 milhões, no último trimestre. Segundo os analistas, o primeiro erro estaria em não adquirir uma empresa da "velha economia", nos moldes do que foi feito pela AOL (que arrematou a Time Warner por US$ 85 bilhões, também em janeiro de 2000). O segundo erro estaria na oportunidade disperdiçada de incorporar uma empresa de leilões pela internet, a eBay, que teve suas receitas aumentadas em 79% (para US$ 184 milhões, no primeiro trimestre), e que tiraria a Yahoo da dependência de viver de anúncios. O terceiro erro, apontado como "gerencial", estaria na disputa pela direção da empresa entre Mallett (um homem de operações) e Koogle (mais apegado ao "consenso"). O impasse culminou com a saída do último, e a contratação de Terry S. Semel (ex-Warner Bros.). Embora confiante na retomada do crescimento (Semel recebe parte de seus honorários em opções), os acionistas esperam que ele não se materialize como um quarto erro. [Comente esta Nota]
>>> Valor Econômico
 
>>> MINHA PÁTRIA É MINHA LÍNGUA
"O dinheiro sobe pela cabeça dos caras e pronto: acabou o futebol."
 
Julio Daio Borges
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