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DIGESTIVOS

Sexta-feira, 11/12/2009
Digestivo nº 444
Julio Daio Borges
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Imprensa >>> O Crash de 2008, por Charles R. Morris
Para quem ainda acha que a crise foi apenas uma "marolinha" ou para quem, simplesmente, quer entender o que ainda está acontecendo, o melhor guia é o de Charles R. Morris, advogado e ex-banqueiro, que sintetizou O Crash de 2008 em pouco mais de 250 páginas e um subtítulo autoexplicativo: "Dinheiro fácil, apostas arriscadas e o colapso global do crédito". Os capítulos, igualmente, falam por si: "A Morte do Liberalismo", "Wall Street Descobre a Religião", "A Terra das Bolhas", "Uma Parede de Dinheiro", "Um Tsunami de Dólares", "A Grande Desmontagem", "Catando os Cacos" e "Recuperando o Equilíbrio". Morris, obviamente, não acha que a crise é de hoje, nem dos anos 2000. Para ele, o último a fazer a lição de casa, no governo americano, foi Paul Volcker, nos anos 80, durante a presidência de Reagan. Morris, a partir daí, condena a doutrina da chamada Escola de Chicago, que levou o mundo à liberalidade de um Alan Greenspan, e mesmo à falta de pulso firme de um Ben Bernanke e, sobretudo, de um Henry Paulson. Com juros extremamente baixos nos Estados Unidos, o planeta se encheu de dólares — mas que não geraram inflação diretamente; na verdade, se dirigiram para o mercado de ações e para o mercado imobiliário. Como consequência, surgiram "bolhas", como a da internet — pois fazer a oferta pública inicial (IPO) era muito mais lucrativo do que trabalhar; e, como consequência da oferta irracional de crédito, era mais lucrativo hipotecar a própria casa, comprar outra financiada (e hipotecar de novo etc.) do que ganhar dinheiro as usual. A avidez dos emprestadores — e do mercado em repassar esses empréstimos — era tamanha que começaram a emprestar até para quem não tinha como pagar... Voilà, o subprime (que é, na tradução, um empréstimo aquém do prime, aquém do "ótimo". "Ruim" querendo passar por "bom")... A farra não poderia durar para sempre; e, de repente, quem não tinha "nem receita, nem emprego e nem patrimônio" (NINJA) não honrou seus empréstimos; e a economia, a partir dos EUA, desabou como um dominó... A parte pior dessa história é que, ao contrário do que parece agora (aos olhos do mundo), os Estados Unidos da América, segundo Charles R. Morris, não fizeram — ainda — sua lição de casa. Para que tudo volte ao "normal", temos de passar por uma recessão — e o que fizemos, até agora, foi protelá-la. O Crash de 2008 indica que alguém vai pagar essa conta. E estamos, neste momento, apenas postergando o inevitável... [1 Comentário(s)]
>>> O Crash de 2008 (Leia o primeiro capítulo)
 



Artes >>> Um enigma chamado Brasil, 29 intérpretes e um país
Embora falar português errado, ostentar ignorância e, quando conveniente, até fingir desinformação estejam muito em moda, houve um tempo em que interpretar o Brasil era, também, um hábito, e algumas das melhores cabeças, do País, se dedicaram a tal. Para quem se acostumou com o desrespeito ao hino (e à bandeira), com o vale-tudo na era da "governabilidade" e com o nível declinante das nossas "lideranças", Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país pode trazer certo alívio, nem que seja para evocar uma época, nem tão distante, de outros homens e de outros "valores". Com organização de Lilia Moritz Schwarcz e André Botelho, o objetivo, desde o título, é apresentar os principais "intérpretes" do Brasil, que tentaram entender o País a partir das áreas em que atuavam. Logo, desde sociólogos e historiadores, pudemos contar, ainda, com notáveis em campos, aparentemente, menos propensos à "interpretação", como a literatura e as artes. Assim, foram chamados pesquisadores contemporâneos para analisar, em ensaios breves, a vida e as ideias desses nossos "interpretadores". Algumas boas surpresas são Maria Alice Rezende de Carvalho falando de André Rebouças, o companheiro de Joaquim Nabuco na campanha abolicionista; Antonio Dimas ressuscitando o combativo, e muitas vezes barroco, crítico Sílvio Romero; Carlos Augusto Calil devolvendo estatura a Paulo Prado, um dos pais do nosso modernismo; Angela de Castro Gomes reabilitando Oliveira Vianna, um conservador essencial; e Robert Wegner revisitando, com muita originalidade, Sérgio Buarque de Hollanda. Não faltam olhares para outros nomes igualmente "canônicos", como Euclides da Cunha, Mário de Andrade, Câmara Cascudo e Gilberto Freyre, embora nem sempre os respectivos capítulos tragam alguma novidade, seja no conteúdo, seja na forma. São questionáveis as homenagens a contemporâneos como Antonio Candido, Roberto Schwarz e até Fernando Henrique Cardoso, mas sua consagração precoce, digamos, não diminui o esforço de se concentrar 500 anos num volume de menos de 500 páginas. Se os nossos governantes, hoje, se recusam a ler, e se condenam a repetir os erros do passado (por mais que haja pujança econômica), podemos, talvez, esperar que os líderes do futuro se disponham a conhecer os homens que pensaram o Brasil antes. [Comente esta Nota]
>>> Um enigma chamado Brasil
 



Além do Mais >>> Psicologia Nova, de Charles F. Haanel
"O que eu mais temia, aconteceu comigo" — é uma frase que está no "Livro de Jó", na Bíblia. Charles F. Haanel, um dos homens mais ricos dos Estados Unidos em sua época, usa-a para ilustrar sua filosofia de vida, que tentou resumir em Psicologia Nova — que a editora Vida & Consciência relança agora, 85 anos depois. Divulgado como o precursor da hoje famosa "lei da atração", Haanel prega, muito antes de O Segredo, que "O homem é o arquiteto de seu destino" — talvez evocando, inconscientemente, Heráclito, para quem caráter era destino. Haanel tampouco sabia, mas antecipou o que, há algum tempo, se chama de programação neurolinguística — pois afirma: "Se você quer alcançar as alturas, negue às coisas baixas o direito de ter sua atenção". Para evocar, dessa vez, Mateus (o mesmo do "Efeito Mateus", do Cisne Negro): "Onde seu tesouro estiver, aí também estará seu coração". Em termos de "administração moderna", poder-se-ia resumir o conselho de Haanel a: "Tenha foco" (e Deus te ajudará). Ou, como preferem os judeus: "Deus ajuda a quem se ajuda" (grifo nosso). E insistindo ainda na conversa sobre "foco", Haanel não é nem um pouco econômico quando declara: "A capacidade de se concentrar é uma das marcas distintivas do gênio". O autor de Psicologia Nova prega, também, uma certa prodigalidade (para com os demais seres humanos): "A fim de que você tenha sucesso, os outros também devem ter sucesso". E, decididamente, não embarca no multitasking: "Para realizar muito, você deve preservar sua energia". Psicologia Nova, como se pode notar, não tem uma estrutura muito definida e não deve ser lida como uma obra que constitui um "sistema", mas, antes, como uma coleção de aforismos, que às vezes podem falar ao leitor, mas que, nas demais situações, não — mesmo porque se acumulam, como num brainstorming (e como se Haanel antecipasse, para completar, a "escrita automática" dos surrealistas). Com capítulos instigantes como "A Psicologia do Sucesso", "A Lei da Abundância" e, naturalmente, "A Lei da Atração", o volume pode ser divertido numa noite de insônia, mas não é um "manual de conduta", como se anuncia. [Comente esta Nota]
>>> Psicologia Nova
 

 
Julio Daio Borges
Editor
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