Digestivo nº 93 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
41111 visitas/dia
2,0 milhões/mês
Mais Recentes
>>> Inscrições abertas para o Festival de Cinema de Três Passos
>>> Lenna Bahule e Tiganá Santana fazem shows no Sons do Mundo do Sesc Bom Retiro
>>> CCBB Educativo realiza oficinas que unem arte, tradição e festa popular
>>> Peça Dzi Croquettes Sem Censura estreia em São Paulo nesta quinta (12/6)
>>> Agenda: editora orlando estreia com livro de contos da premiada escritora Myriam Scotti
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
Colunistas
Últimos Posts
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
>>> Claude 4 com Mike Krieger, do Instagram
>>> NotebookLM
>>> Jony Ive, designer do iPhone, se junta à OpenAI
>>> Luiz Schwarcz no Roda Viva
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Quem é (e o que faz) Julio Daio Borges
>>> A importância do nome das coisas
>>> A revista Bizz
>>> Temporada 2008 do Mozarteum Brasileiro
>>> O iPad muda tudo? #tcdisrupt
>>> Vida e morte do Correio da Manhã
>>> E a Holanda eliminou o Brasil
>>> Magia Verde
>>> A loucura por Hilda Hilst
>>> Uma suposta I.C.
Mais Recentes
>>> Fundamentos De Marketing - Serie Gestão Empresarial de Basta / Marchesini pela Fgv (2006)
>>> Livro Psicoterapia de Emergência e Psicoterapia Breve de Leopold Bellak, Leonard Small pela Artes Médicas (1978)
>>> Sociologo E Positivista Vol.11 de Comte pela Escala (2012)
>>> Muitas Vozes de Ferreira Gullar pela José Olympio (1999)
>>> Livro O Mundo Contemporâneo Novalgina 70 Anos de Kopfschmerzen Jeder pela Fisicalbook (1996)
>>> Alma Dos Animais: Estágio Anterior Da Alma Humana? de Paulo Neto pela Geec (2008)
>>> Entrevistas. Processos de Miguel De Almeida pela Sesc (2003)
>>> A Mulher do Mágico de Brian Moore pela Companhia das Letras (2000)
>>> Livro Como Se Realiza A Aprendizagem de Robert M. Gagné pela Livros Técnicos e Científicos S.A (1976)
>>> O principe de Maquiavel pela Martin Claret (1998)
>>> O Cartaginês de Nauaf Hardan pela Edicon
>>> San Francisco Real City de Kristine Carber pela Dorling Kinders (2007)
>>> Soldados de Salamina (2º Ed. - 1º reimpressão) de Javier Cercas pela Biblioteca Azul (2020)
>>> O Ouro Maldito Dos Incas: A Conquista Do Império Inca Contada Por Um Soldado De Pizarro de Lúcio Martins Rodrigues pela Conteúdo (2011)
>>> Viver com Inspiração de Akiva Tatz pela Maayanot (2000)
>>> Livro El Juez De Paz Y El Jurado En El Brasil Imperial 1808-1871 Control Social Y Estabilidad Política En El Nuevo Estado de Thomas Flory, traduzido por Mariluz Caso pela Fondo De Cultura Económica México (1986)
>>> Colecao Grandes Obras Do Pensamento Universal (maquiavel - Belfagor, OArquidiabo, A madragora de Maquiavel pela Escala Editora - Lafonte (2007)
>>> Soldados de Salamina - 2º Edição (1º reimpressão) de Javier Cercas pela Biblioteca Azul (2020)
>>> Jung e a Interpretação dos Sonhos - Manual de Teoria e Prática de James A. Hall pela Pensamento (1993)
>>> Livro Bilionário Por Acaso A Criação do Facebook Uma História de Sexo, Dinheiro, Genialidade e Traição de Ben Mezrich pela Intrínseca (2010)
>>> Livro As Origens da Cabala de Eliphas Levi pela Pensamento
>>> Jovens Pesquisadores - Diversidade Do Fazer Científico de Tânia Rodrigues Da Cruz pela Ufrgs (2003)
>>> Livro Discricionariedade na Área Fiscalizatória de André Saddy e Outros pela Ceej (2022)
>>> Florestan - A Inteligência Militante de Haroldo Ceravolo Sereza pela Boitempo (2005)
>>> Livro D. João Carioca A Corte Portuguesa Chega Ao Brasil de Lilia Moritz Schwarcz pela Quadrinhos Na Cia (2007)
DIGESTIVOS

Quarta-feira, 7/8/2002
Digestivo nº 93
Julio Daio Borges
+ de 6400 Acessos
+ 1 Comentário(s)




Imprensa >>> Didi, Dedé, Mussum e Zacarias
Começou oficialmente, no último domingo, a segunda Copa do Mundo de 2002. Trata-se da campanha política para a presidência da república e seus desdobramentos, em debates e propaganda eleitoral gratuita. Ainda que a maioria embarque cegamente nas armadilhas do marketing eleitoreiro, urdidas por um Nizan Guanaes ou por um Duda Mendonça, uma minoria suficientemente esclarecida sintoniza sôfrega os enfrentamentos eletrônicos via televisão. Apesar da maquiagem e do discurso decorado, o debate televisivo proporciona escorregões memoráveis em que os candidatos revelam o que resta de sua humanidade, nem que seja por alguns míseros segundos. Nesse domingo, por exemplo, transbordou a emoção de Ciro Gomes, quando - espumando de raiva - viu seu salário mínimo de ministro da Fazenda reduzido de 100 para 80 dólares, sua participação na fundação do PSDB convertida em "lenda urbana" e sua decantada educação, no fino trato com empresários e consumidores, sendo trazida novamente à tona. E por quem mais senão José Serra (candidato que todos os institutos de pesquisa juraram ter sido ultrapassado pelo ex-governador do Ceará)? Já Anthony Garotinho, adotando a estratégia típica dos francos perdedores, dos lanterninhas que atingiram o fundo do poço das intenções de voto, optou pelo lema do palhaço: quis ver o circo pegar fogo. Parcialmente bem sucedido, divertiu a platéia e provocou o senso de humor de Luiz Inácio Lula da Silva, para quem o delicado tema das alianças se resume ao princípio escandaloso do "quanto mais, melhor". Ciro Gomes se viu então novamente achincalhado por José Serra, quando o último lembrou que o primeiro classificou (em tempos pretéritos) Antonio Carlos Magalhães de "mais sujo do que pau de galinheiro", enquanto (em tempos presentes) andou beijando nacionalmente a sua mão. Lamentavelmente, esses mesmos candidatos, tão adequados que estavam ao dia e ao horário dos extintos Trapalhões, pretendem governar um país de mais de 170 milhões de pessoas; pior que isso: graças a um sistema eleitoral perverso e à aridez intelectualmente crescente nos quadros políticos, um desses sujeitos será fatalmente eleito até o final do ano. Mais grave que votar com convicção e ser enganado por um presidente enfaixado e posto, é ter de votar sem nenhuma convicção. [Comente esta Nota]
>>> Eleições 2002
 



Música >>> The Journalist Critic as Hero
No Brasil, além de informar, o jornalismo também assume uma função pedagógica. Quando os cidadãos de um país não têm uma formação mínima necessária, e nem meios para obtê-la, cabe ao jornalista ensinar o caminho das pedras. Alguns se aproveitam dessa prerrogativa para se impor como mestres de saberes muito duvidosos; outros, porém, estendem a vocação, naturalmente, até a sala de aula, com a autoridade que só o verdadeiro conhecimento confere. Dentre os últimos, está Luís Antônio Giron. Crítico com passagens pelo Estadão, pela Folha, pela Gazeta Mercantil, tendo consolidado um trabalho de renovação na revista Cult, colaborador de Bravo! e do jornal Valor Econômico, assumiu a cátedra sem sobressaltos - como conseqüência de uma obra que se afirma para além das contingências do dia-a-dia, tendo efetivamente formado gerações de leitores, músicos e melômanos. Num esforço que começou já em sua tese de mestrado (na década de 1990), Giron vem mapeando a trajetória da crítica no Brasil, desde as primeiras manifestações do folhetim até o que denominou "a maioridade crítica". Tese defendida e concluída, com respectivo livro já no prelo, nada mais natural que dividir o resultado da pesquisa com o público interessado, estendendo o alcance do debate a toda a sociedade. É o que tem feito Giron, na Escola de Comunicação e Artes da USP, desde os primeiros meses de 2002: uma investigação séria que remonta ao cânone europeu (Hoffmann, Stendhal, Steiner), colhendo referências também no americano (Mencken, Rosen), e que, neste segundo semestre, pretende atravessar desde o Modernismo até as últimas décadas do século XX. Enquanto se assiste ao desmantelamento da grande mídia e dos segundos cadernos (de cultura e variedades), Giron segue em sua busca pela identidade nacional, apontando caminhos para a música do futuro - como queria Wagner. [Comente esta Nota]
>>> "A crítica, do diletantismo à maioridade" por Luís Antônio Giron - Inscrições pelos telefones: 3091-4064 (com Kátia) ou 3091-4089 (com Suely)
 



Além do Mais >>> Arena sangrenta
Se o século XX foi do "performer", do intérprete, o XXI será do diretor musical, do disc-jóquei, do VJ. A execução de peças vai cedendo aos apelos da edição de sons, da masterização e da mixagem. A amostragem, ou o "sample", que no início foi uma prática tão inovadora quanto condenável - permitindo que se construísse novos "opus" a partir de obras acabadas -, nos anos 2000, terminou se afirmando legitimamente, elevando os DJs à condição de criadores e consagrando estilos como o da "lounge music". O Brasil, como país jovem e com uma certa tradição em casas noturnas, não ficou atrás e até exportou profissionais do "scratch" e da decupagem. Enquanto isso, uma metrópole como São Paulo sedia festivais como o "Cesta Eletrônica", cuja estréia aconteceu na primeira sexta-feira de agosto (e que está programado para se estender pelas próximas, do mesmo mês), num dos espaços mais musicais e camaleônicos da cidade: o Blen Blen. Foi uma iniciativa da recém-nascida empresa de eventos "Mood", que tem, entre seus sócios, profissionais experimentados da "night" paulistana. O "Cesta Eletrônica", um projeto com muitos conceitos por trás, é também uma oportunidade para "alfabetizar" leigos nessa música feita por homens e não por máquinas (como tantos detratores quiseram insinuar). O bar está reservado para o "drum'n'bass", o salão principal, para o "tecno" e o subsolo (antiga garagem), para o "laboratório": uma maneira inventiva de dialogar com bases pré-gravadas, voltando à Idade da Pedra em que se tocavam... instrumentos (!). É interessante notar como toda a cena do rock e do pop nacionais está mais ou menos envolvida com esse "hype" - e como a nossa produção musical vai se desenvolvendo a partir dessa ocorrência. Já somos protagonistas desses novos tempos; quem for ao Blen Blen verá. [Comente esta Nota]
>>> Cesta Eletrônica - Blen Blen Brasil - Mood Eventos
 



Artes >>> Cultura, técnica e uma boa idéia
Nélson Rodrigues vivia se ressentindo por ser, em sua própria definição, um "analfabeto plástico". Ainda assim, costumava propagar a informação aos quatro ventos, como que para exorcizá-la e, às vezes, era até capaz de reconhecer um gênio da raça, como Michelangelo (ou Miguel Ângelo, segundo a grafia da época). Hoje ninguém se ressente mais disso. As pessoas desistiram de tentar entender o que vem a ser "arte" - e a própria palavra se transformou num simulacro. Também há muito charlatanismo envolvido: tanto nas escolas onde se pretende ensinar "arte", quanto nos livros que se propõem a discuti-la. E mais grave ainda: o público não mais consegue identificar um verdadeiro artista e uma autêntica obra-prima; as referências foram todas perdidas. Por isso, cursos sérios como os promovidos pelo Ponto de Integração da Arte adquirem uma importância ainda maior, nestes tempos de total ignorância e desorientação. Entende-se que o estudo da arte deve acontecer a partir de quatro pontos de vista: o da linguagem visual (o desenho, por exemplo); o das técnicas; o da criatividade; e o da cultura e história da arte. Tendo isso como base, organizam-se workshops (mais específicos) e cursos propriamente ditos (menos intensivos e de formação). Dentre os mestres que lecionam no Ponto de Integração da Arte, está o nosso crítico e jornalista Alberto Beutenmüller, que nessa segunda-feira dá início a mais um de seus já legendários cursos de história da arte. Aborda, dessa vez, o que chamamos de "arte contemporânea" e o seu enigma permanente: o artista Marcel Duchamp; passa pelas definições fundamentais, atravessa o modernismo e o pós-modernismo, aterrissando na atualidade. Quem já teve a chance de privar da companhia de Alberto Beutenmüller sabe o que isso significa; e quem não teve deveria saber. A arte ainda sobrevive, no Brasil, graças a homens e espaços como esses. [Comente esta Nota]
>>> "A Arte Contemporânea e o enigma Marcel Duchamp" por Alberto Beuttenmüller - Aula inaugural: dia 5 de agosto, das 15 às 17 horas - Inscrições até o dia 19 de agosto (vagas limitadas): rua Cotoxó, 110 - Telefone: 11-3873-0099
 



Cinema >>> Everybody runs
Com a morte de Stanley Kubrick, ninguém melhor para falar do futuro que Steven Spielberg. A comparação não surge à toa: desde "Inteligência Artificial" (uma parceria post-mortem entre ambos) que Spielberg vem se apresentando como discípulo do diretor de "2001 - Uma Odisséia no Espaço". Depois dos fiascos de George Lucas (em suas tentativas desastradas de retomar "Star Wars"), o autor de "E.T." conquistou a supremacia no cinema premonitório. Ainda mais agora, com esse "Minority Report" ("A Nova Lei", na versão brasileira). Além de todo o aparato tecnológico, o filme é também uma resposta a "Matrix" (1999), em termos filosóficos (se é que isso se pode afirmar em matéria de sétima arte). Tom Cruise, ou John Anderton, é o novo Keanu Reeves, o novo Neo. Antes de salvar o mundo, porém, ele tem de provar a sua inocência - à maneira do "Fugitivo" (1993) de Harrison Ford. Ano 2054: foi inventado um sistema que prevê homicídios, graças ao uso de "precognitivos" (médiuns); Cruise, ou Anderton, é um dos policiais envolvidos no experimento (ele e sua equipe impedem que os crimes aconteçam, localizando o potencial homicida e prendendo-o por antecipação); tudo vai infalivelmente bem até que o próprio Anderton é incriminado - então tem de correr contra o tempo. São mais de duas horas de uma trama intrincada e de uma das melhores perseguições dos últimos tempos. Ficamos aliviados em saber que daqui a cinqüenta anos, a Sinfonia Patética (nº 6) de Tchaikovsky ainda será ouvida em alto e bom som. Para além da seriedade e do cientificismo (habitual), Spielberg introduz cenas engraçadas, onde o herói é ridicularizado, apenas para lembrar ao espectador que se trata de ficção. Apesar dos milhões de dólares gastos, da moral da história e do americanismo (também habitual), é inegável que o homem evoluiu desde "Inteligência Artificial" (2001). Não custa conferir, portanto. [Comente esta Nota]
>>> Minority Report
 

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
8/8/2002
14h29min
Júlio Acho louvável que você analise e faça críticas aos candidatos à presidência, desde que não esqueça (propositalmente) de algum candidato específico. José Serra, na minha opinião, foi o candidato mais fraco no debate (excluindo o Garotinho, que nem ao menos se preocupou em apresentar um programa de governo com um mínimo de consistência). José Serra não respondeu perguntas e mudou o assunto tratado quando bem entendeu, ficou em cima do muro entre defender ou não o governo FHC e foi extremamente grosso em vários momentos. Eu ainda acho que jornalismo deve ser isento, mesmo em um site "alternativo" como o Digestivo Cultural.
[Leia outros Comentários de Mariana]

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




O Problema é Seu a Solução é Nossa
Emanoel Lourenço
Literare Books
(2016)



Um Leão Chamado Christian
Anthony Bourke &john Rendall
Nova Fronteira
(2009)



Você Não Está Sozinho
Max Lucado
Thomas Nelson
(2010)



Livro Infanto Juvenis Em Cima Daquela Serra
Eucaneã Ferraz; Iara Kono
Companhia Das Letrinhas
(2013)



De Repente, o Desejo
Susan Fox
Unica
(2013)



A Casa das Belas Adormecidas
Yasunari Kawabata
Estação Liberdade
(2022)



Livro Não Fale De Boca Cheia E Outras Dicas De Etiqueta Para Crianças
Suzana Doblinski e Albertina Costa Ruiz
Mundo Cristão
(2001)



Palácio Itamaraty: Brasilia - Rio de Janeiro
Vário Autores
Banco Safra
(1993)



Livro Beber Jogar F
Andrew Gottlieb
Planeta
(2009)



Starters
Lissa Price
Editora Novo Conceito
(2020)





busca | avançada
41111 visitas/dia
2,0 milhões/mês