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Segunda-feira, 24/3/2014
Django Unchained, de Quentin Tarantino
Julio Daio Borges
+ de 7900 Acessos




Digestivo nº 498 >>> Depois da abordar um dos momentos mais controversos da história recente ― a Segunda Guerra Mundial ―, Quentin Tarantino decidiu retroceder séculos, em vez de décadas. Django Unchained igualmente "brinca" com a reconstituição histórica. Brinca, entre aspas, porque o assunto, novamente, é sério. Se em Bastardos Inglórios, Tarantino aborda o nazismo, e o antissemitismo que redundou em holocausto, em Django fala da escravidão, do racismo e de guerra civil. É sempre questionável o papel do cinema, principalmente do cinema de ficção, na reconstituição histórica. "It's just a movie", como os americanos dizem, serve tanto para criticar quanto para absolver um filme. Ainda que todo mundo saiba da ambição "histórica" do cinema americano; de como os norte-americanos se vêem em tela grande; e de como essa "representação" é importante para a autoimagem da nação... O gênio de Tarantino não está em sua erudição em matéria de História, digamos assim. Talvez em sua erudição em matéria de história do cinema; ou em matéria de cultura pop. Tarantino é um mestre da forma. E cinema, no dizer de Millôr Fernandes, talvez seja mormente edição. Logo, o aspecto eminentemente histórico pode até gerar boa discussão, mas não é o mais importante. Pulp Fiction está completando 20 anos e é, no mínimo, significativo que aquele "rato" de videolocadoras, convidado trapalhão de festivais de cinema, consumidor de "ficção barata", tenha rompido a barreira do underground ao mainstream, passando de uma narrativa não-linear, metalinguística, com ídolos esquecidos dos anos 70, para uma produção épica, com bases históricas, metalinguística ainda, mas com astros entre os mais requisitados, como Brad Pitt e Leonardo DiCaprio. Se Kill Bill é sua primeira obra-prima de longa duração desde Pulp Fiction e Cães de Aluguel, Django é sua primeira obra-prima sobre grandes questões da humanidade, digamos (ainda que a precisão histórica não seja uma ambição). Bastardos Inglórios é um grande filme, mas, nele, Tarantino soa como um "arrivista" querendo reescrever a história da Europa. Apesar de Christoph Waltz, acaba produzindo uma caricatura da atuação da Alemanha na Segunda Guerra. E, por causa de Brad Pitt, acaba produzindo uma caricatura, inclusive, da participação americana no conflito. Em Django, contudo, não soa caricato seu retrato dos sulistas, escravocratas, que perderam a Guerra de Secessão. E, apesar de Spike Lee, a representação do negro americano é não apenas respeitosa, mas compassiva e, na reviravolta da história, até engrandecedora. Lee achou que Tarantino não deveria misturar escravidão com spaghetti western, porque aquele momento histórico, justamente, não foi uma comédia, e, sim, uma tragédia. Enfim... Outra crítica questiona a existência das "mandingo fights", que transformavam escravos em gladiadores (um contrassenso, uma vez que um escravo era um "bem", um "patrimônio"...). E outra, ainda, aponta imprecisão ao evocar Ku Klux Klan uma década antes de sua primeira aparição... O fato é que esgotado o veio de Pulp Fiction até Kill Bill, Tarantino abriu uma nova avenida com Bastados Inglórios e Django Unchained. A questão é se ele aguenta a controvérsia, a polêmica e a repercussão, ao lidar com temas extremamente delicados ao gênero humano (mesmo que reescrever a História não seja sua maior preocupação...).
>>> Django Unchained
 
Julio Daio Borges
Editor
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