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Segunda-feira, 28/4/2003
I'm not what I appear to be
Julio Daio Borges
+ de 3500 Acessos




Digestivo nº 131 >>> A maioria das pessoas não conhece Charles Bukowski. Algumas, só de ouvir falar. Ainda assim, sua influência foi fundamental para a permanente "adolescência" da literatura. E não apenas no Brasil. Claro, houve a contribuição do existencialismo (que, junto a tantos outros "ismos", matou a metafísica) e até, creiam, do romance policial, com sua "lógica", sua "objetividade", seu "esquematismo". O fato é que a estrutura do que se escreve em ficção, já há muito tempo, acabou seguindo uma receita, viciosa, que invariavelmente se repete. É sempre em primeira pessoa. É sempre um herói (ou um anti-herói, não importa). É sempre uma aventura comezinha, para passar o tempo — com a duração de uma vida. Pode ser um investigador, um subalterno, um "artista". E deve se rechear de detalhes escatológicos: da sexualidade (qual seja) até os rituais fisiológicos (aqueles). Às vezes, há crimes. Violência, quase sempre (física ou moral, depende da época). Nietzsche costumava reputar a atitude submissa do indivíduo, em geral, à nossa herança judaico-cristã. Segundo ele, abandonamos o orgulho grego para impor uma civilização em que "os últimos serão os primeiros". É certo, porém, que Bukowski não pensava tudo isso, mas cultivou nos seus escritos a miséria humana — a partir do registro de sua própria miséria. Bukowski corroborou então com Nietzsche, e glorificou eternamente o "loser". Até os Beatles caíram. Mas Bukowski era da turma dos beatniks e, graças à Bertrand Brasil, temos a oportunidade de investigar essa história "in loco". A editora lança, em solo tupiniquim, uma coletânea de "25 melhores poemas" (bilíngüe), com tradução de Jorge Wanderley. O inglês de Bukowski é simples, o leitor pode seguir direto. O autor não era poeta, como se pode ver: escrevia em prosa e, depois, tentava "formatar" versos. Mas suas reflexões são interessantes. Bukowski tinha plena consciência do seu lugar na literatura, e da mudança de paradigma. Evocando a "geração perdida" de Gertrude Stein, conclui que não era nada disso e que os verdadeiros perdedores eram ele e os de sua geração: "[Antes, havia meia dúzia de revistas literárias...] now there are so many of us". E ele ainda conseguiu ser Charles Bukowski, o ídolo de muita gente por aí. Não é lendo-o que vamos sair do atoleiro literário atual, mas, pelo menos, vamos saber onde estamos.
>>> 25 Melhores Poemas - Charles Bukowski - 176 págs. - Bertrand Brasil
 
Julio Daio Borges
Editor
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