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Sexta-feira, 20/2/2004
Toalha de neve fresca
Julio Daio Borges
+ de 2000 Acessos




Digestivo nº 163 >>> Philippe Sollers (dentro da coleção da José Olympio que publicou o “Van Gogh” [2003] de Artaud e o “Rembrandt” [2002] de Genet, com tradução de Ferreira Gullar) chamou Cézanne de maldito comparando-o a Rimbaud e a Lautréamont. Em meio a adjetivos e a uma pontuação pouco usual, Sollers tenta dar conta da pintura do mestre de Picasso e Matisse, mas soa mais interessante quando adota o tom biográfico. Cézanne rompeu com Zola e com seu círculo (Maupassant, Flaubert), que nunca entendeu seu desejo de abandonar tudo e de exilar-se no campo (um lugar comum da pintura na transição dos séculos [XIX e XX]?). Assumiu que o tempo das grandes obras-de-arte havia passado e que restava, para o artista, realizar apenas pequenas “partes”. Zola entendia que Cézanne poderia ter alcançado muito mais se houvesse enfrentado a sociedade e se houvesse assumido a sua posição dentro dela. Omitir-se, para um, era sinal de covardia e fraqueza; para outro, uma tentativa de manter a própria integridade. Sollers usa Heidegger (o maior filósofo do século passado, segundo ele) e os seus “ser-sendo” para fazer de Cézanne mais que um impressionista deslocado. Picasso guardava quadros seus com respeito e veneração, e o livro sugere que o autor das “Demoiselles” acaba no das “Baigneuses” (e não o contrário, como se pensa). Já Matisse fazia silêncio quando encarava uma tela sua; em termos de comentário, para Sollers, não poderia haver nada mais reverente – vindo da boca de um sujeito que, livrando-se da pecha de retratista, uma vez disparou: – “Eu não pinto mulheres; eu pinto quadros”. O problema do ensaio (“O paraíso de Cézanne”), contudo, é o mesmo de seus predecessores: por ser muito “livre”, com pretensões “literárias”, é pouco informativo (ou “original”, se quiserem) e bastante confuso na forma (o autor escreve a esmo, sem reler, como se estivesse “psicografando”). Felizmente, o tempo consumido é curto (algumas horas) e as ilustrações (Cézanne “no duro”) compensam as bravatas.
>>> O paraíso de Cézanne - Philippe Sollers - 96 págs. - José Olympio
 
Julio Daio Borges
Editor
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