| Mais Recentes >>> Sombra absoluta de Osvaldo Gomes Jr. pela Scortecci Editora (2025) >>> Livro O Capitalismo Histórico Coleção Primeiros Vôos Volume 32 de Immanuel Wallerstein pela Brasiliense (1985) >>> Somos Todos Médiuns de Carlos A. Baccelli pela Didier (1996) >>> Os Fantasmas da Rua do Canto de Luci Guimarães Watanabe pela Saraiva (2025) >>> Livro Administração Escolar Uma Abordagem Crítica Do Processo Administrativo em Educação de José do Prado Martins pela Atlas (1999) >>> Livro Neve de Primavera Mar da Fertilidade Volume 1 de Yukio Mishima, traduzido por Newton Goldman pela Brasiliense (1969) >>> Livro Pero Se Casan Con Las Morenas. Serie Hotel Veramar de Dolores Soler-espiauba pela Difusion (1995) >>> Os últimos mistérios do Mundo de Readers Digest pela Readers Digest (1979) >>> Livro Cova Da Minha Irmã de Robert Dugoni pela Pausa (2020) >>> O Poder De Domar Do Grande: As Revelações Inéditas De Uma Discípula Do Mago, Paulo Coelho de Lizia Azevedo pela Editora Record (1992) >>> Princípios De Macroeconomia de N. Gregory Mankiw pela Thomson (2005) >>> Ética Profissional - Coleção Elementos de Marco Antonio Araujo Junior pela Premier Máxima (2009) >>> Pequeno Pr¿ncipe, O - Capa Azul de Antoine De Saint-exupery pela Universo Dos Livros (2025) >>> Livro Zen Et Cerveau de Taisen Deshimaru Roshi, Dr Paul Chauchard pela Le Courrier Du Livre (1976) >>> Panorama Literatura Portuguesa de William Roberto Cereja pela Atual (didatico) - Grupo Saraiva (1997) >>> Matemática Financeira E Suas Aplicações de Alexandre Assaf Neto pela Atlas (2009) >>> Manual De Sobrevivência Familiar - Coleção Entre Linhas de Ivan Jaf pela Atual (2025) >>> Livro 1824 Como os Alemães Vieram Parar no Brasil, Criaram as Primeiras Colônias, Participaram do Surgimento da Igreja Protestante e de Um Plano Para Assassinar Dom Pedro I de Rodrigo Trespach pela Leya (2019) >>> Livro Historia E Linguagens Texto, Imagem, Oralidade e Representações de Antônio Herculano Lopes, Mônica Pimenta Velloso e Sandra Jatahy Pesavento. pela 7 Letras (2006) >>> Os Dragões: O Diamante No Lodo Não Deixa De Ser Diamante de Wanderley Oliveira pela Dufaux (2009) >>> Iracema - Nova Ortografia (ed. De Bolso) de José De Alencar pela Best Seller (2012) >>> Livro Branca de Neve e o Caçador Romance de Lily Blake, Evan Daugherty, John Lee Hancock, Hossein Amini; traduzido por Ronaldo Luis da Silva pela Novo Conceito (2012) >>> Meu Brasil De A a Z de Maria Galas pela Paulus (2005) >>> Livro Como Seria Sua Vida Na Idade Média? de Fiona Macdonald pela Scipione (2011) >>> 100 Atitudes de um Guerreiro 3ª Edição - Livro de Bolso de Prof. Isaac Martins pela Scortecci (2025)
|
|
BLOG
>>> Posts
Quinta-feira,
6/4/2006
Gilberto Gil: Cultura Viva
+ de 1500 Acessos
Enquanto na Bienal do Ibirapuera a programação do Cultura Viva se apresenta com a produção efetiva dos Pontos de Cultura (entidades que desenvolvem as manifestações culturais), não muito longe dali, no SESC Vila Mariana, ocorrem os debates que visam proporcionar uma explicação teórica e conceitual desse arrojado projeto do Ministério da Cultura, em parceria com as ONGs e o setor privado (esse em menor escala, nesse momento).
Para tanto, nesta quinta-feira, 6/4, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, falou amplamente acerca dessa iniciativa que, segundo ele, é uma das marcas de sua gestão. Mas o ministro não tratou somente de Cultura. Quem ouviu bem, notou que ele não fugiu às perguntas, especialmente quando era instigado a fazer uma análise de sua gestão como defesa da Política Cultural do governo Lula.
Este repórter viu e ouviu atentamente as falas do ministro em duas oportunidades nesta quinta-feira. A primeira ocasião foi uma coletiva de imprensa com Gilberto Gil; a segunda, na palestra de Gil, cujo título, muito sugestivo, era "Argamassa que une a Sociedade". Cada fala tem suas peculiaridades, então, este relato vai privilegiar os principais detalhes de cada um desses encontros.
Coletiva de Imprensa
Para os leitores que supõem uma coletiva de imprensa semelhante à dos filmes, cabe ressaltar que a realidade pode ser bem mais ficcional do que o cinema. Assim, a espera é sempre maior, e os jornalistas e assessores de imprensa circulam com seus comentários técnicos e olhares impacientes, ora manuseando o celular, ora buscando o ângulo mais exclusivo para as imagens. Nessa hora, ninguém parece prestar atenção em nada a não ser no seu próprio trabalho que, teoricamente, tem tudo a ver com o ambiente que eles desprezam. E foi nesse instante que Gilberto Gil apareceu; nem a assessoria parecia estar preparada, posto que o ministro chegou na sala de imprensa improvisada com a maleta na mão, sem auxiliares mais próximos (a periferia do astro, como disse certa vez o colega Marlúcio Luna), dando um bom dia caloroso aos poucos jornalistas presentes.
Eram 10h10, quando o repórter de um jornal do Nordeste perguntou acerca do futuro do projeto Cultura Viva. E Gil respondeu que, para ele, os objetivos não são tão importantes nesse momento. Agora, a preocupação é justamente dar condições para que os empreendedores culturais possam consolidar seus respectivos trabalhos e, assim, atingir o nível esperado da auto-gestão, ou seja, sem a participação tão direta do Estado nessas manifestações culturais. Um pouco adiante, a pergunta desse repórter seria de certa maneira retomada quando outro jornalista questionou a respeito dos Pontos de Cultura já em pleno funcionamento. E o exemplo que o ministro deu foi de uma Comunidade de Catadores de Lixo em Brasília. A iniciativa desse grupo existe há dez anos, e agora a Comunidade já é capaz de gerir seu próprio negócio, comercializando a produção realizada a partir de material reciclado.
É nesse ponto, aliás, que o debate começou a tomar outra forma, uma vez que Gil passou a teorizar a respeito não só de Políticas Culturais, mas também de mercado, capitalismo e, como era esperado, da política. Sempre que possível tudo isso ao mesmo tempo. Foi politicamente, aliás, que o titular da pasta da Cultura respondeu a propósito das querelas da TV Digital (para quem não está acompanhando o debate, a tensão chegou a tal temperatura que Hélio Costa, ministro da Comunicação, foi vilipendiado num cordel lido por Gilberto Gil. Fogo amigo). Desse modo, Gil baixou o tom nacionalista no que se refere à escolha de qual modelo será implementado no país. O ideal, sugeriu o ministro, é que os sistemas possam ser equivalentes e não absolutos e exclusivistas.
- Senhor Ministro, o país vive agora num período de crise política....
- A crise é permanente no mundo moderno.
A reação veio seca, sem maiores alterações na voz, embora fosse visível certo desconforto entre os presentes. E esse nível de desconforto bateu nas alturas quando uma repórter da Rede Record, cansada de tentar chamar a atenção circulando de um lado para outro, quis tomar conta da coletiva, fazendo intervenções a cada resposta dada. Coincidência ou não, foi nesse momento que a assessoria quis dar a entrevista por encerrada, mas a repórter, fiel a seu trabalho, insistia:
- Ministro, o senhor vai continuar na pasta na próxima gestão? O que o senhor vai dizer para o próximo ministro da Cultura? Você acha que vai existir uma continuidade no projeto?
Respostas? Objetivas, nenhuma. O ministro apenas sorriu e deixou os jornalistas para ir ao auditório. Nesse meio tempo, o diretor do SESC tentou mostrar seu contentamento com a insistência da jornalista. E após cumprimentá-lo, ela disse:
- Não precisa apertar minha mão!
E depois:
- Gil, eu te adoro!
Melhor falar do discurso feito no Teatro do SESC Vila Mariana.
Postado por Fabio Silvestre Cardoso
Em
6/4/2006 às 18h00
Quem leu este, também leu esse(s):
01.
PDF Para entender a internet de Julio Daio Borges
02.
Deficiente capilar de Guga Schultze
03.
Who killed the blogosphere? de Julio Daio Borges
04.
Contra o idealismo alemão de Julio Daio Borges
* esta seção é livre, não refletindo
necessariamente a opinião do site
|
|
|
|