Scott Weiland (1967-2015) | Blog de Luís Fernando Amâncio

busca | avançada
42527 visitas/dia
1,7 milhão/mês
Mais Recentes
>>> ZÉLIO. Imagens e figuras imaginadas
>>> Galeria Provisória de Anderson Thives, chega ao Via Parque, na Barra da Tijuca
>>> Farol Santander convida o público a uma jornada sensorial pela natureza na mostra Floresta Utópica
>>> Projeto social busca apoio para manter acesso gratuito ao cinema nacional em regiões rurais de Minas
>>> Reinvenção após os 50 anos: nova obra de Ana Paula Couto explora maturidade feminina
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> A dobra do sentido, a poesia de Montserrat Rodés
>>> Literatura e caricatura promovendo encontros
>>> Stalking monetizado
>>> A eutanásia do sentido, a poesia de Ronald Polito
>>> Folia de Reis
>>> Mario Vargas Llosa (1936-2025)
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
Colunistas
Últimos Posts
>>> O coach de Sam Altman, da OpenAI
>>> Andrej Karpathy na AI Startup School (2025)
>>> Uma história da OpenAI (2025)
>>> Sallouti e a história do BTG (2025)
>>> Ilya Sutskever na Universidade de Toronto
>>> Vibe Coding, um guia da Y Combinator
>>> Microsoft Build 2025
>>> Claude Code by Boris Cherny
>>> Behind the Tech com Sam Altman (2019)
>>> Sergey Brin, do Google, no All-In
Últimos Posts
>>> Política, soft power e jazz
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Por que não perguntei antes ao CatPt?
>>> Ler, investir, gestar
>>> Caixa Dois, sem eufemismos
>>> Fé e razão
>>> all type
>>> Um cara legal
>>> Histórias de agosto
>>> O mal no pensamento moderno
>>> Yarny e My Writing Spot
>>> Brasileiros aprendendo em inglês
Mais Recentes
>>> Batman - Faces Da Morte de Tony S. Daniel pela Panini (2016)
>>> Penso. Logo Insisto. Respostas Para Perguntas Que Eu Nem Sabia Que Tinha de Márcio Krauss pela Planeta (2019)
>>> Noite na taverna de Alvares de Azevedo pela Avenida (2025)
>>> Fugitiva de Alice Munro pela Biblioteca Azul (2014)
>>> Livro Minha Vida De Prefeita de Marta Suplicy pela Agir (2008)
>>> Epicuro - Sabedoria e Jardim - Coleção Metafísica de Figueira da Silva pela Relume Dumará (2003)
>>> Livro Alfabetizando Sem O Bá-Bé-Bi-Bó-Bu de Luiz Carlos Cagliari pela Scipione (1998)
>>> Livro Conceito de Empresa de Romano Cristiano pela Arte e Cultura (1995)
>>> Traduções dos textos Latinos de José Lodeiro pela Globo (1955)
>>> Caminho Para O Brasil: A Reciprocidade Entre Sociedade Civil E Instituicões de Raymundo Magliano Filho pela Contexto (2017)
>>> Livro Jesus de Nazaré da Entrada Em Jerusalém Até a Ressurreição de Joseph Ratzinger Bento XVI, traduzido por Bruno Bastos Lins pela Planeta (2011)
>>> O Que E Que Ele Tem de Olivia Byington pela Objetiva (2016)
>>> Livro Investimentos Inteligentes Guia De Estudo Para Conquistar e Multiplicar o Seu Primeiro Milhão de Gustavo Cerbasi pela Thomas Nelson (2009)
>>> Política de Aristóteles pela Martin Claret (2004)
>>> Harry Potter E O Calice De Fogo de J. K. Rowling pela Rocco (2025)
>>> Livro Eu Estive Aqui de Gayle Forman pela Arqueiro (2015)
>>> O Naufragio Das Civilizacoes de Amin Maalouf pela Vestígio (2020)
>>> Divisadero de Michael Ondaatje pela Companhia Das Letras (2008)
>>> O barquinho amarelo de Iêda Dias pela Vigília
>>> Saudades Do Século 20 de Ruy Castro pela Companhia Das Letras (1994)
>>> As Fronteiras da Técnica de Gustavo Corção pela Vide Editorial (2021)
>>> Direitos Máximos, Deveres Mínimos: O Festival De Privilégios Que Assola O Brasil de Bruno Garschagen pela Record
>>> Viagens Ultramarinas: Monarcas, Vassalos E Governo A Distancia de Ronald Raminelli pela Alameda Casa Editorial (2009)
>>> Livro O Livro De Ouro Da Felicidade de Dalai Lama pela Ediouro (2003)
>>> Caderno de Estudos da Lei Seca Complementar - Carreiras Policiais de Eduardo Fontes pela Juspodivm (2022)
BLOGS >>> Posts

Segunda-feira, 7/12/2015
Scott Weiland (1967-2015)
Luís Fernando Amâncio
+ de 8300 Acessos

Na pré-adolescência, ao ouvir no refrão de "Ideologia", do Cazuza, o trecho "meus heróis morreram de overdose/ meus inimigos estão no poder", eu imaginava um decadente Batman jogado num beco com uma seringa espetada no braço. Do outro lado, Pinguim ostentava a faixa de presidente da república, o Coringa estava no controle de multinacionais do capital financeiro, enquanto o Charada dominava a mídia. Seria o caos em Gothan City.

Com o passar dos anos, conheci heróis cuja morte por overdose é bem mais factível (embora, a bem da verdade, com esses mesmos anos a ideia de herói ficou restrita aos quadrinhos e filmes para mim). Se o Scott Weiland foi mais um que sucumbiu à dependência química, não se sabe oficialmente. Sua luta contra o vício, porém, era bastante pública.

E sempre que alguém morre nessas circunstâncias, não faltam discursos moralistas criminalizando o morto. Dependência química é uma doença que causa muito sofrimento para usuário e familiares. Recriminar o viciado, definitivamente, não ajuda.

Deixemos as especulações e julgamentos para veículos como o TMZ. Ganhamos mais reconhecendo o legado que Weiland deixou. Que foi bastante razoável para quem morreu aos 48 anos. Embora, quando o Stone Temple Pilots surgiu, em 1992, com o álbum Core, não tenham faltado críticas sugerindo que a banda era uma cópia fajuta do Pearl Jam. A voz rouca de Scott Weiland em "Plush" fez muita gente achar que Eddie Vedder havia cortado o cabelo. É verdade que as gravadoras nunca jogam para perder e que a sonoridade alinhada com a "moda grunge" ajudou a banda a emplacar. Mas Stone Temple Pilots não era um grupo fajuto, tampouco grunge — sequer eram de Seattle, mas de San Diego, na California. Quem ouviu a banda para além dos hits pode perceber isso. Core e seu sucessor, Purple (1994), venderam muito bem, emplacando sucessos como "Creep", "Vasoline", "Interstate Love Song", além da já mencionada "Plush".



A partir daí, os abusos de Weiland com drogas e álcool se tornaram públicos e afetaram a trajetória da banda. O terceiro álbum, Tiny Music... Songs from the Vatican Gift Shop (1996), é o melhor deles, em minha opinião. Livres da comparação com a cena musical de Seattle — que já não era moda — o grupo se aventurou por uma sonoridade mais livro, muito em função do talento dos irmãos Robert (baixo) e Dean (guitarra) DeLeo. Scott, por sua vez, também alterou um pouco seu registro vocal, que ficou mais agudo. As letras do álbum são afiadas. Tiny Music merece ser ouvido na íntegra.



Os álbuns seguintes, Nº 4 (1999) e Shangri-La Dee Da (2001), não são ruins, mas mostram uma banda já sem o entrosamento dos tempos áureos. Algumas turnês precisaram ser canceladas por conta dos problemas de Scott com seu vício. Até que o Stone Temple Pilots acabou em 2002. Eles retornariam em 2008, lançando, dois anos depois, o sexto álbum de estúdio, que seria o derradeiro com Scott. Em 2013, o vocalista foi demitido da banda, que desistia de lidar com sua instabilidade.



Scott Weiland também integrou a banda Velvet Revolver, com ex-integrantes do Guns'n Roses. O grupo esteve ativo entre 2002 e 2008 e prestou bons serviços ao hard rock. O vocalista também lançou quatro álbuns solos, inclusive um trabalho bastante digno neste ano, Blaster, como Scott Weiland & the Wildabouts.



Nos palcos, Scott Weiland foi um grande frontman, um dos maiores do rock. Ele serpenteava pelos palcos, agitando o corpo com a falta de inibição que sua posição requer. Um monstro nos shows, entretendo o público mesmo quando a voz apresentava algumas falhas inevitáveis para quem não cuida dela.

Por mais que Scott tivesse problemas para ficar sóbrio, no fundo seus fãs cultivavam esperanças de que ele venceria a luta e retornaria ao vigor dos anos 1990. Não aconteceu e é uma pena. Algumas batalhas são vencidas pela trupe do Coringa, infelizmente. Mas o Batman há de seguir firme na guerra.


Postado por Luís Fernando Amâncio
Em 7/12/2015 às 11h35

Mais Blog de Luís Fernando Amâncio
Mais Digestivo Blogs
Ative seu Blog no Digestivo Cultural!

* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




De Lula a Lula - a Arte de Montar Governos Com Palavras Cruzadas
Wilson Figueiredo
Gryphus
(2016)



A bruxa não vai para a fogueira neste livro
Amanda Lovelace
Leya
(2018)



Adivinhas Para Toda a Família
Juliana Amato; Florencia Cafferata
Girassol
(2022)



Liderança para Uma Nova Era
John Renesch
Cultrix
(2000)



Quadro Geral das Unidades de Medidas
Gruenwald
Gruenwald



Assad Abdalla Sua Obra e Sua Vida
Jorge Haddad Debs / Chaquer Al
Edicon
(2002)



Desprezados F.C.
Júlio Emílio Braz
Saraiva
(2009)



Histórias e Origens
Gianluca Bocchi / Mauro Ceruti
Instituto Piaget
(1985)



A Filosofia e sua Evolução - Pequena História do Pensamento Humano
R. Haddock Lobo
Populares
(1979)



As Orquídeas e sua Cultura
João S. Decker
Melhoramentos
(1956)





busca | avançada
42527 visitas/dia
1,7 milhão/mês