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Segunda-feira,
4/1/2016
Galatéia
Raul Almeida
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Vejo que passas segura e firme em si mesma.
Acompanho teu caminhar, a ondulação dos teus quadris, tímida, provocante.
Imagino os sons abafados
dos tecidos de tuas vestes, roçando nas tuas coxas macias,
acariciando teus seios, abraçando a tua cintura, roçando a tua nuca.
Vou seguindo atrás, de longe o suficiente para não ser notado.
Na distancia certa para que não desconfies da minha aflição,
da minha obsessão por tuas formas, da minha obsessão por ti.
Imagino que és Galatéia , maravilhosa, despida e imponente, :
murmurando as primeiras palavras, depois do toque de Afrodite.
E desapareces na multidão. Segues em frente seduzindo,
atraindo,
instigando, provocando amores, desejos e paixão.
Segues despreocupada, segura e firme em si mesma.
Recolho meus suspiros e deixo entrar minha resignação.
Continuarei imaginando tua voz, tuas palavras, teu sorriso.
Recolhido, Inconsciente e atordoado em meu quarto,
imagino o sabor dos licores das tuas fontes.
Sinto-me ali, bebendo cada gota dos teus néctares
tentando molhar a boca e a garganta com a delicada seiva
que brota, salgada e deliciosa de cada poro da tua pele.
E sigo tentando satisfazer cada anseio teu. Cada arrufo, cada estertor.
Continuo imaginando sentir que não queres mais, que estás satisfeita.
Aguardo o teu descanso e agora, por tua sugestão e vontade, invadirei
teus palácios. Descobrirei que muito ainda falta para te conhecer.
Com delicadeza e suavidade assumes o controle.
Assim, vais esgotando toda a minha essência, todas as minhas forças,
toda a minha Imaginação em penetrar tuas defesas jamais erguidas.
Agarrado a ti qual um alpinista a um penhasco,
caio no abismo da realidade de que tudo que
senti, não passou de quimera e ilusão.
Postado por Raul Almeida
Em
4/1/2016 às 14h16
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