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Sexta-feira,
13/5/2016
Peraí!
Felipe Pait
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Corre por aí uma carta ao deputado Paulo Teixeira insinuando que Temer é filho de senhor de engenho escravocrata ditador militar oligarca dos meios de comunicação. NÃO!
Como todos sabem é filho de imigrantes libaneses que vieram para o interior de S Paulo e melhoraram de vida com muito trabalho. Não só melhoraram a vida deles como de todos os outros brasileiros. Na Wikipédia diz que o pai montou uma máquina de beneficiamento de arroz. Se não fosse gente empreendedora como eles todos colegas da minha turma íamos ter passado a adolescência debulhando milho na mão em vez de estudar engenharia.
Depois o Temer veio para a capital estudar e virou advogado. Quem tem avô ou bisavô imigrante que chegou no Brasil com uma mão na frente e outra atrás, e conseguiu mandar os filhos estudarem na faculdade, conhece muito bem essa história e deve ter muito orgulho.
Eu nunca votei nele - quem votou na Erundina para prefeita ou na Dilma votou, eu não - e todo mundo tem direito de discordar de cada uma das opiniões e ações dele, mas falar mal de uma família que por tudo que sabemos é mais do que honrada passa dos limites. E me deixa chateado porque eu tenho certeza que durante esse século que estão aqui a família ouvia todo o tipo de insulto preconceituoso contra "aqueles turcos" por parte das elites racistas, e agora que a gente achava que o racismo tinha saído de moda nos chega uma nova leva de políticos racistas falando mal da família dele porque são "brancos".
Vou deixar barato que esse Paulo Teixeira é autor de um projeto de "trem da alegria" para empresas corruptas que descriminaliza a formação de cartel e elimina a punição por corrupção - se emplacar, a empresa quando for pega devolve o que roubou e fica livre para continuar roubando à vontade sem punição. Porque afinal de contas ser a favor da corrupção é questão de opinião, direito do Paulo Teixeira, se ele acha que a corrupção beneficia ele e a família pode defender. Às claras, já que é deputado.
Mas xingamento racista contra os meus presidentes eu não tolero, nem o que se chama Michel Elias Temer nem o que se chama Barack Hussein Obama. Tenho muito orgulho que um preto inteligentíssimo seja presidente dos EUA, como tenho orgulho que um filho de libaneses trabalhadores possa ser presidente do Brasil, mesmo sem ter votado nele.
Ah, o Temer pode acumular a presidência do Líbano. Ele tem cidadania honorária e é maronita. Se a 1a proposta do José Serra for a entrada do Líbano para os Estados Unidos do Brasil, como se chamava na nossa época antes da ditadura, sou favorável. Pode dizer que a ideia foi dele.
Postado por Felipe Pait
Em
13/5/2016 à 00h17
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