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Terça-feira, 5/7/2016
Marionetes
Heberti Rodrigo
+ de 1200 Acessos



Hesitava... Se poderia prosseguir no mesmo caminho que até ali havia percorrido? Sim, daqui de fora, de onde estamos, podemos dizer que sim, mas há que se observar que isso não significa que a negativa não fosse sua única possibilidade. Estivera caminhando em círculos, círculos de raios cada vez maiores e traçados em diferentes planos, mas todos oriundos de um mesmo centro, de um mesmo impulso. Ao olhar para trás, percebeu que o que há de profundo e significativo em sua vida não havia mudado, apenas seguia se desdobrando, assumindo novas formas. No centro, o imutável. Até deparar-se com aquela porta jamais havia sentido as coisas de tal maneira. Não disse que não as havia pensado, apenas que não as havia sentido, e aquele sentir lhe revelou uma verdade. Era, agora, um homem de posse de sua verdade, da chave de seu destino. Quanto não foi preciso errar para que se tornasse capaz de discerni-la, ali, diante de seus olhos. Não a Verdade impessoal, Absoluta. Apenas a sua verdade, e era o que lhe bastava naquele momento pois estava só. De pé, defronte àquela porta, hesitava. Entrar era algo novo. Não seria como continuar ali fora, onde bem ou mal nunca havia sentido tamanha solidão. Tinha medo do que lhe sucederia. Mal podia ver, quando muito intuir, e sabia que, de algum modo, dali em diante, sua intuição, e não a razão como até então a conhecia, guiar-lhe-ia os passos. Perderia a razão, diriam. Isso mudaria tudo. Tornar-se-ia algo diferente, inimaginável. Ser e não-ser. Há os que insistem em afirmar que entrar ou não é uma questão de livre-arbítrio, mas ele sente como se não houvesse outra coisa a fazer. Com a chave em mãos, o livre-arbítrio é-lhe tão real quanto qualquer outra pessoa que estivesse consigo, e não há ninguém ali senão em suas lembranças, ilusões. Assim revelou-se para ele o livre-arbítrio: uma ilusão. Entrou com a coragem que lhe deu a convicção de que não poderia ter agido doutro modo, e a porta fechou-se atrás de si. Aquela que lhe servira de entrada jamais teria a mesma serventia para outrem. Era dele e apenas para ele se abriria. Jamais isto se repetiria. Compreendeu que na singularidade e irreversibilidade daquele acontecimento consistia sua solidão. Aquela era a sua realidade, o que o fazia ser o que era, e não havia outra senão para aqueles que estão de fora e não vivem outra vida que não as suas próprias, não a dele. Para ele, o livre-arbítrio ficou do lado de fora.


Postado por Heberti Rodrigo
Em 5/7/2016 às 14h36

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