Chuck Berry | Julio Daio Bløg

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Segunda-feira, 20/3/2017
Chuck Berry
Julio Daio Borges
+ de 7100 Acessos

"Se o rock tivesse outro nome, ele seria 'Chuck Berry'."
~ John Lennon

Todos os roqueiros têm uma dívida impagável com ele. Ainda que fosse, oficialmente, o pai do rock, era negro, de origem humilde e de maneiras simples

Se o rock tivesse pagado royalties a Chuck Berry, ele seria bilionário. Como Paul McCartney, Mick Jagger e Ozzy Osbourne

O primeiro a faturar em cima do rock foi, obviamente, Elvis Presley, embora sua inspiração maior fosse Little Richard, o pianista de "Lucille" - que, brincando, se dizia "a mãe do rock" (era homossexual com laivos de religiosidade)

Sim, o rock teve um pai, uma mãe, um rei e até um príncipe. Todos hoje mortos, com exceção de Little Richard

Berry e Richard vieram ao Brasil, se não me engano, em 1994. E tocaram no então Palace. Cada um fez o seu show. No final, tocaram, juntos, "Roll Over Beethoven", de Berry, que os Beatles regravaram

Chuck Berry, um descuidado, veio ao Brasil sem a sua famosa guitarra, uma Gibson semi-acústica. Marcelo Nova, que tinha uma igual, foi logo acionado: "Se é para Chuck, eu empresto", declarou pelo rádio

Chuck não parecia ter consciência da lenda à sua volta. Seja tocando ao lado de John Lennon, seja tocando com Keith Richards, ambos no YouTube, era sempre o mesmo. Contando até quatro, como os Ramones - "one, two, three, four" - e esperando sua vez de entrar, como um nadador, em sua raia, afoito

Tinha mãos enormes, como Jimi Hendrix, a quem, obviamente, inspirou, envolvendo o braço da guitarra com os dedos, tocando despreocupado e saltitante

Suas apresentações, desde as primeiras até às últimas, são rigorosamente iguais. Entrava, executava seu número e saía

O rock, para ele, não era um negócio, era um meio de vida. Existem histórias de que não entrava sem receber antes (trauma de quem, provavelmente, tocou de graça)

O rock foi tão assimilado - como gênero - que ouvir Chuck Berry hoje, em estúdio, parece não nos acrescentar nada...

Mas ele foi o pai do riff. E o ritmo - o rock, que se dança - foi Chuck Berry quem imprimiu, com sua guitarra, acompanhado de uma bateria bem marcada e de um pianinho ao fundo

Seu jeito de cantar, com voz forte, quase estourando a caixa, fez escola. Desde os Beatles em "Twist and Shout", como o próprio título já indica, até o Led Zeppelin que, sem querer, inventou o heavy metal, passando pelos punks, os roqueiros nunca primaram por tocar e cantar em decibéis "normais"

Mas nem só de ritmo e de garganta viveu Chuck. Sob muitos aspectos, ele foi o primeiro "guitar hero". Seu jeito de bater nas cordas, arrancando sons estridentes, à beira da desafinação, podem ser considerados os primeiros "solos" - que ele executava nas introduções ou quando não estava cantando

E tinha, como precursor de Elvis e Michael Jackson, sua própria coreografia. A maneira de usar a guitarra como anteparo, se relacionando fisicamente com ela, antecipou Hendrix e Jimmy Page, entre outros

Chuck Berry era uma força da natureza

Se o rock inglês é, frequentemente, lembrado como mais "sofisticado", ele não existiria sem o original, sem o rock americano, sem o rock de Chuck Berry

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Postado por Julio Daio Borges
Em 20/3/2017 às 15h23

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