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COLUNAS

Quinta-feira, 9/8/2001
Mudanças I
Juliano Maesano
+ de 2800 Acessos

Esta humilde coluna vem propor idéias aos governantes de todo o mundo. Isso mesmo: idéias que servirão aos vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes do mundo inteiro, não só do Brasil. Se o Kofi Annan também quiser usá-las, o pessoal da OTAN ou qualquer outro povo, que se sinta à vontade. Não cobraremos nada.

O título aparece como "Mudanças I", pois pretendo no futuro publicar a versão II, III, e assim por diante, inclusive com idéias da minha "meia dúzia" de leitores que quiser me escrever.

Um aviso: muitas das soluções aqui contidas são em tom de brincadeira. Não adianta vir me escrever dizendo que sou idiota, radical, trouxa ou nada disso. Se quiser, tome como uma coluna humorística. Mesmo que você não ache graça alguma.

Pena de Morte

Começaremos com o tema da pena de morte. Acho que o planeta Terra agradeceria se nos livrássemos de figuras indesejáveis. Convenhamos, é a coisa mais óbvia do mundo: matou, morreu. Nada mais simples. Em qualquer espécie de crime que resultasse de morte, a pena já estaria automaticamente resolvida. Tchau. Claro, usando de investigações e tudo mais.

Aí virão os alarmistas, dizendo que o julgamento pode condenar um inocente, que isso, que aquilo. Paciência. Quantos inocentes também não morrem por aí? Que culpa teria eu de estar dirigindo um carro e levar um tiro na cara? Paciência, repito. Foi azar. Azar também será o destino do inocente condenado à morte injustamente. A lei tem que estar lá. Se ela errar, o problema não é meu. Eles que matem também quem errou e incriminou o inocente, não é? É isso aí, vamos em frente.

Cadeia

Crimes como roubos, assaltos, seqüestros, corrupção e de tudo quanto é tipo devem dar cadeia. Quando falamos aqui de cadeia, esqueça o que você vê nos telejornais brasileiros. Pense naquelas cadeias que estão na sua imaginação, sem qualquer meio de fuga, brecha ou mordomia. O negócio é sério. Não é mais fácil construir presídios uma única vez, totalmente invioláveis, do que ter de reformar a cada rebelião?

E é claro, toda e qualquer rebelião seria seguida de um mês na solitária, aumento de pena e pena de morte, caso se faça necessário. Notem que não deve existir esse papo de redução de pena. Os anos de pena que o "figura" recebeu no julgamento deverão ser cumpridos e ponto final. A única exceção deveria ser a seguinte: a cada dois dias de trabalho forçado, o prisioneiro tem um dia reduzido na sua pena. Se trabalhar dois anos quebrando pedras e arando a terra, sai um ano antes. Muito justo. Ainda bem que vocês concordam.

Desabrigados

Esse negócio de morar na rua também não é legal, né? Então acho que cada um deveria ficar na sua casa e só se mudar de lá com um emprego garantido em outro bairro, cidade, estado ou país. Óbvio que os governos deverão dar as melhores condições para todos, mas como fazer o governo cumprir seu papel? Ah, isso veremos em um capítulo futuro.

Então está falado: morar na rua e pedir ou vender qualquer coisa em faróis é terminantemente proibido. Isso inclui entregar panfletos de lançamentos imobiliários. Quem quiser comprar apartamento saberá onde procurar, muito obrigado.

Não comecem a reclamar que os moradores de rua não têm condições, patati, patatá.... Temos que começar por algum lugar. O que é errado, é errado! Não adianta fingir uma solução besta, como essa de ter pessoas atacando seu carro para limpar seus vidros. Assim que pusermos em prática o que é necessário, os outros detalhes irão se acertando aos poucos. Não estou dizendo que devemos aplicar as mudanças nessa ou naquela ordem, só que devemos aplicá-las ou, pelo menos, tê-las em mente.

Camelôs

Bom, camelôs também são proibidos, infelizmente. Acho que deveriam ser cadastrados (de verdade) e liberados para trabalhar em locais demarcados e bem espaçados, como um por rua, ou um a cada dez quarteirões. Claro que não em tudo quanto é rua, mas apenas naquelas viáveis, de acordo com o plano de urbanismo estabelecido. Não tem essa de armar barraca em qualquer lugar. Além de poluir a cidade visualmente, os camelôs prejudicam as empresas e as lojas, que suam para pagar impostos prediais e territoriais.

Já sei que vocês vão dizer que isso já existe, que o problema é que ninguém cumpre, e que a prefeitura vende os pontos a seus parentes ou que pratica sei lá mais que tipo de fraude ou comportamento ilícito. Mas não tem essa, quem for pego com propina vai para a cadeia acima citada. E os figuras que queiram se candidatar a camelôs deverão se inscrever para serem sorteados ou escolhidos por uma banca examinadora, que encontrará o camelô ideal para cada bairro. Tudo na justiça, sem sacanagem.

Nossa, lendo os parágrafos acima, noto que pareço querer viver num mundo de sonhos. Uma fantasia utópica que nunca alcançaremos. Pode ser, mas devemos continuar tentando.

Feiras

Pra acabar essa primeira fase, vamos declarar encerradas as atividades das feiras livres que atuam em ruas, assim como carros de frutas ou qualquer outro produto que se divulgue por meio de alto falantes. Quem leu minha coluna anterior sabe do que eu estou falando.

Aos que me escreveram dizendo que adoram comprar nas feiras, eu aviso: acho ótimo, mas deviam dar preferência às feiras que acontecem em galpões. Existem muitas e são muito boas. É legal ir a uma feira de rua, mas normalmente você não sabe o que o morador do local está passando. Pense nos outros.

Conclusão

Falando nisso, "Pense nos outros" será o lema e o subtítulo das colunas de "Mudanças". E não venha me dizer que eu quebro esse lema ao falar sobre a pena de morte. A pena de morte é para aqueles que "não pensaram nos outros." Não são eles, portanto, dos nossos.

Se você concorda com algo ou discorda totalmente de tudo o que viu aqui, escreva contando o que achou.


Juliano Maesano
São Paulo, 9/8/2001

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