O Fel da Caricatura: André de Pádua | Jardel Dias Cavalcanti | Digestivo Cultural

busca | avançada
105 mil/dia
2,0 milhão/mês
Mais Recentes
>>> Novo livro de Nélio Silzantov, semifinalista do Jabuti de 2023, aborda geração nos anos 90
>>> PinForPeace realiza visita à Exposição “A Tragédia do Holocausto”
>>> ESTREIA ESPETÁCULO INFANTIL INSPIRADO NA TRAGÉDIA DE 31 DE JANEIRO DE 2022
>>> Documentário 'O Sal da Lagoa' estreia no Prime Box Brazil
>>> Mundo Suassuna viaja pelo sertão encantado do grande escritor brasileiro
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> O Big Brother e a legião de Trumans
>>> Garganta profunda_Dusty Springfield
>>> Susan Sontag em carne e osso
>>> Todas as artes: Jardel Dias Cavalcanti
>>> Soco no saco
>>> Xingando semáforos inocentes
>>> Os autômatos de Agnaldo Pinho
>>> Esporte de risco
>>> Tito Leite atravessa o deserto com poesia
>>> Sim, Thomas Bernhard
Colunistas
Últimos Posts
>>> Glenn Greenwald sobre a censura no Brasil de hoje
>>> Fernando Schüler sobre o crime de opinião
>>> Folha:'Censura promovida por Moraes tem de acabar'
>>> Pondé sobre o crime de opinião no Brasil de hoje
>>> Uma nova forma de Macarthismo?
>>> Metallica homenageando Elton John
>>> Fernando Schüler sobre a liberdade de expressão
>>> Confissões de uma jovem leitora
>>> Ray Kurzweil sobre a singularidade (2024)
>>> O robô da Figure e da OpenAI
Últimos Posts
>>> Salve Jorge
>>> AUSÊNCIA
>>> Mestres do ar, a esperança nos céus da II Guerra
>>> O Mal necessário
>>> Guerra. Estupidez e desvario.
>>> Calourada
>>> Apagão
>>> Napoleão, de Ridley de Scott: nem todo poder basta
>>> Sem noção
>>> Ícaro e Satã
Blogueiros
Mais Recentes
>>> Painel entalhado em pranchas de cedro *VÍDEO*
>>> 21 de Novembro #digestivo10anos
>>> Orgulho e preconceito, de Jane Austen
>>> Orgulho e preconceito, de Jane Austen
>>> Orgulho e preconceito, de Jane Austen
>>> Bem longe
>>> O centenário de Mario Quintana, o poeta passarinho
>>> Orgulho e preconceito, de Jane Austen
>>> Bem longe
>>> Decálogo (Comentado) do Perfeito Contista, de Horacio Quiroga
Mais Recentes
>>> Smarty 4 Teachers Guide de Michele Guerrini pela Clil (2022)
>>> Livro Ensino de Idiomas Hamlet Stage 2 de Alistair Mccallum pela Oxford University Press
>>> O Número 1 - coleção veredas 1ª edição. de Álvaro Cardoso Gomes pela Moderna (1995)
>>> Panoramas Geografia - Caderno De Atividades - 7º Ano de Marcelo Moraes pela Ftd Educação (2019)
>>> Livro Ensino De Idiomas The Phantom of the Opera Stange 1 de Jennifer Bassett pela Oxford University Press
>>> Fósseis Que Falam de Felipe Saint pela Vida (1987)
>>> Livro Manual Prático de Redes - Aprenda Redes Pelo Lado Prático! de Laércio Vasconcelos e Marcelo Vasconcelos pela Lvc (2007)
>>> É Assim Que Acaba de Colleen Hoover pela Galera Record (2022)
>>> Aprender Juntos - Matemática 2 ano Guia Didático de Angela Leite pela Sm (2021)
>>> As Noures - Técnica e recepção das correntes de pensamento de Pietro Ubaldi pela Fundapu (1984)
>>> Livro Ensino de Idiomas Alices Adventures in Wonderland -Stage 2 de Lewis Carroll pela Oxford
>>> Teláris - Língua Portuguesa caderno de atividades - 8º Ano de Ana; Bertin, Terezinha; Marchezi, Vera Trinconi pela Ática Didáticos (2019)
>>> Teláris - Ciências - 7º Ano de Fernando Gewandsznajder pela Ática Didáticos (2020)
>>> Gente Hoy 1 Libro Del Alumno de Martín Peris, Ernesto, Sans Baulenas, Neus pela Difusion Centro De Investigacion Y Publicaciones De Idiomas S.l. (2013)
>>> Descubra Seus Dons Espirituais de Peter Wagner pela Press Abba (1994)
>>> Livro Ecologia A Poluição Atmosférica de Gérard Mouvier pela Ática (1997)
>>> Geração Alpha Matematica 9 Ed 2019 - Bncc de Varios Autores pela Edições Sm (2019)
>>> Geração Alpha Historia 9 Ed 2019 - Bncc de Varios Autores pela Sm (2019)
>>> Livro Didáticos Dinâmicas de Leitura para Sala de Aula de Mary Rangel pela Vozes (1990)
>>> Geração Alpha Historia 7 Ed 2019 - Bncc de Valéria Vaz pela Sm (2019)
>>> Matemática Uma ciência para a vida 3 de Antonio Carlos Rosso pela Harbra (2011)
>>> Livro Literatura Estrangeira O Diário de Anne Frank de Anne Frank; Mirjam Pressler Otto Frank pela Record (2007)
>>> Geração Alpha Geografia 9 Ed 2019 - Bncc de Fernando Dos Santos Sampaio, Marlon Clovis Medeiros pela Sm (2019)
>>> Playbook - O Manual Da Conquista de Barney Stinson pela Intrínseca (2015)
>>> Livro Literatura Estrangeira Fahrenheit 451 de Ray Bradbury; Cid Knipel pela Biblioteca Azul (2012)
COLUNAS

Segunda-feira, 3/3/2003
O Fel da Caricatura: André de Pádua
Jardel Dias Cavalcanti
+ de 13500 Acessos
+ 4 Comentário(s)

Quem não conhece aquela terrível caricatura que Picasso fez de um galinha? O artista não quis apenas reproduzir a aparência daquele animal: quis expressar sua agressividade, sua insolência e estupidez. Precisou da caricatura para isso.

A atração pelo "bizarro" está profundamente arraigado no comportamento estético do homem, e é visível em todo decorrer de sua história, até os dias atuais. O "bizarro" está entre nós e a caricatura é a arte que melhor se presta a desvendá-lo.

Para Baudelaire, o caricaturista é um artista de natureza mista: ele é o observador, o flâneur e o filósofo. A sua matéria-prima é o presente como história em ação. Há na vida trivial um movimento rápido que exige do artista uma velocidade igual na execução: o caricaturista é quem interage nesse sentido.

O jovem André de Pádua é um dos mais promissores caricaturistas de Campinas. A singularidade do sua obra e o poder de sua linguagem não deixam dúvidas: seu trabalho é rico em intensidade, marcado por um traço retórico extremamente comunicativo e com um humor fatal que nos atinge de imediato.

Nos deteremos aqui apenas em uma de suas obras: a monstruosa caricatura da apresentadora de televisão Adriane Galisteu.

A obra chega a ser assustadora, tal o grau de deformação com que retrata a apresentadora de TV. Sobre um fundo azul aparece de chofre a figura de Galisteu. O que mais chama a atenção, direcionando nosso olhar, é a boca escancarada com seus dentes sobressaltados. O apelo da apresentadora de televisão, que quer se convencer pela boca, pela falação tagarela insensata, vazia e inútil encontra aqui sua tradução. Sua mão direita é jogada para frente, crispada, num movimento que denota desespero incontido, reforçando a idéia de gestos impensados, indelicados, agressivos (típicos de apresentadores que não querem fazer seu público adormecer diante das mesmices que apresentam diariamente).

Sobre um cabelo loiro aparece uma minúscula caixa craniana, revelando, entre outras coisas, a máxima popular que diz que toda loira é burra. Afinal, vale notar que todas as apresentadoras de televisão são loiras... e, talvez por um acaso, burras. Pode-se dize ro mesmo de seu público, que não sendo composto só de pessoas de cabelo amarelo, em geral são muito mal formados. Mas não é só isso, a diferença entre o tamanho do cérebro e a boca explica bem qual o grau de valor sobre o qual a apresentadora se ampara: a falação desenfreada em detrimento de um diálogo inteligente. Seu olho se espreme, criando ainda mais uma idéia de deformidade, junto com bochechas também desproporcionais dentro do conjunto. Nos fica a pergunta: por que esta caricatura nos causa tanto fascínio e ao mesmo tempo tanta repulsa? É porque, diga-se claramente, ela revela algo que desorienta, algo de terrível, de monstruoso. Algo que ao se esconder na pessoa representada, revela-se inteiramente na caricatura.

Esta caricatura não precisaria nem da descrição que propomos fazer aqui. Ela é mais eloqüente que qualquer descrição.

Não é o ultraje do tempo que deforma a figura de Galisteu. São suas "vis paixões', reveladas e estampadas na obra de André de Pádua, que a faz contorcer-se como um ser abjeto. Parece que ao dar à retratada este rosto asqueroso e ao arrancar dela o disfarce, o artista acredita ter encontrado uma possibilidade de a combater.

André não nega a tradição dos grandes caricaturistas que usam a distorção da representação humana, sobretudo do rosto, como um meio de satisfazer a necessidade de expressar ódio ou agressividade em relação a determinadas pessoas. Por isso, não se pode negar, ele está escarnecendo e ridicularizando através da desfiguração da "effigie" de Galisteu.

Através das desproporções de partes do rosto - sem grandes preocupações com problemas de mimetismo - ele abusa da sátira. O registro desapiedado de Galisteu nesta caricatura torna-se expressão de uma estupidez abjeta.

Para André só existe um raciocínio: se copiasse Galisteu fielmente, estaria prendendo-se na armadilha da mentira. Ele quer encontrar, na forma de uma evidência expressiva, a verdadeira face da retratada. Nesse sentido, ele é perspicaz revelando o estado de alma numa compreensão sem resíduo. Ele sabe encontrar as marcas inscritas no rosto humano, sabe ler seus pensamentos nestas marcas, sabe captar as paixões escusas e ignóbeis que se disfarçam para o mau leitor da expressão facial e torná-las evidentes para todos.

O rosto de Galisteu é nessa caricatura um texto hieróglifo que o caricaturista submete a uma decifração exaustiva. Ele lê a cifra verídica das afecções desta alma. Transmuta as perturbações que se escondem neste rosto num idioma sem equívoco.

Cada povo e cada época tem a sua própria expressão do ridículo. Na caricatura de André, Galisteu se transforma numa incômoda e diabólica expressão anedótica do ridículo que habita entre nós.

André não tem amenidades para com a retratada, ao contrário, é cruel. Mas seu interesse não é apenas a galhofa ou troça. Esse é um dos elementos, mas não o seu todo. Não há dúvida de que a lição de Aristóteles está aqui: "quando se tem de representar certas personagens pela imitação, deve-se, necessariamente, pintá-las melhores ou piores do que são". Para André a questão se aproxima desta máxima aristotélica, mas o "pior" não significa mentir sobre a pessoa retratada, significa tornar evidente o que ela tem de detestável e que deseja desesperadamente esconder.

Por isso a caricatura é um verdadeiro instrumento de guerra, não se detendo diante de nenhum poder constituído, pondo à mostra o que há de mais medíocre e de impostura no retratado.

Seu desenho, no que ele tem de puramente plástico, serve bem, através da deformação grotesca, para revelar as profundezas medonhas: estupidez, mesquinharia, falsidade, insensibilidade. Em geral características mais dos animais que dos seres humanos racionais.

Na Poética de Aristóteles a beleza é concebida como uma excelência na proporção das coisas: o que não é belo é o que não tem perfeição de forma, é deformado, e para isso temos a palavra latina "turpitude" (torpeza). O feio é, então, uma questão de forma, de deformidade, de falta de graça.

A palavra caricatura vem do inglês caricature que, por sua vez, veio do italiano significando carregar, adulterar, exagerar.

Na caricatura a feiúra é uma qualidade do grotesco, de algo mal formado, defeituoso, mas não necessariamente antiestético. O que é um paradoxo: o artista transfigura um rosto aparentemente normal em algo inerentemente feio ou repugnante e dando-lhe todo o cuidado de sua técnica, dando-lhe valores estéticos de cor e composição, transforma o objeto feio criado numa bela obra de arte.

Sendo assim, o grotesco da figura é desenhado com tal habilidade e delicadeza que nos perdemos na admiração da maneira, e até não reagimos ao horror do motivo. A arte, por esse meio, cria uma "distância" estética entre a crua representação e nossa percepção.

Se não se tratasse de uma obra, mas de um caso real, a coisa seria diferente. Se nos encontrássemos na rua com uma figura como Jader Barbalho, tal qual se apresenta na caricatura feita por André, com certeza ficaríamos em estado de terror. Como suportar tal figura, na nudez de sua monstruosidade, assim exposta em público, sem tomar uma atitude drástica de a combater com veemência?

Idéias de deformidade enchem nossa mente de fortes emoções de terror. Por isso, sabemos o que rostos como o de Galisteu, Jader Barbalho e ACM significam: toda a hediondez, toda a sordidez moral, todos os vícios que o espírito humano pode conceber estão escritos sobre essas faces - que, através do procedimento adotado pelo caricaturista, os coloca não próximos à idéia de uma raça humana, mas de verdadeiras bêstas-feras.

A caricatura de André atravessa tudo, como uma luz de um relâmpago. Chega rapidamente ao cruel, com fantasias grotescas que contêm, amiúde, algo de sombrio. O rosto de Galisteu apresenta-se brutal e violento, em gestos faciais deformados e extravagantes. Há contrastes violentos entre os tamanhos da cabeça, dos dentes, das mãos e dos olhos. Mas o maior mérito ainda pode ser medido pela sua capacidade de criar, numa figura tão monstruosa, a verossimilhança.

O caricaturista não abandona nenhuma intuição, busca encontrar o vulgar e o trivial. O que se pode chamar de o fascínio da corrupção penetra em cada camada deformada. Mesmo se não soubéssemos a trajetória de Galisteu: amparo nas costas de Airton Senna, exposição em revistas masculinas e o conseqüente emprego de apresentadora de TV. Mesmo desconhecendo esta trajetória, intuiríamos alguma monstruosidade escondida atrás da fachada de seriedade.

Por esse retrato de Galisteu pode-se perceber que a caricatura de André de Pádua não é tímida, ao contrário, faz ousadamente jorrar as formas bizarras. Consegue unir o disforme e o horrível ao cômico.

O que a caricatura revela é uma verdade alargada para além da "aparência visível". Por isso, não adianta fechar os olhos com força para não ver o que a caricatura revela.

Há ainda caricaturas mais ácidas, como de políticos como ACM (ver abaixo) e Jarbas Barbalho, do pseudo-escritor (e falso mago) Paulo Coelho, enfim, uma fauna que se revela a cada obra de André de Pádua.

A referência a uma obra de Picasso não é casual, aquela galinha irritante cacarejando com sua goela arreganhada é a imagem perfeita que pode traduzir o sentido da caricatura que André fez de Galisteu.

Para ir além
www.animar.com.br
[email protected]


Jardel Dias Cavalcanti
Campinas, 3/3/2003

Quem leu este, também leu esse(s):
01. Do Caos, Dalí e os idiotas de Paulo Polzonoff Jr


Mais Jardel Dias Cavalcanti
Mais Acessadas de Jardel Dias Cavalcanti em 2003
01. Felicidade: reflexões de Eduardo Giannetti - 3/2/2003
02. Entrevista com o poeta Augusto de Campos - 24/3/2003
03. John Fante: literatura como heroína e jazz - 21/7/2003
04. Os Dez Grandes Livros - 15/10/2003
05. A paixão pela arte: entrevista com Jorge Coli - 21/4/2003


* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
4/3/2003
10h21min
Caro Jardel, Seu texto é bom, o tema também, mas te faço um pedido: não faça com a caricatura o que fizeram com a pintura, não explique-a excessivamente. Deixe que esta arte, que ainda não foi invadida pelos picaretas, comunique por si só. abraço, Eduardo PS: Conhece o caricaturista Sebastian Kruger?
[Leia outros Comentários de Eduardo Arruda]
6/3/2003
20h53min
Caro Eduardo, sem dúvida você tem certa razão. temo, sempre que falo de arte, que a interpretação "massacre" a própria obra. como tem acontecido com a literatura e os cursos de letras onde os alunos só se interessam por crítica e não mergulham nas obras literárias. nunca leram as obras, mas conhecem toda a crítica. terrível, não! obrigaod pelo comentário. jardel
[Leia outros Comentários de jardel]
10/3/2003
11h53min
valeu xará! da próxima te mando uma foto minha para fazeres uma caricatura jardel pias e não dias...
[Leia outros Comentários de jardel pias borges]
9/11/2007
07h56min
Achei imprencionante mas muito mais pelas figuras apresentadas. A minha curiosidade é saber qual é a fonte de inspiração que o autor teve para com estas figuras?
[Leia outros Comentários de Armando Sitoe]
COMENTE ESTE TEXTO
Nome:
E-mail:
Blog/Twitter:
* o Digestivo Cultural se reserva o direito de ignorar Comentários que se utilizem de linguagem chula, difamatória ou ilegal;

** mensagens com tamanho superior a 1000 toques, sem identificação ou postadas por e-mails inválidos serão igualmente descartadas;

*** tampouco serão admitidos os 10 tipos de Comentador de Forum.




Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




Livro Literatura Estrangeira Marina Todos Temos um Segredo Trancando a Sete Chaves no Sótão da Alma Este é o Meu
Carlos Ruiz Zafón
Suma de Letras
(2011)



Yojiro Takaoka: O Construtor De Sonhos
Even Sacchi
Asa
(2003)



Sugar - Meu Doce Vício
Vanessa de Cássia
Madras Hot
(2015)



Televisão
Ciro Marcondes Filho
Scipione
(1994)



Vidas e lendas de Jacques Lacan
Catherine Clément
Moraes
(1983)



A Tumba Da Família De Jesus
Simcha Jacobovici; Charles Pellegrino
Planeta do Brasil
(2007)



Livro Prontuário de André Luiz
Ney da Silva Pinheiro
Ide
(1998)



Livro Comunicação Amor Do Mito ao Mercado
André Lázaro
Vozes
(1997)



OLivro dos Médiuns 386
Allan Kardec
Feesp



Livro Infanto Juvenis Manual dos Esportes
Manuais Disney
Nova Cultural





busca | avançada
105 mil/dia
2,0 milhão/mês