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>>> Comentadores
Quarta-feira,
9/2/2005
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é pedir muito da inteligência
Que artigo este... Só corrobora o que noto no meu dia-a-dia: quanto menos se sabe, mais se pensa que sabe; ou, como diria Sócrates, no outro extremo, o da sabedoria: "Só sei que nada sei..." Parâmetros é coisa que muitos, ao que parece, nem querem; a prepotência lhes camufla o medo de enfrentar um texto mais denso, um clássico, porque estes não se deixam domar facilmente; não são ralos como o que tem (freqüentemente, é triste dizê-lo) passado por literatura atualmente. E o medo? E se estes "sabichões" não conseguirem entender um Dostoiévski, um Shakespeare, um Lima Barreto, um Stendhal (cito só alguns dos que li e dos quais gosto)? Passar atestado de burrice? Confessar que não gostou (direito que todos têm, inalienável)? Explicar o motivo, ter de ter argumentos para tal? Bom, mas aí terá de ter enfrentado páginas e páginas de descrições, ambigüidades, sutilezas (imagina ler um Henry James!) - é pedir muito da inteligência... Percebo: fui irônica e agressiva, o que não é bom. Mas o caso é que me irrita essa pretensão, esse "nivelar por baixo" com ar de sapiência, com ar de "independência" de pensamento; que se leiam os clássicos, primeiro; depois - como já fiz e outros fizeram - se forme opinião. Elejam-se os favoritos, aqueles que nos falam à mente e/ou ao coração, ponham-se de lado aqueles com quem não se consegue comungar - mas que sejam lidos primeiro; porque ler os clássicos pode não ser "útil" nesse mundo "prático" - porém alimenta a alma...
[Sobre "O clássico e a baleia quadrúpede"]
por
Carla
9/2/2005 às
06h42
200.217.22.42
(+) Carla no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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