O Estado Palestino | Eliahu Feldman

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Terça-feira, 16/4/2002
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O Estado Palestino
Pro Antonio Oliveira, agradeço os elogios. Pro Heitor, o meu abraço. Pro Eduardo, quero esclarecer algumas coisas, que acho importantes: Voce diz que eu não posso ser a favor da causa palestina, etc. Isto não corresponde ao que sinto e desejo. Sou ABSOLUTAMENTE a favos da criação de um estado Palestino independente nos parametros consensuais (até aqui), ou seja, com a retirada de colonos e forças armadas de Israel do que é considerado territorio Palestino, eventual divisão de Jerusalem em areas especificas de controle por cada um dos paises independentes, solução JUSTA (e não suicida por parte de Israel) para o problema dos refugiados e respeito ao direito de existencia livre, democratica de cada um dos paises, com a renuncia (não so em ingles, pra galera), mas em arabe e em ATOS, por parte dos dirigentes palestinos. Creio que só assim poderá haver paz aqui (se é que isto é possivel de todo). De modo que creio que não se trata de dizer que eu, por ser judeu até defendo o Sharon (sic). Não, estou é defendendo a minha sobrevivencia. Não confunda. Não sei qual é a sua idade, mas voce certamente não sabe (por idade ou porque estas coisas não chegaram ao nosso querido 'Pais Tropical'), que nas vesperas da guerra de 67, o então pesidente do Egito Gama Abdel Nasser dizia que varreria Israel do mapa, e isto ipsis literis. Ora, a gente normal, que não sofre de amnesia seletiva, não pode esquecer estas coisas, e nem esquecer que antes de 1967 (alias, alguem aí pode me explicar porque não foi criado então o Estado Palestino?), antes de Israel se apossar dos territorios palestinos, os ataques feitos pelos mesmos Arafat e correligionários era constante. E não havia "ocupação israelense" de nenhum territorio Palestino. Torno a dizer que eu sou a favor da criação do estado palestino, mas não sou suicida. O problema do Arafat, a meu ver – e isto ha muito tempo, desde que o vi em uma entrevista feita pela Marilia Gabriela, nos anos 80 – eh que ele é um “mentiroso de carteirinha”, como diria o falecido Nelson Rodrigues. O Arafat ja demonstrou de modo claro (pra quem quer ver os indicios) que é um cara absolutamente inconfiavel, que o que ele diz (aos israelenses) não escreve, e nem faz. O Arafat é confiavel para o povo dele, para quem reiteradamente tem esbravejado na TV (daqui a gente ve) que o que quer é Um milhao de Shahidim em Jerusalem, dois milhoes de Shahidim em Jerusalem, e por ai vai. Assim não dá. Ou recebo do lado de lá uma postura clara, inequivoca, em palavras inglesas e arabes, e em ATOS que me garantam que realmente o caminho da paz é somente atraves de NEGOCIAÇÕES, ou não posso, em sã consciencia, estar seguro das intenções reais do outro lado. Não quero me suicidar, e me recuso a ir pro forno crematorio como foram avós maternos, tios maternos, primos de minha mãe, etc. Isto é um aspecto que esta presente na mente do israelense medio em quase 80% da população (lembre-se de que 20% sao arabes...). Outro dia, vi um programa em que entrevistavem pessoas de uma cidade arabe em Israel, MUKLEIBE, cujos cidadãos vivem (aparentemente) em paz com o fato de serem cidadão do estado de Israel. Pois bem, esta cidade fica numa região proxima de Jenin. Uma senhora entrevistada pelo reporter, dizia alto e bom som, que “voces israelenses são uns otarios...voces deixam qq mulher de Jenin vir ter filhos nos hospitais de voces (porque querem ser humanos...), os filhos ganham identidade israelense, e ela daqui a pouco pode mudar pra Israel...voces nao aprendem.... ha uns tempos mudou uma mulher de Jenin pra ca nestas condiçoes, com uns 8 filhos...um deles foi o que se explodiu no hotel em Natania...”. Outra entrevista com cidadãos arabes da cidade (extremamente hostil, diga-se de passagem) de Uhm el Fahm, comentando a ausencia de fronteira na região deles, por onde passam aparentemente todo dia (o reporter mostrou) centenas de pessoas vindas de Jenin para dentro da linha verde. Dizia o rapaz arabe: voces são uns idiotas, como pode ser que não fazem uma cerca, uma fronteira aqui...por aqui passam todos os dias pessoas, talvez os terroristas que se explodem nas cidades de voces... Ou seja, os proprios arabes de Israel (os que estao realmente afim de viver em paz conosco) nos criticam por sermos “moles”. Mas indo mais a frente: Ontem foi capturado o Marwan Barghouti, que é tido como responsavel por inumeros atentados e mortes de mulheres, vehos, crianças, etc. Imediatamente saiu no jornal que eu leio, algumas informaçoes sobre o Barghouti, como por exemplo, que em maio de 2000 (ou seja, uns 6 meses ANTES da dita Intifada começar) ele teve uma correspondencia com o Arafat, na qual eles discutem o fato de que parece que por meio de negociaçoes não vão ganhar tudo o que querem, de modo que vão apelar pra violencia. Bem, isto pra mim, é má-fé. Assim pra mim fica explicado porque é que o Arafat relutou tanto em ir pra Camp David, e porque não respondeu nada diante das propostas do Barak – porque a sorte ja estava selada, ja tinha decidido que ia partir pra ignorancia. Outro perola do Barghouti: em recente entrevista (julho) no New Yorker (semanario de NY), ele declara que por enquanto, sua luta é pela criação do estado palestino, mas que o que deseja na verdade, é estabelecer um grande pais palestino, bi-nacional. Ora, me diga se isto não é um aviso de que os caras do lado de lá não aturam que haja um estado nacional judeu por aqui! Eu entendo perfeitamente que é duro para um palestino aceitar isto, mas há um fato historico que (espero) não tem retorno – um estado de Israel foi criado ( a meu ver justamente), e ou as pessoas vivem segundo o “Principio do Prazer” (seguem sonhando e fantasiando a demolição da realidade de acordo com os seus desejos mais reconditos) ou crescem e vivem de acordo com o “Principio da Realidade”. Agora, me parece um tanto chocante ler que voce advogue a velha, surrada e perigosa tese de que “Os fins justificam os meios”. Eduardo, isto eh um caminho sem volta. Isto ocorreu na Russia, quando da revolução comunista (o mote era usado e abusado la), o que causou catastrofes imensas, como por exemplo: Stalin e sua carnificina, eliminaçao de inimigos (reais ou imaginarios), como cidades inteiras - dizem que em uma noite dizimou uma vila de umas 25000 pessoas que se recusavam e entrar nos eixos de um daqueles planos quinquenais, deportaçoes – como de um conjunto etnico de perto dos Urais para a Siberia, e assim vai, bem como o assassinato de medicos, generais, escritores (judeus, eh claro) que foram considerados “contra-revolucionarios”, o assassinato de Trostky no Mexico (tambem era contra-revolucionario!). Isto ocorreu tambem na Alemanha nazista, meu caro – os fins justificam os meios – para a pureza etnica e eugenia da raça ariana, vale tudo, matar doentes, debeis mentais, ciganos, judeus, homossexuais, comunistas e quem quer que se rebele contra a “nova ordem”. Isto ocorreu na Argentina dos “gorilas”, e no Brasil pós 64. Poderia se dizer que o Medici queria “salvar o Brasil da ameaça comunista”, e que do ponto de vista dele, valia tudo. E isto ainda ocorre na Espanha, onde o ETA diz que tem o direito de lutar pela independencia do pais Basco, e volta e meia explode carros e pessoas por lá. Isto ocorreu até há bem pouco na Irlanda, onde o IRA tambem explodia coisas e possoas. Não me consta que este método de luta fosse considerado legitimo pelo mundo todo. E a razão me parece clara: é que quem decide que está “certo”, “decreta” que fins justificam os meios. Assim, libertar a Palestina pode ser desde explodir na Arentina, a sede de instiutuiçcoes judias e matar umas 300 pessoas, como atirar (franco-atirador) em um bebe no colo de seu pai, como ir para um hotel e explodir um monte de velhos, mulheres e crianças. Agora, voce parece tambem não fazer qq diferenciação entre homicidio doloso (premeditado, em ação terrorista) e homicidio culposo ou acidental. Bem isto é algo que me parece ser um certo apagamento das diferenças que de tão importantes, tem ate definição legal. Não se trata de uma questão de indiferença, ou de um “dar de ombros”. De fato, a mim, e penso que a imensa maioria dos israelenses, não traz qq alegria saber que morreram palestinos, mesmo os considerados “terroristas”, ainda mais quem morre por erro sem ter “nada a ver com o caso”. Uma palavra sobre o fato de que morrem menos israelenses do que palestinos: acho que voce (em certa medida nem eu) não tem ideia da quantidade de atentados que são evitados, terroristas impedidos de realizar seu intento pelas forças de segurança daqui. Podes crer, que não fora isto, seria um banho de sangue aqui sem pecedentes. Reitero a minha posição, que é a da maioria dos israelenses: queremos PAZ, queremos que os palestinos tenham seu estado SEPARADO de nós, que dirijam a sua vida, que cresçam, se desenvolvam, enriqueçam e que criem uma sociedade democrática e justa. Voce não tem idéia da corrupção que grassa na Autoridade Palestina – coisa de que o mundo não ouve falar, talvez porque como já nos ensinaram os mestres de história, uma das coisas mais correntes nas sociedades autoritárias (como ainda o é a Palestina) é exportar as contradições. Jogar a rsponsabilidade da miséria em que uma parte da população palestina sobre Israel é mais um dos caminhos fáceis para não olhar o que ocorre na propria sociedade palestina, como são utilizados os dinheiros de ajuda internacional que vem para a melhoria das condições do povo, etc. O mais simples é dizer, evidentemente, “a culpa é do judeu”, ou do israelense, ou o que seja. É importante lembrar que durante anos a fio, milhares de palestinos desejosos de viver em PAZ vinham trabalhar em Israel, e uma parte considerável do seu sustento provinha deste trabalho. Agora, não pode-se acusar Israel por usar recursos para aquisição de armas (vide o navio Karin A), ao invés de usá-lo para o desenvolvimento local. Bem sei que imagens televisivas são muito mais potentes do que palavras, e sei que a destruição de casas e predios, alem da morte de pessoas é algo terrivel. Mas aqui, uma parte substancial do povo israelense sente que ou se deixa matar de modo constante e organizado pelo terrorismo palestino, ou se defende. Se voce quer uma opinião a mais, vinda de um pacifista inconteste, leia o artigo de Amos Oz “Duas Guerras”, saido há pouco mais de uma semana na Folha de S.Paulo, se não me engano. Uma curiosidade: Voce sabia que o Arafat não é palestino? Que na verdade nasceu no Egito, e foi criado por um tio dele em Jerusalem? Um abraço Eliahu

[Sobre "O injustificável"]

por Eliahu Feldman
16/4/2002 às
12h38 212.179.219.11
(+) Eliahu Feldman no Digestivo...
 
MST e Arafat
Já que ninguém respondeu à Marli (c. # 32), lá vai: quem está lá é um tal de Lil, do MST, militante da esquerda brasileira que foi acompanhar o Bové, militante da direita francesa, rico produtor de queijos que, de tão caros, só são vendidos nos USA e no Japão. Mas como atacou um MacDonald's que lhe fazia concorrência, passou a ser ídolo do PT e do MST. Vá lá se entender estes caras!

[Sobre "O injustificável"]

por Heitor De Paola
16/4/2002 às
11h16 200.255.208.143
(+) Heitor De Paola no Digestivo...
 
parabéns e obrigado
Caro Daniel, anos atrás trocamos alguns emails (certamente você não se lembrará) e você me contou que o Paulo Francis havia lhe dito: "Sua propria existencia é uma prova de que o Brasil melhorou", acrescentando depois não concordar com ele. Acompanhando seus textos no Estado, lendo esse seu belo ensaio sobre a falta de ensaios, e vendo na pequena imprensa o surgimento de colunistas como a Daniela Sandler, o Alexandre Soares Silva, o Paulo Salles, o Rafael Azevedo (pra citar apenas alguns que escrevem ou já escreveram para o Digestivo), todos eles jovens, inteligentes e talentosos, e pela repercussão que o Digestivo tem alcançado principalmente entre leitores na faixa dos 20 e 30 anos, chego a acreditar - talvez seja um delírio - que o Paulo Francis estava certo. Parabéns e obrigado por continuar nos oferecendo textos a um só tempo simples e sofisticados. Um abraço, Fabio.

[Sobre "A pequena arte do grande ensaio"]

por Fabio
16/4/2002 às
10h53 200.183.94.214
(+) Fabio no Digestivo...
 
Árabes por árabes
Para ter idéia do que os árabes dizem em árabe, porém traduzidos para o Inglês, sugiro o site: www.memri.org

[Sobre "O injustificável"]

por Heitor De Paola
16/4/2002 às
10h12 200.255.208.133
(+) Heitor De Paola no Digestivo...
 
ah, tão fina ironia...
Eduardo, é tão fácil, quando faltam argumentos, tentar ridicularizar o que o outro disse... é o artifício mais fácil, mais rasteiro, revela preguiça e demonstra despreparo, além de uma imensa falta de vontade de debater. Confesso que esperava um pouquinho mais de você, mas, afinal, esperar o quê de quem acha que os homens-bomba um "direito" (sic) dos palestinos? A propósito, Weiss não é um nome judeu, e sim alemão, quer dizer "branco". Saudações, Rafael. P.S. Aprenda a ler com atenção, eu disse que o historiador "NÃO coincidentemente" tinha um ponto de vista parecido com o meu. Você parece padecer de um mal comum a muitos brasileiros, causado pela falta de leitura na infância: lêem tudo muito rapidamente, sem prestar a atenção devida. Estimo melhoras.

[Sobre "O injustificável"]

por Rafael Azevedo
16/4/2002 às
09h24 200.152.84.25
(+) Rafael Azevedo no Digestivo...
 
78% do quê?
Eduardo citou o "fato" de Israel ter apropriado 78% da Palestina. Me parece, no entanto, que até 1946 a Palestina (Britânica) incluia tanto Israel, quanto a Cisjordânia e até a Transjordânia (hoje conhecida como Jordânia). Em 1946, 80% da Palestina foi dada aos árabes, para os restante 20% serem distribuídos entre árabes e judeus. 78 % de 20% são aproximadamente... 15%. Os judeus receberam 15% da Palestina Britânica, enquanto que os árabes receberam 85%. Depois da guerra dos 6 dias, Israel conquistou mais 5%, chegando aos 20% que tem hoje. Digo e repito, para tomar partido...

[Sobre "O injustificável"]

por Daniel Feldman
16/4/2002 às
09h20 212.143.225.70
(+) Daniel Feldman no Digestivo...
 
o bem e o mal 2
É verdade. É melhor pararmos por aqui. Afinal de contas, só vc entende do assunto, só vc sabe tudo o que se passa. Seus dados e suas fontes são mais confiáveis e até o historiador que esteve na tv cultura era o que mais entendia do assunto porque, "coincidentemente", tinha um ponto de vista parecido com o seu. E, realmente, não dá pra comparar os mísseis com os homens-bomba. Talvez na estupidez, sim, mas não no poder destrutivo. E o Emir Sader, de nome árabe... e o Weiss, de nome judeu? Todos pareciam tão pro-palestina, né? Deve de ser algum complô da tv cultura... Eduardo

[Sobre "O injustificável"]

por Eduardo Luedy
16/4/2002 às
09h12 200.128.62.146
(+) Eduardo Luedy no Digestivo...
 
O bem e o mal
Eduardo, se sou tendencioso, sou exatamente tanto quanto você; nem um pingo a mais, nem a menos. A única diferença é que inclino-me a favor de Israel, e você dos Palestinos - mas você, curiosamente, parece só ver a minha parcialidade. Espelho, espelho meu... Quanto a comparar os atentados covardes com os mísseis israelenses, isto é de um ridículo que sinto vergonha em comentar. Os mísseis não são direcionados a supermercados ou feiras, lotadas de mulheres, crianças e idosos, como a carros com homens-bomba dentro(responsáveis por aquilo que talvez seja o ato de terror mais bárbaro já concebido na história da humanidade); são direcionados a terroristas conhecidos de Israel, pessoas com culpa comprovada no cartório. Essa história de que explodir outras pessoas é um direito de resistência é um dos maiores absurdos já imbutidos na cabeça da humanidade; mas é o discurso dos países árabes, que você parece ter assimilado direitinho. Se você segue a cartilha deles, com que direito vem me julgar porque eu supostamente seguiria a cartilha dos judeus? A história de que os árabes querem empurrar Israel para o mar não é "historinha" não; credito esse seu deslize à juventude, e ao desconhecimento. Recomendo que leia, na internet mesmo, os sites e jornais árabes para que você entenda um pouquinho mais o ponto de vista deles. Arafat tem um discurso pronto para o mundo ocidental, para a CNN, onde pede a paz, e outro para sua população, para a Al-Jazeera, para os canais palestinos, onde exorta a violência e louva os homens-bomba; nas escolas as crianças são ensinadas a repetir em voz alta que seus inimigos são os judeus, e que darão a vida para matá-los. Os mapas da Palestina que utilizam estendem o território da Cisjordânia ao Mediterrâneo, de Golam a Gaza. É claro, é fácil ver a Globo e ficar chocado; afinal, além de mostrarem um só lado da questão, fazem questão de ressaltar o que julgam brutalidade, ignorando as coisas que o exército israelense faz para não se igualar ao mesmo nível de desumanidade dos palestinos. Além do mais, guerra é guerra; não se pode esperar que o exército israelense deixe jornalistas circular livremente por áreas ocupadas, possibilitando que militantes palestinos prontos a se explodir circulem disfarçados de jornalistas. Também vi aquele bando de palpiteiros no Roda Viva; não havia uma pessoa ali que entendesse do que falava. O que se aproximava mais de uma opinião coerente era o historiador, que não coincidentemente tinha um discurso bem similar ao meu, do Heitor e do Eliahu. O William Waack também tinha seus momentos de lucidez; agora, aquele sujeitinho da Folha e o Emir Sader, chegaram a me dar golfadas enquanto assistia os impropérios que eles proferiam. Emir Sader é um dos maiores lunáticos do mundo atual, para quem tudo resume-se a uma paranóia colonialista. Pisada na bola da TV Cultura, que colocou um comentarista de nome e descendêcia árabe para comentar o assunto mas esqueceu-se do ponto de vista judeu. O mais curioso do Sr. Sader é que ele critica Bush pelo suposto simplismo de sua visão, da guerra contra o mal, mas recai ele próprio num maniqueísmo ainda mais virulento, julgando ruim tudo que tenha relação com o monstro imperialista americano e bom tudo o que tenha a ver com essas nações bárbaras que ele julga se "oporem" ao grande satã americano. Mas enfim, estou cansando desta discussão, pois dificilmente opiniões serão mudadas. Canso de dar argumentos, repeti-los, mas parece que de nada adianta; as opiniões formadas (brainwashed) pela mídia tomaram conta das pessoas de tal maneira, que a imagem que fica na cabeça de todos que nada entendem do assunto é a dos palestinos coitadinhos sofredores, enquanto os israelenses são os opressores, bancados pelos diabos americanos. Maniqueísmo puro, pior que o do Bush; mas pra essas pessoas o maniqueísta e imbecil é o Bush. Well... Saudações, Rafael.

[Sobre "O injustificável"]

por Rafael Azevedo
16/4/2002 às
08h11 200.152.84.10
(+) Rafael Azevedo no Digestivo...
 
tendenciosismo
Ao Rafael, ao Eliahu e de quebra ao Heitor. É inacreditável a imparcialidade de vocês. Ainda que pese o fato de que Eliahu é judeu e como tal totalmente pro Israel--até defendendo Sharon--e contra as ações palestinas--justificadamente quando condena a violência contra civis inocentes. Mas aí eu pergunto, já que o Rafael toca na questão de quem é mais violento e injusto quando me desafia a explicar a legitimidade dos atos dos homens e mulheres-bomba. Pois eu pergunto: qual é a diferença entre enviar mísseis e matar inocentes palestinos, ainda que isso ocorra como Eliahu disse, como "side effect" (aliás, que visão mais cínica essa de acreditar que os efeitos colaterais são como que males necessários)? Me digam, qual é a diferença? Qual a diferença entre os atentados palestinos que matam inocentes num restaurante e a tragédia de famílias inteiras de palestinos que vêem suas casas sendo varridas por imensos tanques de guerra? Qual a diferença entre o terrorismo de estado de Israel e os homens-bomba? A diferença, meus caros, é que morrem muitos mais palestinos do que judeus. A diferença é que desde que Sahron começou sua ofensiva ultra violenta morreram mais judeus em atentados terroristas do que em todo a história do conflito. Isso é um fato e é sobre esse fato que vocês, pró Israel, deveriam refletir. E, sim, eu acho que é um direito dos palestinos de reagir da maneira como podem. É um direito (ainda que eu desejasse que os conflitos fossem abordados de outra maneira, preferivelmente pacífica) porque reage à violência dos assentamentos judeus, à violência dos seguidos desrespeitos ao tratado de Oslo. É engraçado que se fale aqui de que Arafat e companhia querem empurrar Israel para o mar. Putz! Quem empurra quem nessa história, e isso desde 1967, são os judeus, cada vez mais ocupando territórios palestinos. Será que vocês não vêem isso? Hoje vi pela tv as cenas da matéria que o Caco Barcelos fez para o jornal da globo. É chocante, é revoltante, é humilhante, o que se faz com as vilas, com os bairros palestinos. Cidades devastadas, pessoas desnorteadas nas ruas, esperando terminar o toque de recolher para buscar seus mortos. Logo em seguida, assisto ao "roda viva", programa da tv cultura de São Paulo e todos os jornalistas, historiadores, cientistas políticos, todos sem excessão concordaram neste ponto: sem que Israel recue em sua ofensiva, não haverá paz. Alguns chegaram a falar da estupidez de Sharon, pois se ele pensa que irá acabar com as ações terroristas, "cortanto o mal pela raíz", ele só estará é cultivando maior ódio contra o estado de Israel. Outros afirmaram que o pretexto pode até ser esse, mas o que Sharon quer é aniquilar qualquer possibildade de que os palestinos tenham um estado. Quanto a quem ocupou primeiro a região, concordo com o Rafael. É realmente estúpido ficar alegando isso. Afinal, como disse um dos participantes do debate da tv cultura, ao lembrar as inúmeras vezes que lá esteve para cobrir o conflito: são povos tão parecidos entre si, que poderiam ser tomados como irmãos. No fim das contas, fica a estupidez do conflito como uma grande alegoria da irracionalidade da humanidade. Eduardo Luedy

[Sobre "O injustificável"]

por Eduardo Luedy
16/4/2002 à
00h10 200.128.62.151
(+) Eduardo Luedy no Digestivo...
 
Obrigado
Golsen, uma prática militar muito antiga sempre foi bombardear os soldados inimigos (cansados, esfarrapados, desesperados) com folhetos do tipo: "Venha para o nosso lado! Você será bem tratado! Receberá comida, bebida, roupas quentes!" Esse texto foi a minha tentativa de fazer isso. Você será bem tratado. E, se deixou de ler HQ (pense nisso), você tem todas estas HQs para ler pela primeira vez. (E livros, e brinquedos)Mas seja de que lado for que você decidir ficar, foi um grande prazer receber a sua mensagem, Golsen- e votos de uma boa luta. Um abraço, Alexandre.

[Sobre "O Exército de Pedro"]

por Alexandre
16/4/2002 à
00h33 200.205.157.155
(+) Alexandre no Digestivo...
 
Julio Daio Borges
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