Digestivo nº 284 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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>>> A carícia essencial: uma psicologia do afeto de Roberto Shinyashiki pela Editora Gente (1989)
>>> Lobo Solitário 1, 2 e 3 de Kazuo Koike. Goseki Kojima pela Panini (2016)
>>> O Vendedor de Sonhos A Trilogia de Augusto Cury pela Planeta (2010)
>>> Luluzinha Teen e sua Turma nº 5 de Renato Fagundes pela Pixel (2009)
>>> Direito de (não) Fumar - Uma Abordagem Humanista de Amanda Flávio de Oliveira pela Renovar (2008)
>>> O Caçador de Palavras de Walcyr Carrasco pela Ática (1993)
>>> Os mares do Sul de Manuel Vázquez Montalban pela Companhia das Letras (1998)
>>> Sátira de Gregório de Matos pela Agir (1985)
>>> Batman 1/83 de Zdarsky, Jimènez, Ortega, Ram V pela Panini (2023)
>>> L`objet d`Art Hors-série nº 69 (Roy Lichtenstein Exposition Au Centre Pompidou) de Camille Morineau pela Éditions Faton (2013)
>>> A Experiência Burguesa da Rainha Vitória a Freud - A Educação dos Sentidos de Peter Gay pela Companhia das Letras (1988)
>>> The Three Secret Cities de Mattew Reilly pela Orion (2019)
>>> Indian Song de Marguerite Duras pela Gallimard (1996)
>>> Superman nº 2 de Joe Casey w Mike Wieringo pela Abril (2002)
>>> Manuel de Piadas de Português e piadas portuguesas de brasileiros de Paulo Tadeu pela Matrix (1999)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 23/6/2006
Digestivo nº 284
Julio Daio Borges
+ de 3800 Acessos
+ 2 Comentário(s)




Televisão >>> É uma ver-gonha
Sim, a televisão já foi boa. (Bem antes de Boni – que, ultimamente, só serve para ir à Veja e proclamar: “A TV está ruim”.) Pelo menos, é a principal mensagem de Boa Noite e Boa Sorte. Para quem perdeu no cinema, o DVD é ainda mais imperdível. Coroa a trajetória “séria” de George Clooney, o sobrinho de Rosemary Clooney, que, depois de hits televisivos como Plantão Médico (ER), foi descoberto pelos Irmãos Cohen (que, por sua vez, de tempos em tempos nos impedem de concluir que o cinema acabou). Por culpa de uma participação em O Brother, Where Art Thou? (2000), um Ulisses (e, não, Ulisses) para tela grande, Clooney resolveu ser ator. E agora, também, diretor. E, ao contrário de muitos galãs, e cômicos, na mesma trilha, podemos já admitir que ele leva jeito para a coisa. Boa Noite e Boa Sorte basicamente encena os embates entre Edward R. Murrow, um dos âncoras do jornalismo da CBS nos anos 50, e o malfadado senador Joseph McCarthy. Sim, o do macarthismo, da “caça às bruxas”, devorador de comunistas nos EUA. Murrow é de uma inteligência assombrosa. (Para a televisão, é quase milagrosa.) Não admira que tenha sido perseguido e quase aniquilado. Inteligência quando combina com comunicação dura pouco. Onde há muita comunicação, há pouca informação. Ou vice-versa... O fato é que o New York Times repercutia suas intervenções semanais, no CBS Reports. Hoje, que ancora de TV mereceria isso? Hoje, que jornal editorialmente faria isso (olhar além do próprio umbigo)? É pra desistir de tudo, não é, não? Ou para ter esperança (não aquela, a eleitoreira, a política). E pensar que, nos seus primórdios, a TV já foi boa. Como a internet é hoje. (Afinal, é ela quem atualmente está derrubando âncoras...) Boa Noite e Boa Sorte talvez sirva como um aviso para preservar a única mídia que ainda resta. [Comente esta Nota]
>>> Boa Noite e Boa Sorte (trailer) | Good Night, And Good Luck
 



Literatura >>> Making it new
Enquanto alguns poetas ainda tentam conquistar, com manifestos, os meios de difusão de massa – em termos de poesia, uma das investidas mais equivocadas –, o professor João Adolfo Hansen inaugura, na Casa do Saber, uma espécie de Sociedade dos Poetas Mortos. Claro que sem o emocionalismo fácil do filme e sem os olhos para sempre marejados de Robin Williams. Com poesia de verdade, quero dizer. Falando para gente interessada. (Poetas que querem mais do que isso é porque não entenderam nada.) Em 2005, o professor Hansen, oriundo da faculdade de Letras da USP, perscrutou os poetas modernos brasileiros (atenção, poetas novos do século XXI, eles não são muitos: Bandeira, Drummond, Murilo e Cabral). Neste ano, por sugestão de Mario Vitor Santos, diretor da Casa, Hansen resolveu encarar os Pais Fundadores da poesia moderna no globo: Baudelaire, Rimbaud, Mallarmé, Eliot, Pound e Rilke (ei, autores novos: dá dois ou três por século, mais ou menos). Embora não tenha incluído os Irmãos Campos no seu cânone de brasileiros, João Adolfo Hansen se serviu bastante deles quando a leitura demandava traduções (ou “transcriações”). E, como que nesse impulso, um dos pontos altos do curso foi Mallarmé; outro foi Pound. Baudelaire, eternamente magnífico, à forma não apela tanto hoje – porque era alexandrino, e porque Cabral, aqui, lamentou, por exemplo, que o “dodecassílabo”, de tão nocivo, devia estar na nossa constituição. A linguagem como um mundo fechado em si mesmo ainda impressiona, mas, em Hansen, o que vale é a erudição. (A capacidade de cruzar informações as mais variadas.) Com Mario Vitor, ele agora trama um curso de poetas clássicos... Quem seriam? Homero, Virgílio, Dante e Shakespeare? Seja lá quem for, está nos salvando da banalidade do hoje. [Comente esta Nota]
>>> Casa do Saber
 



Cinema >>> Cinefilia
Dentro do jornalismo cultural, uma das editorias mais pródigas em sites e blogs na internet é a de cinema. Como bem define Sérgio Augusto, qualquer um hoje pode ser crítico de filmes. Nas redações das publicações em papel, a “categoria” só perde – em número de candidatos – para os redatores da seção “horóscopo”. É por isso talvez que há, por parte do jornalismo estabelecido, uma certa má vontade com o que se produz na Web em matéria de crítica à sétima arte, sobretudo em blogs. No Brasil, “blog” continua sendo um termo pejorativo para designar a atividade jornalística (ou até literária) considerada amadora. Nesse contexto, é muito positivo que surja uma publicação como a revista Cinética. Pois, além de ser um site, é uma iniciativa de profissionais oriundos da grande imprensa (e do circuito mainstream de crítica) – entre eles, Cléber Eduardo, bastante conhecido por sua participação na revista Época. Fora a homenagem da “mídia grande” à “mídia pequena” (?), há ainda outra: a melhor matéria da edição de estréia da Cinética é uma longa entrevista, em quatro partes, com os dois fundadores da publicação independente Contracampo – que virou referência em termos de crítica cinematográfica e que completou oito anos. Sinal dos tempos: se antes se achava que as publicações da era eletrônica não sobreviveriam ou cairiam no vácuo do esquecimento, está-se provando que essas iniciativas fizeram história – e são parâmetro até mesmo para os seus (antes) maiores detratores: os profissionais ligados ao mainstream media (MSM). Cinética começa com uma ambição saudável, oxalá encontre a ressonância (cinéfila) pretendida. [Comente esta Nota]
>>> Cinética
 
>>> O CONSELHEIRO TAMBÉM PUBLICA NO RASCUNHO

E, novamente, uma Entrevista do Digestivo Cultural é capa de suplemento literário: desta vez, a de Daniel Galera, no Rascunho de junho.

>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO RECOMENDA



>>> Palestras
* Inteligência competitiva para negócios
Alfredo Passos, Sandra Maria Martini e Telma Cunha
(Ter., 27/06, 19h30, VL)

>>> Noites de Autógrafos
* Teatro Completo - Renata Pallottini
(Seg., 26/06, 18h30, CN)
* Meus Queridos Cavalheiros - Sônia Manski
(Qua., 28/06, 18h30, CN)
* Augusto & Lea - José Carlos Sebe B. Meihy
(Qui., 29/06, 18h30, CN)

>>> Shows
* Jelly Roll Morton & Sidney Bechet - Traditional Jazz Band
(Sex., 30/06, 20h00, VL)

* Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos (VL): Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional (CN): Av. Paulista, nº 2073
*** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
21/6/2006
17h10min
Cara! Cê não vai falar do fim da Primeira Leitura? Até agora não vi um jornalista decente falar sobre a revista/site. É triste que a imprensa brasileira comemore, "num silencio ensurdecedor" -- como diria o Bob Fernandes (aliás, ele também calado até agora), o fim de uma das melhores publicações nacionais.
[Leia outros Comentários de André Lima]
24/6/2006
20h22min
A poesia é apenas uma arte traçada pelo esquecimento da mídia, pela incompetência da crítica, pela estupidez dos capitalistas e pelo desprezo dos pseudo-negociantes da violência. No passado, tinhamos páginas literárias, cadernos de poesia, saraus, encontros múltiplos, e, se observarmos, ainda hoje temos, mas também há estupidamente a mídia permeando um espaço não literário. No dia 26 de julho, a Camara Municipal de São José do Rio Preto fará uma eleição para comemorar o dia do escritor, mas, com certeza, não terá televisão, jornalistas, rádios, exatamente porque o Brasil hoje tem os piores empresarios do setor e uma medíocre classe que esquece que a comunicação é difusão e, não, subterfúgio, falta de pudor e violência: quem nega a informação, tem plena consciencia, comunica de maneira totalmente inoperante.
[Leia outros Comentários de Manoel Messias]

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