Digestivo nº 159 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Quarta-feira, 28/1/2004
Digestivo nº 159
Julio Daio Borges
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+ 1 Comentário(s)




Literatura >>> Livros, livros e livros
A impressão, a cada nova Bienal do Livro, é a de que o mercado editorial brasileiro está em constante expansão. Muitos dizem que é uma falsa impressão. As casas editoriais estão se fragmentando (as grandes editoras vão perdendo cada vez mais espaço), enquanto as tiragens-médias vão encolhendo ano a ano. O grande público não sabe, mas é rara a edição que passa dos 3 mil exemplares, neste País de 170 milhões de habitantes (e não sei quantos semi-analfabetos e analfabetos funcionais). Ainda assim, no meio desse impasse ou paradoxo que ninguém consegue explicar, os sebos estão aumentando. Sim, é verdade. Quem nos conta é Antonio Carlos Secchin, na versão mais recente e atualizada do seu “Guia dos Sebos”, pela Nova Fronteira, que varre as principais capitais do Brasil. No Rio, o aumento, de 5 anos pra cá, foi de 35 para 60 estabelecimentos comercializando livros usados e seminovos. Em São Paulo, o crescimento foi de mais de 100% (de 44 para 90 sebos). Num mercado em que os preços vão subindo conforme os livros vão vendendo menos (como que para compensar; a exemplo do que acontece com as revistas), os sebos vão deixando de ser uma alternativa para se transformar, logo mais, num setor da economia. No “Guia” de Secchin, são indicados descontos que variam de 10 a 20%. Os livreiros trabalham com cheques pré-datados, com cartões de crédito e parcelam em até 6 vezes. Fora isso, vão a domicílio adquirir bibliotecas a partir de 50, 100 ou 200 volumes (dependendo das exigências de cada lugar). Para completar, a palavra “sebo” deixou de ser uma menção ao material supostamente “seboso” que por lá circula, mas ganhou outra origem: segundo o escritor Josué Montello, vem de “sabença” (“sapientia”), “sabente” (sábio) e “sabenta” ou “sebenta” (apostila) – donde o “sebo” seria um local dedicado à aquisição de conhecimento. Pois é, Al-Farabi, o filósofo muçulmano que deu origem aos “alfarrábios”, está novamente em alta. Que ninguém mais então tenha medo de sabentar-se, assabentar ou mesmo de sabentar. [Comente esta Nota]
>>> Guia dos Sebos - Antonio Carlos Secchin - 168 págs. - Nova Fronteira
 



Música >>> At My Most Beautiful
E o R.E.M. passou de uma banda interessante das “college radios” americanas para um dos maiores grupos de rock dos anos 90. Quem, no Brasil, ouvia a 89FM no final da década de 80 (absolutamente outra rádio), deve ter descoberto o conjunto pela alegrinha “Pop Song 89”, do antológico álbum “Green” (1988), provavelmente o primeiro lançado no País. Aliás, é uma pena que um “single” tão marcante (para quem ouviu) não esteja na atual coletânea “In Time: The Best of R.E.M.”, onde se ensaia um balanço de 1988 a 2003. A ênfase (até por uma questão cronológica) é na década de 90, em que os “rocks” da primeira fase deram lugar a uma linha mais “melódica”, a partir de “Out of Time” (1991). Todo mundo se lembra de “Losing My Religion” e “Shiny Happy People”, com Kate Pierson (dos B-52’s; a mesma de “Candy”, do Iggy Pop). Quem puxava os lançamentos, naquele então, era a incipiente MTV Brasil (tinha começado em outubro de 1990) e a imagem dos videoclipes é imediatamente associada à das canções. Até “Man on the Moon” (que fomos descobrir, anos depois, era uma homenagem a Andy Kaufman, encarnado por Jim Carrey no filme homônimo, de 1999); depois disso, a coisa se diluiu e a MTV não deu mais as cartas (pelo menos, em matéria de música). “Automatic for the people” (1992), arranjado por John Paul Jones (ex-baixista e tecladista do Led Zeppelin), seguia na mesma linha ascendente, com, por exemplo, “Drive” e “Try Not To Breathe” (que inexplicavelmente também não estão na coletânea). Outros álbuns se seguiriam e algumas declarações de Michael Stipe sobre sua homossexualidade, mas a retomada aconteceria com “Reveal” (2001), do qual constam “All The Way To Reno” e “Imitation of Life”. O CD se encerra nesse ponto, que igualmente abarca as excepcionais “Bad Day” (nostalgia dos anos 80?) e “The Great Beyond”. Como toda coletânea ou lista, não cumpre o que promete, mas, ao menos, consegue gerar alguma discussão. [Comente esta Nota]
>>> In Time: The Best of R.E.M. - Warner
 



Além do Mais >>> Saúde positiva
Estresse, como tantas outras palavras contemporâneas, virou termo de literatura de auto-ajuda. Assim, ao ver um livro que tem “estresse” na capa, desconfiamos de imediato – afinal, é uma palavra-chave para vender “slogans” superficiais e ludibriar os incautos. Não é o caso, no entanto, de “O fim do estresse como nós o conhecemos” (2003), de Bruce McEwen e Elizabeth Norton Lasley, pela Nova Fronteira. A começar pelo prefácio, assinado por Robert Sapolsky, um dos maiores especialistas (sérios) no assunto, radicado em Stanford. Ou seja: se você sofre com estresse e quer saber como se remediar desse mal, sem apelar para a psicologia de revistas femininas e para os lugares-comuns repetidos na televisão, esse é o seu livro. Talvez não seja tão óbvio, mas o estresse, segundo contam McEwen e Norton Lasley, surge da situação denominada “de luta ou fuga”. Remonta ao nosso passado animal e significa que, desde o momento em que nos levantamos (a primeira situação estressante do dia) até um pronunciamento em público, uma reunião de trabalho, uma entrevista decisiva – todas essas experiências, em que somos postos à prova (também vale na escola), disparam no corpo um alarme que automaticamente se prepara para fugir ou lutar. Como faziam nossos ancestrais, quando tinham de caçar ou pescar e encaravam cenários adversos. Uma vez que o estresse é inevitável (assim como viver é inevitável) e até mesmo necessário, os autores ensinam a evitar o chamado “estresse total”. Afinal, é uma questão de lógica: uma máquina (no caso, o corpo humano) trabalhando em pleno vapor (sempre a “fugir” ou a “lutar”) atinge a exaustão e os resultados são: depressão, baixa imunidade (doenças variadas) e até morte. (O livro reporta casos de emoção muito forte, que, baixando a pressão, parou o coração e, obviamente, levou à morte.) A receita, em poucas palavras, é a mesma de sempre: não fumar, beber o mínimo possível, consumir poucas gorduras e exercitar-se. A diferença é a abordagem fundamentada, partindo de pesquisa científica, e contando a história desde o começo, com gente que estava lá. [Comente esta Nota]
>>> O fim do estresse como nós o conhecemos - Bruce McEwen e Elizabeth Norton Lasley - 267 págs. - Nova Fronteira
 

>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO*** RECOMENDA
(CN - Conjunto Nacional; VL - Shopping Villa-Lobos)


>>> Noites de Autógrafo
* Dona Veridiana - Luiz Felipe d'Avila (5ª f., 29/1, 18h30, CN)
* Yolanda - Antonio Bivar (5ª f., 29/1, 18h30, CN)

>>> Palestras
* E-Gov - A Próxima Revolução Brasileira - Ali Chahin, Maria Alexandra Cunha, Peter Knight e Solon Lemos Pinto (4ª f., 28/1, 19hrs., VL)

>>> Shows
* Um Trio ViraLata - Marcelo Costa, Vitor Lopes e Guga Murray (Dom., 1º/2, 18hrs., VL)

** Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos: Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional: Av. Paulista, nº 2073

*** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
28/1/2004
00h40min
Em 'Saúde Positiva' (Além do Mais), o que o autor chama de 'estresse total' já tem denominação: é o distresse, um estresse ruim (fazendo-se um paralelo com o colesterol ruim, que anda em moda), uma espécie de degeneração ou acentuação do estresse, ruim porque a pessoa não mais tem consciência ou controle sobre ele.
[Leia outros Comentários de Bárbara Pollacsek]

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