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Sexta-feira, 4/4/2008
Digestivo nº 361
Julio Daio Borges
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Cinema >>> O assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford
O Jesse James de Brad Pitt é uma crônica do grande homem. De como o grande homem, mesmo sendo um "fora-da-lei", sobrevive após a morte, como lenda, e, no seu caso, como mito fundador de um país. Robert Ford matou Jesse James, é verdade, mas, conforme fala o narrador do longa, quem se lembra dele? Entrou para a história como covarde, se é que entrou... Não se fazem mais grandes homens como antigamente; os medíocres venceram, dizem os pessimistas. A mediania triunfou, para usar uma expressão cara a Nélson Rodrigues. O assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford fica, então, como alegoria do tempo em que grandes homens andavam sobre a Terra. Brad Pitt, como Jesse James, foi louvado em prosa e verso, mas não faz muito mais do que o durão — canastrão? — que sempre fez. A revelação é, mesmo, Casey Affleck, irmão de Ben, surgido em Gênio Indomável (ao lado de Matt Damon), que tenta emprestar alguma complexidade ao covarde da história — e consegue. Quem tenta prejudicar o grande homem, além de não conseguir (no fim das contas), revela a sua pequenez, e nada mais que isso — mas Casey Affleck chama a atenção, desde o início, para o seu "grande" projeto (matar Jesse James), realizando-o finalmente, e passando o resto do tempo como uma alma penada sobre a Terra... O clima tem um quê de funéreo, os diálogos são feitos do inglês truncado dos cowboys e a simplicidade do ato em si (matar Jesse James) contrasta com a transcendência da morte (dele) e do impacto social dela. Hoje, o politicamente correto implicaria com o "covarde" do título da fita e o pessoal dos "direitos humanos" protegeria Robert Ford de possíveis maus tratos (dentro ou fora da cadeia). O pequeno homem, hoje, todo mundo finge que não vê, pois apontá-lo é feio; já o grande homem, infelizmente, ninguém mais reconhece... [1 Comentário(s)]
>>> O assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford
 



Gastronomia >>> Churrascaria Ponteio Grill, 30 anos
Reza a lenda que os gaúchos Gelso Luiz Pilatti, do Ponteio Grill, e Arri Coser, do Fogo de Chão, um dia dividiram o mapa de São Paulo, disputaram, efetivamente, um mesmo espaço próximo ao aeroporto de Congonhas e, para a felicidade geral da Nação, consagraram, na nossa gastronomia, o churrasco (e o rodízio) do Rio Grande do Sul. O Fogo de Chão está dominando, agora, os Estados Unidos, e o Ponteio Grill está comemorando, desde 2007, 30 anos de sua sede na avenida Imperatriz Leopoldina, esquina com Queiroz Filho, na Lapa. Num amplo salão estilo inglês, para até 400 pessoas, o Ponteio é bastante conhecido pelo entrecôte argentino e pelo carré de cordeiro, em quase vinte tipos de carnes que oferece. Teve decoração original do badalado arquiteto Sig Bergamin e introduziu o onipresente bufê de saladas (com, hoje, 35 variantes), demonstrando uma preocupação original com os não-carnívoros e oferecendo, mui corretamente, bacalhau em partes, ostras frescas e anéis de lula, entre outras iguarias oriundas do mar. E se a casa tem três décadas, o barman tem 28 anos de Ponteio, alternando-se entre a adega completíssima e o piano-bar, onde happy hours decidem os destinos de muitos negócios, em meio a porções de pasteizinhos crocantes, camarões grelhados, lingüiças e picanhas (para quem não quer encarar o rodízio, diretamente, em toda a sua diversidade). E, antes que vire moda, vale dizer que o Ponteio Grill introduziu, igualmente, o bufê de sobremesas (no lugar do velho carrinho) — e, neste momento, prepara uma surpresa gastronômica, assinada, de aniversário... E, ainda, quando todo mundo pensava que o conceito de churrascaria havia se esgotado, a Ponteio Grill reintroduziu o silêncio, a tranqüilidade e a serenidade, sem perder a tradição. [Comente esta Nota]
>>> Churrascaria Ponteio Grill
 



Música >>> Ó do Borogodó interpreta Altamiro Carrilho
O Ó do Borogodó, para quem não sabe, é um bar que fica atrás do Cemitério São Paulo (Cardeal Arcoverde com Henrique Schaumann). Conhecido por sua animação, apesar da vizinhança quietíssima, deu à luz o grupo de mesmo nome, o também Ó do Borogodó, que acaba de soltar um CD em homenagem a Altamiro Carrilho, pela Lua Music. Formado por Alexandre Ribeiro (clarinete e clarone), Ildo Silva (cavaquinho), Lula Gama (violão) e Roberta Valente (percussão), o Ó do Borogodó pende mais para o chorinho, mas tem uma versatilidade que permite se sair igualmente bem em outros ritmos brasileiros ("Baião na Síria", "Esquerdinha na Gafieira" e "Bem Brasil", todas de Carrilho, é óbvio, confirmam). Lembranças de Pixinguinha, evidentemente, e de Villa-Lobos, não tão evidentemente, vêm à tona quando o grupo diminui a marcha do virtuosismo, como em "Atraente", "Carioquinhas do Choro" e "Lyra" (a "Rosa" de Altamiro Carrilho). O próprio compositor, alegremente, dá o ar da graça em "Não resta a menor dúvida", um chorinho com "paradas", uma espécie de fuga e o cromatismo saudável do gênero e de uma quase fantasia. E quando se imaginava que a aventura iria se encerrar apenas no instrumental, a voz de Verônica Ferriani surge, acompanhada por Léo Rodrigues (tamborim) e Cebola (tantã). Numa letra, aparentemente, pré-bossa-novista, evoca temas contemporâneos mas através de palavras nem tanto: "ingratidão", "perdão", "solidão"... Nada falta nesse Ó do Borogodó, se até o acordeom (de Bombarda) marca presença na forrozeira "Gracioso". Entre tantos discos indecisos, este tem começo, meio e fim — o que, às vezes, é um alívio. [1 Comentário(s)]
>>> Ó do Borogodó interpreta Altamiro Carrilho
 

 
Julio Daio Borges
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