Digestivo nº 431 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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Sexta-feira, 4/9/2009
Digestivo nº 431
Julio Daio Borges
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Internet >>> Por uma comunicação mais lenta, um manifesto de John Freeman
O poeta escocês Don Paterson conta que um amigo acaba de aderir à "internet banda larga", mas que seu aspecto anda péssimo. Encontrou-o, outro dia, com o rosto pálido e os olhos injetados. Seu amigo não dorme mais, passa dias e noites fazendo downloads. Quer recuperar todos os discos que um dia teve, perdeu, desejou ou que, remotamente, chamaram sua atenção. Ele, na verdade, nem tem paciência para ouvi-los, anda obcecado por uma tal de "progress bar". É como se todos seus aniversários tivessem chegado ao mesmo tempo — e é talvez por isso, insinua Don Paterson, que seu amigo está com um aspecto quase moribundo... Quem nos traz essa história é John Freeman (na lembrança de Tiago Dória), a propósito do lançamento de seu livro A Tirania do E-mail (ainda sem tradução no Brasil). Freeman usa o e-mail como exemplo, mas sua reclamação é contra a "velocidade", a pressão por "produtividade" e o desejo de "crescimento" infinito em nossos dias. Talvez na contramão do onipresente Free, de Chris Anderson, Freeman (que ironia) nos alerta que, embora as opções sejam cada vez em maior quantidade, nossa vida é finita, nosso tempo é limitado e, portanto, temos de fazer escolhas. Não podemos ter tudo, nem mesmo com toda a tecnologia — e principalmente, como já disse Schopenhauer, não podemos querer tudo o que queremos. Segundo Freeman, abdicamos da nossa vida pessoal, ignoramos os sinais do nosso próprio corpo e nos afastamos da nossa realidade mais profunda em nome de um frenesi tecnológico, que aparentemente proporciona mais oportunidades e mais recompensas — mas a que preço? O e-mail — ou o que ele representa para Freeman — está nos escravizando, fomos afastados das pessoas com quem deveríamos conviver e não temos mais paz de espírito. Conectados, "on-line", plugados... chamem do que quiserem, John Freeman, também editor da revista Granta, conclui que estamos vendendo nossas almas para estar eternamente disponíveis. Valeria a pena? [2 Comentário(s)]
>>> A Manifesto for Slow Communication
 



Música >>> Vagarosa, de Céu
Se você não sabe qual das novas cantoras de música brasileira escolher, despreze olimpicamente a maioria delas e concentre-se na Céu. É provavelmente a única que não ficou presa no cânone da MPB dos anos 60, não se espelha obsessivamente na Marisa Monte dos anos 90 e nem tenta pegar o vácuo da ressurreição eletrônica da bossa nova nos anos 2000. Num momento em que até as velhas divas perderam o rumo — porque seus principais compositores perderam igualmente o rumo —, Céu traz uma nova proposta, inspirada no balanço do reggae e nas levadas do funk, na sofisticação do jazz e na tradição do melhor samba, com pitadas inteligentes de música eletrônica. Seu segundo CD, Vagarosa, soa diferente de tudo o que está aí, provocando um saudável estranhamento inicial até em ouvidos experimentados. Não apela para a batida fórmula de "voz e violão", não se entrega ao romantismo cafona das trilhas de novela e nem precisa do cansativo axé da Bahia para se sustentar. Céu não parece ter crescido no Brasil das últimas décadas — ao menos, musicalmente. Não há nela, por exemplo, nenhum ranço de Roberto Carlos (a efeméride mais caduca deste ano), Caetano & Gil (um não conseguiu se recuperar da separação; o outro, do MinC) ou mesmo Nelson Motta (depois de Noites Tropicais, todas as arrivistas sem talento querem fazer parte de sua biografia). Fora os horrores do sertanejo universitário, dos religiosos cantores e das dançarinas multi-uso — Céu também passa longe do mau gosto do Brasil das classes C e D. É a intérprete, e a compositora, que a gravadora Trama gostaria de ter lançado; que Maria Rita poderia ter sido (se tivesse um programa mais definido); e cuja independência as veteranas hoje almejam, porque Céu parece ter identidade própria, quando todo mundo navega ao sabor do vento. Nossa esperança é a de que, justamente, Céu não caia nas garras do mainstream, de um "padrinho" ou mesmo de uma major. Não podemos perder mais uma para o sistema (como já perdemos tantas)... [3 Comentário(s)]
>>> Vagarosa
 



Gastronomia >>> Hideki, o restaurante e seu chef
Hideki Fuchikami era mais um descendente de japoneses que imigraram para o Brasil, no início do século passado, e se estabeleceram no interior de São Paulo. Seus pais não construíram a fortuna que imaginavam, ainda em sua terra natal, mas Hideki, mesmo assim, quis vencer na capital. Mudou-se com o desejo mais íntimo de ser cantor, mas com a promessa, a seus genitores, de cursar direito. Era 1979 e, como Hideki não tinha dinheiro, decidiu trabalhar num restaurante, que oferecia, além das refeições, um lugar para dormir. Era o começo de sua saga no Yashiro, o tradicional japonês. Encarando turnos de 20 horas, sem folga, ou até de 36 horas, em feriados, Hideki passou seis anos conhecendo o ofício. Findo o aprendizado, partiu para o Japão, na expectativa de encontrar o presidente da Associação de Culinária Japonesa. Encarou novos turnos de 16 horas ininterruptas e passou, ao todo, dez anos no país do sol nascente. Em Tóquio, aprendeu mais sobre temperos e o "niguiri"; em Osaka, descobriu a arte dos prensados e enrolados; e, em Kyoto, soube o que era um menu degustação mais tradicional. Regressou ao Brasil no fim da década de 90, para o mesmo Yashiro, onde se sagrou Sushiman Campeão Brasileiro e onde passou outros cinco anos. Finalmente, em 2002, abriu seu próprio restaurante, o Hideki, no bairro de Pinheiros. E, há três anos, abriu uma filial em Moema. Hideki tem, hoje, 30 anos de experiência como sushiman. Apesar da cara de menino, tem muita vivência e um senso de humor bastante afiado. Sua conversa é interessante, sua bagagem permite dizer se um tipo de peixe vai ou não pegar no mercado brasileiro e ele priva, atualmente, da amizade de outros grandes chefs como Alex Atala. Ao contrário de muitos japoneses com decoração espalhafatosa, Hideki prefere apostar na variedade, oferecendo um bufê incomparável em número de opções. O Hideki é, hoje, um dos eleitos pela exigente colônia; e ninguém se espante se o seu chef continuar sua expansão a passos largos... [Comente esta Nota]
>>> Hideki
 

 
Julio Daio Borges
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