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Quarta-feira, 22/8/2001
Digestivo nº 46
Julio Daio Borges
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Imprensa >>> Na contramão da História
Até que enfim surge uma alternativa à Veja, à IstoÉ e à Época. Até que enfim uma revista para se ler com gosto, sem ter de engolir a mesmice, o sensacionalismo e a mediania. Até quem enfim Carta Capital deixa de ser quinzenal para circular aos sábados. Mino Carta está se reinventando mais uma vez, e provando que o brasileiro não vive só de caras e bundas. Logo na estréia, o olhar lúcido e revelador: mostrando o namoro entre o PT e os Empresários; exumando Glauber Rocha e suas ligações com os Militares; inventariando os empreendedores do Ensino Superior; apontando porque o Esporte cretiniza o Homem; detalhando as rusgas entre o MP e o E-commerce; debatendo as "pegadinhas" da Televisão. Tudo isso no mais alto nível, destoando (como antes, de quinze em quinze dias) do tom monocórdio da Impressa Brasileira, que vive de semi-escândalos, da pseudo-comoção pública e do tititi entre celebridades. Tudo isso por meio de textos agradáveis, legíveis e bem escritos. Na colunas, Delfim Netto destrona brilhantemente FHC; Bob Fernandes tenta a reabilitação de Parreira; Nirlando Beirão esboça a campanha dos presidenciáveis; Nicolau Sevcenko reexamina a Medéia de Eurípedes; Thomaz Wood Jr. resenha o trash management; e Planeta Rio conta quando Cacá Diegues pediu Nara Leão em casamento. Pois bem. Parece impossível que tamanha inteligência e tamanho número de insights possam ser repetidos semanalmente, nas bancas de jornal do Brasil. Espera-se, na verdade, que os leitores que clamam por um País melhor comprem e assinem a revista, viabilizando-a e estabelecendo um patamar de excelência onde hoje grassa a burrice e os baixos instintos. É dar a César o que é de César. E ponto final. [Comente esta Nota]
>>> Carta Capital
 



Imprensa >>> Sonhos d'ouro
A internet, como miragem, utopia ou sonho, parece que acabou. O que sobrou então? Ninguém sabe ao certo. Ninguém soube nunca. Ninguém nunca saberá (?). Por um lado, sopram os ventos do business, do comércio on-line, do marketing direto. Eles vêem a internet como uma rede de distribuição, como um canal de escoamento, como mais um ponto de vendas. O fato é que os anseios por um espaço livre, desvinculado da realidade, aberto a experimentações é hoje quase um projeto alienígena, alucinatório, no mínimo, fora de moda. Como na televisão, parece que as iniciativas vão se concentrando nos dois extremos: ou a intenção é amplamente capitalista, de acumulação de cifras, estatísticas e e-mails; ou, na via oposta, cultiva-se um ideal informativo, educacional, às vezes, de formação. Tanto uma visão quanto outra é por demais simplificadora, reducionista (como os intelequituais costumam dizer). Sendo a internet um meio tão (aparentemente) cheio de possibilidades, será possível que só lhe resta uma vocação ou 100% venal ou 100% abstrata (no mundo das idéias)? O jornalismo, por mais cínico e auto-congratulatório, parece se apresentar como alternativa, visando conciliar essas duas esferas (supostamente) inconciliáveis. Trocando em miúdos: é talvez factível produzir lucro e inteligência, ao mesmo tempo, malgrado a tevê e os semanários de celebridades e factóides. O "virtual" não está morto, dado o seu confronto com o "real", está duramente (isso sim) adaptando-se a ele. A internet não é mais alternativa, ou pelo menos, "a alternativa". Num tombo de milhões (ou de bilhões), ela percebeu que, se continuar devaneando, vai cair do cavalo. Mais ainda. Ao mesmo tempo, não pode entregar os pontos e covardemente começar a imitar as demais mídias que estão aí. Sua missão é melhorá-las e, se temer mais uma crise de 1929, vai acabar como a televisão: um presente para se envergonhar, um futuro que ninguém sabe e um passado de grandes possibilidades (desperdiçadas). [Comente esta Nota]
>>> The Economist
 



Cinema >>> Sete vezes Sete
Nada como o DVD para revitalizar a discussão sobre os clássicos. Sete Homens e um Destino está luzindo nas prateleiras e trazendo de volta toda a mítica em torno de Yul Brynner, Steve McQueen e seus cinco comparsas, dentre eles, Charles Bronson e James Coburn. É preciso entender o que fascinou gerações e gerações de admiradores, que têm o filme como marco, no baú de referências cinematográficas. Em primeiro lugar, o caráter sólido e a integridade inquebrável das personagens, que preferem morrer (e morrem) a entregar-se aos desígnios do inimigo. Em segundo lugar, a concentração e a convicção (imperturbáveis, tipicamente orientais) que lhes garante as respostas certas, e os passos certos, quando o momento é de dúvida e de confronto. Em terceiro lugar, a história em si que, mesmo em sua simplicidade esquemática, é perfeita. O longa tem seis momentos bem definidos e um olhar treinado consegue identificá-los com facilidade: no início, como não poderia deixar de ser, o caos; logo depois, os heróis são apontados (e apresentados); então, vem a preparação para o enfrentamento; em seguida, o primeiro embate (bem sucedido); conseqüentemente, o descuido, a captura e a humilhação; por fim, a reviravolta e o desfecho glorioso. É notável o cuidado que se tem em humanizar os Sete Homens, à medida que o épico se desenvolve, mostrando que por trás de seus dons infalíveis e de sua aparência inabalável reside uma alma atormentada, um espírito sensível. A moral (no final) é conservadora, no que proclama, mas não no que consagra: Charles Bronson diz que havia muito mais coragem em cultivar a família, a terra, a casa do que em ser um mercenário, em busca de aventuras; porém, o que fascina mesmo, até Eli Wallach (o bandido), fica registrado no seu último suspiro (que é também o da platéia): um homem como você (Yul Brynner) lutando por uma causa dessas? É fato. O magnífico, o magnificente, não cabe numa luta, não cabe numa disputa, não cabe num faroeste. No máximo, ensina, orienta, serve como modelo. Mas, pensando bem, é o que se tem feito desde a estréia do filme, em 1960. E, pensando bem, é o que se continuará fazendo, por muito tempo. [Comente esta Nota]
>>> The Magnificent Seven
 



Música >>> Quando Zumbi chegar
Charles Gavin, baterista dos Titãs, quem diria, tem sido o grande bem-feitor da geração que denominou "Samba & Soul", resgatada dos porões das gravadoras para o CD, para o público de agora. Mercadologicamente falando, o momento é oportuno para relançar clássicos de Jorge Ben, desde Samba Esquema Novo até África Brasil. Ainda mais se considerada a escalada da estética "Trama" que, com os filhos de Wilson Simonal, Elis Regina, Ronaldo Bôscoli e Jair Rodrigues, vêm tomando de assalto o mercado paralelo de São Paulo e do Rio de Janeiro. (É apenas questão de tempo para que eles sejam todos alçados ao mainstream e à popularidade absoluta.) Independentemente disso, a atitude de Gavin é de se louvar, pois, corajosamente, ele tem feito a ponte entre os grandes executivos do disco (sedentos e famintos) e o consumidor especializado, que tenta se refugiar na riqueza rítmica e experimental dos Anos 60 e 70 (enquanto o século XXI se repete em padrões pré-programados). Não é pouca coisa ressuscitar artistas fora de catálogo, em plena era do MP3, e da pirataria desenfreada (incontível) de CDs, que promete transformar o Brasil num grande Paraguai sonoro (em que nada se cria, tudo se copia). Enfim. Samba Esquema Novo fez Gilberto Gil chorar, e quase provocou sua aposentadoria precoce, dado o jeito inimitável de Jorge Ben tocar. Seu caso é raro porque, embora não tenha sido sufocado pela baianidade (Caetano Veloso gravou-o a cada um ou dois álbuns), Jorge Ben acordou destituído de toda fama e glória, de modo que ninguém atualmente sabe a medida de sua importância. África Brasil é o testamento do compositor, com uma banda no auge da ebulição, em condução desenfreada. Além da música, estão presentes o característico bom humor e as rimas inusitadas. (Jesus Corrêa, Anabela Gorda e Airto Miró que o digam.) [Comente esta Nota]
>>> Clique Music
 



Gastronomia >>> O Conselheiro também come (e bebe)
O futuro será dos bancos, dos grandes conglomerados e das empresas de cartões de crédito. A julgar pelos nomes dos novos estabelecimentos em São Paulo, isso não está muito longe de acontecer: Credicard Hall, Direct TV Hall e Unibanco Arteplex são alguns dos exemplos. Aliás, junto com o complexo de cinema do Shopping Frei Caneca, foi inaugurado o Visa Gourmet Center, um espaço para comes & bebes. São três propostas e três faixas de preço, embora a cozinha e a filosofia seja a mesma. A julgar, porém, pelo movimento do Bertolini (o mais chique deles), numa sexta-feira, na hora do almoço, há que se perguntar o quanto uma iniciativa isolada no último andar de um centro comercial freqüentado por um público vermelho consegue sobreviver. Por enquanto, a sugestão é aproveitar a disponibilidade do maître, dos garçons e praticamente do cozinheiro para viver momentos em que a dedicação é quase exclusiva. O Bertolini é aquele tipo de restaurante cujos pratos vêm laboriosamente arranjados, onde os alimentos são dispostos como numa composição pictórica: os molhos pintando a louça e espalhando-se até as extremidades; a comida no centro, produzindo formas geométricas e invariavelmente simétricas. Gastronomicamente falando, ninguém vai se arrepender de escolher a salada com pato (na entrada), o Namorado no Vapor (como prato principal), um filé de peixe que vai fazer rir no dia 12 de junho, e o Tiramissú (como sobremesa), um doce impecável, que parece insuficiente à primeira vista mas que rende na medida certa. Enfim, o Bertolini compensa o menu provavelmente mais caro do Frei Caneca. E também a resistência (não se sabe se acidental) em escolher um nome que não seja puro plastic money. [Comente esta Nota]
>>> Bertolini - Shopping Frei Caneca - R. Frei Caneca, 569 - 3º andar
 
>>> DIGA O SEU NOME E A CIDADE DE ONDE ESTÁ FALANDO
Maria de Lourdes, de Mangue Seco: "Eu acredito que um dia Mangue Seco vai acabar comido pelo mar e pela areia. Mas, antes de chegar à minha casa, a areia vai ter de chegar na casa do vizinho da frente. Quando isso acontecer, penso no que fazer."
 
Julio Daio Borges
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