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Quarta-feira, 16/2/2011
Obras Escolhidas de Descartes, pela editora Perspectiva
Julio Daio Borges
+ de 11300 Acessos
+ 2 Comentário(s)




Digestivo nº 476 >>> De Descartes, na escola, sobrou o plano cartesiano. Ou, talvez, a maneira cartesiana de escrever. Introduzindo, desenvolvendo, concluindo. Em francês, os chamados récits... Mas Descartes é muito mais que isso. Basta dizer que, na Filosofia da USP, ele tem prioridade em relação a todos os outros filósofos. Seu "método" tornou-se uma chave, para se compreender, ainda hoje, filosofias as mais diversas. Marilena Chaui, até pouco tempo, ficava encarregada das aulas espetáculo a respeito de Descartes. Afinal, suas obras estão para a História da Filosofia assim como o Renascimento está para a História da Arte. Descartes misturou o empirismo, da ciência moderna, com o pietismo da escolástica, criando uma nova metafísica, pautada pela dúvida sistemática. Tendo quase encontrado Galileu pessoalmente, surpreende que Descartes seja tão respeitoso para com a religião (Diderot, igualmente, observa). Como alguns cientistas até hoje, Descartes considerava que a ciência e a religião ocupavam domínios distintos, que não se interpenetravam... A presente edição, de suas Obras Escolhidas, pela editora Perspectiva, não deixam nada a dever à edição canônica de La Pléiade, da editora Gallimard. Nela, estão, claro, o Discurso do Método, as Meditações (incluindo Objeções e Respostas), As Paixões da Alma, as Regras para a Direção do Espírito, além da Geometria e da Correspondência Selecionada. Chamam a atenção, ainda, os excertos da "primeira biografia", nas páginas finais do volume. Através dela, ficamos sabendo que Descartes "sempre recusou toda espécie de títulos" (embora carregasse o atributo de "Senhor de Perron"). Chegou "atrasado" em relação ao "chanceler" Bacon (Diderot também concordaria). Não tardou a ser transformado em "Cartesius" (versão latina de seu nome). E desconfiou do silogismo aristotélico desde os bancos escolares. Aprendeu a dividir as coisas "ao máximo", "para melhor resolvê-las". Renunciou aos livros, mais de uma vez. ("Não pretendia reformar outra coisa a não ser seus próprios pensamentos".) E procurava a verdadeira ciência "no grande livro do mundo". Escolheu "um gênero de vida que estivesse em conformidade com sua vocação". E "que fosse cômodo para a realização de seus propósitos". Acabou concluindo que "todas as extremidades nas ações morais" eram "viciosas"... Enfim: Descartes, cuja influência nunca deixou de ser sentida, está, de novo, entre nós ;-)
>>> Obras Escolhidas de Descartes
 
Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
20/1/2011
13h25min
"Descartes considerava que a ciência e a religião ocupavam domínios distintos, que não se interpenetravam" - mas, no entanto, fundava a possibilidade de haver ciência, a possibilidade de se conhecer a verdade, na existência de Deus. Se não me engano, ele chega a deduzir regras para astronomia das propriedades divinas. E se por um lado havia certo caráter empírico em Descartes, ele sobremaneira confiava na razão. Sua teoria sobre a luz é inferior à de Newton precisamente por isso. Newton chegava a enfiar tocos de madeira nos olhos para avaliar os resultados... Mas, de todo modo, parece muito interessante essa edição completa. Tomara que tenham retomado a tradução do Bento Prado com notas do Lebrun, que havia na edição antiga dos "Pensadores"; e que haja todas as respostas e objeções das "Meditações" - nessa antiga edição, só havia as segundas e quintas.
[Leia outros Comentários de Duanne Ribeiro]
23/2/2011
18h17min
Tive o mesmo incômodo de Duanne, acima. Como assim, Julio, "Descartes considerava que a ciência e a religião ocupavam domínios distintos, que não se interpenetravam..."? O fundamento do raciocínio no "Discurso do Método" e nas "Meditações" está, em última instância, na religião. A certeza do Cogito de Descartes se baseia na não existência de um Deus enganador, na certeza de um Deus que nos permite saber que existimos porque límpida e claramente somos uma "coisa pensante". Vários capítulos das meditações desenvolvem a tese (genialmente exposta, aliás, bem mais que o resumo que faço aqui) de que Deus é uma certeza científica, clara e evidente, porque é a existência de Deus e da perfeição que nos faz ver como somos imeprfeitos e finitos. (Hume, se não me engano, diria o contrário: se temos a noção de perfeição é a partir da consciência de que somos falhos.)
[Leia outros Comentários de SLeo]
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