| Mais Recentes >>> Alice No Pais Da Mentira de Pedro Bandeira pela Atica (2005) >>> Vamos Brincar De Roda de Palavra Cantada pela Caramelo (2009) >>> Navegando Com O Sucesso de Vilfredo Schürmann pela Sextante (2009) >>> O Mercador De Veneza de William Shakespeare pela Lacerda (1999) >>> A Culpa E Das Estrelas - Capa do Filme de John Green pela Intrinseca (2014) >>> Crônicas De Um País Bem Grande de Bill Bryson pela Companhia Das Letras (2001) >>> O Pensamento Vivo de Maquiavel de Conde Carlo Sforza pela Livraria Martins (1975) >>> Cultura, Substantivo Plural - Ciência Política, História, Filosofia, Antropologia, Artes, Literatura de Luiz Costa Lima pela 34 (1996) >>> Crescendo - Hush, Hush - Vol. 2 de Becca Fitzpatrick pela Intrinseca (2011) >>> Cuba - Guia Visual Folha De São Paulo de Folha De São Paulo pela Publifolha (2010) >>> Cruz das Almas de Donald Pierson pela Jose Olympio (1966) >>> Leonardo Da Vinci de Walter Isaacson pela Intrínseca (2017) >>> Elon Musk de Ashlee Vance pela Intrinseca (2015) >>> A Volta ao Mundo em 80 dias de Júlio Verne de Dauvillier - Soleilhac - Jouvray pela Salamandra (2012) >>> Pinóquio de Winshluss pela Globo (2012) >>> Noites Do Sertão de João Guimarães Rosa pela Nova Fronteira (2016) >>> Literatura Portuguesa (Ensino médio) de William Cereja, thereza Cochar pela Atual (2009) >>> Trabalhando Com A Inteligência Emocional de Daniel Goleman pela Objetiva (2001) >>> Coleção com 3 livros: Pai Rico Pai Pobre + O Negócio Do Século XXI + Os Segredos Da Mente Milionária de Robert Toru Kiyosaki, T. Harv Eker pela Campus Elsevier, Sextante >>> Reconstruindo Lênin. Uma Biografia Intelectual de Tamás Krausz pela Boitempo (2017) >>> A Sociedade Punitiva de Michel Foucault pela Folha de S. Paulo (2021) >>> Cafe Da Manha Dos Campeões de Kurt Vonnegut pela Intrínseca (2019) >>> Ladinos E Crioulos de Edison Carneiro pela Folha de São Paulo (2021) >>> Leonardo Da Vinci de Walter Isaacson pela Intrínseca (2017) >>> A Razão Africana - Breve História Do Pensamento Africano Contemporâneo de Muryatan S. Barbosa pela Todavia (2020)
|
|
DIGESTIVOS
>>> Notas >>> Televisão
Quarta-feira,
21/11/2001
Arte é intriga
Julio
Daio Borges
+ de 2200 Acessos
|
Digestivo nº 57 >>>
Casa dos Artistas. Só se fala nisso. O nome não diz muita coisa. E nem o programa. O fato é que Silvio Santos está, mais uma vez, se afirmando como o único gênio da televisão brasileira. A idéia é simples: juntar “artistas” mais ou menos conhecidos, que apelem ao público a cada episódio, como numa novela. O dono do SBT percebeu como o povo acompanha, cada dia mais sôfrego, os seus ídolos: seja nos semanários de fofocas e “celebridades”; seja na “teledramaturgia” das seis, sete ou oito; seja nas atrações que vivem de perseguir e espremer “personalidades” atrás de intimidades ou segredos. A Globo, desde a sua conversão ao popularesco, com o advento de Marluce Dias, vem perdendo terreno. E a tendência é que perca cada vez mais. Quando abandonou o “padrão”, estabelecido por Boni, desceu ao patamar de ratinhos, gugus e hebes. É como se Roberto Marinho tivesse montando uma barraquinha e se prestasse a competir com o único camelô vocacional: Senor Abravanel. Dele, não tem como ganhar. Lamenta-se sempre, contudo. Não pela tevê, que é uma causa perdida, um aparelho que serve apenas para medir o Q.I. de quem assiste, eternamente abaixo da média. O que há de lamentável é que existam pessoas, milhões delas no Brasil, com uma vida tão culturalmente miserável que prefiram acompanhar os movimentos de “artistas” sem nenhuma importância a qualquer outra atividade mental ou intelectual. Esse é o verdadeiro retrato da educação no País. E não quantos vão à escola, quantos terminam o segundo grau, quantos saem da universidade. Basta observar: são milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares de cidadãos “diplomados”, com terceiro grau “completo”, às vezes “pós-graduados”, se debruçando sobre as cretinices do cantor de rock, as criancices da modelo, as idiotices da apresentadora de TV. E ninguém mais se envergonha. Pelo contrário: ostenta a pecha de ter “visto”, “acompanhado”, “sentido” todo esse repertório de coisas descartáveis. É o que se chama de consumidor. (Serve para “consumir”, não serve?) E ai de quem não remexer nesse lixo que é a programação das emissoras de sinal aberto. Há uma fábula ilustrativa a esse respeito. Conta de um sujeito que, numa aldeia, era o único que enxergava, pois possuía olhos. Posteriormente, teve-os arrancados – justamente por todos os outros habitantes, que eram cegos. Eis o século XXI. A burrice nunca foi tão consagrada, e a inteligência, tão combatida.
>>> Casa dos Artistas
|
|
Julio Daio Borges
Editor
Quem leu esta, também leu essa(s):
01.
Os Arquivos Snowden, de Luke Harding (Internet)
02.
A Grande Ilusão, com Sean Penn (Cinema)
03.
Meu sonho é chegar à perfeição de uma Ciranda Cirandinha (Música)
* esta seção é livre, não refletindo
necessariamente a opinião do site
|
|
|
|