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Domingo,
22/11/2015
Asas do desejo: ode a Wim Wenders - Filmes
Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
+ de 900 Acessos
Dos nimbos de Berlim, das alturas de Tóquio,
do azul sobre o Rio de Janeiro, de todos os céus,
vez por outra, tombam anjos desejosos
de humanidade.
Eles descem a corredeira do tempo.
Alguns se ferem. E toda paixão termina. E logo
se incendeia. Livre para o amor torna-se o corpo
ao momento da queda.
Os anjos saem mundo afora.
Sopram nossos ombros.
Apaixonam-se pelas trapezistas.
Nas bibliotecas, ao lerem a história do mundo,
surpreendem-se com a vida dos mortais:
Tantos séculos se passaram.
E não sabem o que é o tempo.
Pra que tantos escritos, se não conseguem
soletrar a vida?
Tentando entendê-los, atiro meu relógio
na lixeira. Eu, que também escrevo livros,
disponho-me então a gravar na areia o primeiro
verso de um poema inacabado:
Do amor, quisera eu
(Poema do livro VAZADOURO. São Paulo: Escrituras, 2011)
Postado por Mirian de Carvalho (e-mail: [email protected])
Em
22/11/2015 às 09h47
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