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Segunda-feira, 28/7/2014
Daily Rituals - How Artists Work, by Mason Currey
Julio Daio Borges
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Digestivo nº 502 >>> Produtividade pessoal é um tema da vida moderna. Com o fim das divisões estanques entre ambiente de trabalho e vida pessoal, precisamos encontrar um novo equilíbrio. Também com as interrupções frequentes de celulares, messengers e e-mails, acostumamos a viver nossas vidas fragmentadas. Como a evolução tecnológica não para, ou até se acelera, quando começamos a nos adaptar, surge um novo dispositivo, e a nossa rotina é transformada, mais uma vez (supostamente para melhor). Não existe uma solução definitiva no curto, médio prazo. Alguns tentam romper com o progresso e se isolar do presente, mas vivem em luta contra o mundo e não sabemos se, depois de um tempo, terá realmente valido a pena. Não há como olhar pra frente, pois não sabemos o que vai ser. Alguém conseguiria prever iPods, iPhones e iPads, para se falar apenas na Apple? Alguém previu, por acaso, a internet? E o microcomputador, o PC? Como não há meio de buscar respostas no porvir, devemos olhar para trás. Ou, ao menos, tentar. Mason Currey não pensou exatamente nisso, mas fundou um blog chamado Daily Routines, onde pesquisava o dia a dia de gênios, artistas, pessoas criativas e/ou produtivas. (Não necessariamente executivos de empresas ― o que talvez retirasse todo o charme do projeto.) O fato é que Currey reuniu suas melhores descobertas em livro: Daily Rituals compila relatos de grandes mentes criativas, sobre o seu dia a dia. Há, nele, de tudo. Desde rotinas aborrecidas como a de Simone Beauvoir, que permaneceu ligada a Sartre, mesmo quando tinham outros relacionamentos, e que vivia uma existência pacata ― produtiva, mas sem muita sofisticação e, como dizemos, sem "badalação". Ao mesmo tempo, há Toulouse-Lautrec, que viveu no limite, como se cada dia fosse o último, e pagou o preço, apesar da obra admirável. Auden, o poeta, por exemplo, anotou: "A rotina, num homem inteligente, é um sinal de ambição". E Patricia Highsmith, autora do Ripley, observou: "Não existe vida real fora do [meu] trabalho, ou seja, fora da imaginação". Fellini apreciava, em sua profissão, o que chamou de "uma combinação muito rara entre trabalho e a vida em comunidade, que a realização de filmes proporciona". Voltaire trabalhava de 18 a 20 horas por dia, e concluía: "Eu amo meu local de trabalho". Já Trollope afirmava que 3 horas era o máximo que um escritor deveria entregar por dia. Chopin podia passar 6 semanas numa única página de música. E Flaubert, com seu estilo, antecipou Steve Jobs: "Não é fácil ser simples". Flaubert também diria que "apesar de tudo, trabalhar é o melhor jeito de escapar da vida". (Paulo Francis ecoaria isso.) Marx, um rebelde, registrava que não poderia deixar que "a sociedade burguesa" o transformasse "numa máquina de fazer dinheiro". Freud ponderaria: "Não posso imaginar a vida sem trabalhar como algo confortável". Já Jung, seu discípulo, depois seu antagonista, acreditava que "estar cansado e continuar trabalhando não é algo inteligente". E Murakami, o escritor japonês, diz que a repetição, em si, é importante: "É hipnotizante. Eu me hipnotizo deliberadamente, para atingir um estado de consciência mais profundo". Chuck Close, artista plástico, coroaria uma máxima que se tornou famosa: "Inspiração é para amadores. O resto de nós apenas senta e trabalha". John Adams, o compositor, precisa de "um estilo de vida quase irresponsável" para liberar sua criatividade. Dr. Johnson, o crítico, levava ao extremo: "Nunca persisti num plano por dois dias seguidos". William James, um dos pais da psicologia, acreditava que "quanto mais automatizamos nossas vidas nos pequenos detalhes", "mais conseguimos liberar espaço para a verdadeira criatividade". Joyce calculou que passou 20 mil horas escrevendo o Ulisses. Proust achava "odioso" subordinar sua vida à produção de uma única obra. Mas fez isso. Shostakovich escrevia toda a música na sua cabeça antes, para, só depois, passá-la a limpo. Yeats, o poeta irlandês, acreditava que, para viver criativamente, havia que se pagar um preço: o dele era escrever resenhas para jornal. Mencken, olhando para trás, diria que seu único arrependimento era não ter trabalhado "ainda mais duro". E Thomas Edison reconheceu: "Tive muitos assistentes esforçados, mas você leva a taça". Ele se referia a Nikola Tesla. Glenn Gould, surpreendentemente, dizia que tocava melhor quando ficava "um mês longe do instrumento". E Philip Roth resumiu assim: "Escrever não é um trabalho duro, é um pesadelo". Daily Rituals tem preciosidades, e deveria ser traduzido em português brasileiro por alguma editora de visão.
>>> Daily Rituals - How Artists Work
 
Julio Daio Borges
Editor
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