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COLUNAS
Sexta-feira,
9/7/2004
Lee Aaron: de Metal Queen a Diva do Jazz
Debora Batello
+ de 4700 Acessos

Com quatro anos de atraso, Slick Chick, o décimo álbum da cantora canadense Lee Aaron chega às prateleiras do Brasil, pela Hellion Records.
Slick Chick marca uma guinada de estilo da cantora, que foi por 15 anos conhecida como Metal Queen, apelido que vem do nome de seu primeiro disco. Aos 38 anos (hoje com 42 recém completos), Aaron viu que era hora de sair dos pôsteres dos quartos de meninos roqueiros e se entregar ao charme dos jazz clubs.
Quem ouve Slick Chick não sente nele nenhuma pecha de novato. Ao perceber que não voltaria a ter o sucesso que alcançou na década anterior, quando atingiu a marca de 250 mil cópias vendidas com o álbum Bodyrock (1989) e algumas nomeações no prêmio da música Juno Awards, Lee Aaron começou a testar seu repertório jazzístico nas casas do gênero em 1997. O grunge de Seattle transformara o rock e fazia cada vez menor a demanda por roqueiros, guitarras melódicas e seus falsetes. Miss Aaron viu que era hora de mudar de ramo.
A verdade é que ninguém agüenta prolongar por muito tempo a fúria metal da adolescência - não desmerecendo bandas de heavy metal, que em sua grande parte têm músicos de alto nível - mas, chega aquele momento em que o artista quer novos desafios. No caso de Lee Aaron, é entrar no terreno quase sagrado dos grandes improvisadores e instrumentistas. É como se Britney Spears aspirasse ser Billie Holiday.
O disco é composto de alguns standards do jazz e duas músicas assinadas pela própria Lee Aaron. Ela que já se declarou fã de Nina Simone, incluiu uma versão de "In the dark", música que ficou famosa na voz da Diva. Peggy Lee e Sarah Vaughan foram lembradas com "Why don't do right" e "Doodlin'", respectivamente. Outra Diva do jazz mencionada foi Annie Ross (do trio Lambert, Hendricks e Ross) com "Twisted". A ousadia da estreante em interpretar esses clássicos rendeu-lhe pontos positivos no saldo final do álbum, por não apresentar as faixas apenas como meras cover versions e, sim, por arejá-las com sua interpretação pessoal e seu sotaque rock.
Quem tiver a oportunidade de ouvir esse disco vai se deliciar com as faixas que mostram um ótimo groove suingado em "He ain't got rhythm", o legítimo blues "Evil gal blues" e um jazz espevitado e sexy em "I'd love to", além de outras faixas mais melancólicas como "Chaser for the blues" e "Small day tomorrow". Ouvir o álbum do começo ao fim desfaz qualquer preconceito que alguém tenha por estar calejado de ouvir a gratuidade e os clichês de ex-roqueiros em empreitadas de blues, jazz, erudito. O fato é que Miss Lee Aaron é ótima em seu ofício de cantar.
Neste disco, sua sensualidade e sex appeal bem conhecidos do público canadense e europeu estão à serviço de sua interpretação musical, e não mais de seu visual e roupas apelativas, que foram deixadas para trás, lá nos anos 80. "In the dark" e "Teach me tonight" na voz de Aaron Lee são canções de arrepiar.
A banda que acompanha Miss Aaron, The Swingin' Barflies, merece o lugar onde foi colocado seu nome: na capa do álbum Slick Chick de "Lee Aaron & The Swingin' Barflies". O grupo formado por Jane Milliken no piano, Don Short na bateria, Danny Park no baixo e Graham Howell no sax garante o entrosamento nas 13 faixas, que fluem com suas grandes interpretações nos instrumentos. É deste grupo que vem o piano brilhante da última música, "Tell him I said hello", quando Jane Milliken - que também co-produziu o álbum - faz um longo e delicioso solo. Para os que apreciam metais, qualquer faixa do álbum é um deleite proporcionado pelo sax de Howell, destacando a que abre o disco "He ain't got rhythm", onde o instrumento "responde" aos refrãos cantados por Aaron.
Lee Aaron mostrou inteligência além de bom gosto musical, ao preparar com muito cuidado seu disco de estréia no gênero jazz/blues, porque ela já sabia que iria enfrentar uma legião de críticos musicais mal-humorados e um público refinadíssimo, que não perdoam quem um dia já posou com uma espada na mão para capa de um disco de heavy metal.
Para ir além



Debora Batello
São Paulo,
9/7/2004
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