Lembranças do Morrissey | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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COLUNAS

Sexta-feira, 12/11/2004
Lembranças do Morrissey
Julio Daio Borges
+ de 9100 Acessos
+ 7 Comentário(s)


Morrissey & Marr, nos Smiths

Hoje eu sei que os Smiths, junto com o U2 e o The Police, estão para o rock dos anos 80 assim como os Beatles estão para o dos anos 60 e o Led Zeppelin, para o dos anos 70. Mas quanto eu tinha 14 anos, ou antes, nem desconfiava dessa informação e só tinha ouvidos para o Morrissey.

Ele era uma espécie de Cazuza que, alguns anos depois, "após a dissolução dos Smiths" (narrava um locutor), lançava-se em carreira solo com Viva Hate (1988). Então anunciavam-se os versos de "Suedhead", pelas frestas radiofônicas do meu quarto, enquanto um amigo afirmava que meu cabelo (cortado rente, com "máquina") lembrava o do Morrissey: "You had to sneak into my room/ just to read my diary/ Oh, it was just to see, just to see/ All the things you knew I'd written about you/ And oh so many illustrations...".

Eu não tinha um diário ainda mas gostaria de ter tido. Na época, era apaixonado por uma menina que com os olhos perseguia mas com a qual nunca falava. Então, quando ela passava muito perto de mim na escola, ou ameaçava me abordar, os seguintes versos cabiam perfeitamente na situação: "Why do you come here/ When you know it makes things hard for me/ When you know, oh/ Why do you come?".

Eu sabia muito pouco de inglês mas era um consumidor ávido das edições especiais de Letras Traduzidas da Bizz. Foi lá que eu captei todo o niilismo (embora não conhecesse a palavra) de "Everyday is like sunday": "Everyday is silent and gray", pontuava o bardo (outra palavra que eu passaria a adotar). Lembro de uma parte que me impressionou, principalmente pela imagem: "Share some greased tea with me". "Divida comigo uma taça de chá gorduroso" (apenas a visão mental do suposto chá já me embrulhava o estômago).

Obviamente, eu não compreendia tamanho desencanto. Talvez, na minha cabeça, a coisa guardasse um apelo romântico, mais no estilo do spleen, que eu estudaria mais tarde em literatura. E por falar no assunto, anos depois li na mesma Bizz sobre a fixação de Morrissey por Oscar Wilde - e passei a admirar este último, também, como uma herança intelectual transmitida, de fã para fã.

Mas minha saga com o Viva Hate não havia terminado. Cantaria "The ordinary boys" para os playboys do meu outro colégio: "Ordinary boys, happy knowing nothing/ Happy being no-one but themselves". E, também, para uma namorada que eu queria ver longe de uma certa turma: "But you were so different/ You had to say no/ When those empty fools/ Tried to change you, and claim you/ For the lair of their ordinary world...".

Mas a impressão mais forte, depois de me desfazer de Viva Hate e depois de reencontrá-lo em outra década, viria graças a "Little man, what now?" ("An afternoon nostalgia/ Television show..."). No momento exato em que eu trocava o LP do Morrissey por outro desimportante do Black Sabbath (porque eu estava em outra fase), numa loja como a Baratos Afins, eram esses versos que ecoavam proféticos, em fade out: "Oh, but I remember[ed] you/ I remember[ed] you...". A vendedora, como que prevendo o arrependimento, ainda elogiou o Viva Hate e disse qualquer coisa como "clássico" ou "antológico" (acho que era essa a palavra). Eu e aquele mesmo amigo do cabelo rente ainda rimos dela depois, já que estávamos muito convictos das nossas novas preferências musicais...

Então eu atravessaria alguns anos e alguns álbuns sem a companhia do Morrissey. Ele provavelmente voltou a me chamar a atenção ou através da MTV, ou através de um amigo da faculdade que assistia à MTV e me dava as notícias dos clipes, ou através de um outro amigo guitarrista que era um consumidor compulsivo de CDs e de quem devo ter visto Your Arsenal (1992) ou Beethoven Was Deaf (1993) em cima da mesa. Parece que acompanhando a minha "evolução" (rumo ao barulho), Morrissey agora soava pesado e distorcido, como numa versão rockabilly eletrificada. "Day or night/ There is no difference/ You gonna need someone on your side" (alguns anos bombardeado pela explosão hormonal da idade, eu não poderia concordar mais). E quando batia a desesperança, eu cantava choroso, cheio de autocomiseração: "My love, wherever you are/ Don't loose faith/ I know it's gonna happen someday...".

Mas, tirando a agressividade e o sentimentalismo (típicos), o ponto alto era "We hate it when our friends become sucessfull". Outro hino pop, que casaria harmonicamente com a guitarra de Johnny Marr, se os Smiths não tivessem se separado. Como eu desconfiava da inveja, por vezes pronunciada, de um colega de classe, era para ele que eu cantava silencioso o refrão.

E Morrissey entraria estrondoso na minha vida de novo com "Vauxhall And I" (1994), quando eu e ele tivéssemos superado nossa fase de "poluição sonora", avançando para uma outra mais melodiosa e até mais verbal. Tudo começou com "The more you ignore me, the closer I get", em que ele circulava entre luzes de interrogatório, no videoclipe da televisão. E seria uma cantada e tanto, se eu pudesse aplicá-la, ipsis litteris, nas meninas interessantes que encontrava: "When you sleep/ I will creep/ Into your thoughts/ Like a bad debt/ That you can't pay/ Take the easy way/ And give in/ Yeah, and let me in".

Eu guardava uma tremenda frustração na época, por causa de uma colega de faculdade que estupidamente dispensara, e então me consolava com "I am hated for loving": "I still don't belong/ To anyone - I am mine". Eu sabia mas não sei se associava esse trecho à alardeada assexualidade de Morrissey, que tinha toda a pinta de gay mas que - decidindo inovar - rompia logo com a humanidade inteira e reservava sua sexualidade para, quem sabe, uma próxima encarnação.

O Vauxhall, eu devoraria de cabo a rabo. Para mim, ainda é um dos melhores álbuns do Moz solo. Foi um disco que eu primeiro gravei, de uma antiga locadora de CDs, e que depois adquiri, com gosto, nos Estados Unidos. Entre montes de álbuns do Frank Sinatra (minha paixão então), reservei espaço para esse do Morrissey e também para Ten Summoners Tales (1993), do Sting (The Police e The Smiths, nos anos 80... lembra?).

Malajusted (1997), eu também adquiriria nos EUA, mas esse me soaria verboso e difícil, apesar da abertura grandiloqüente: "I wanna start from/ Before the beginning". Era declamatório demais (Morrissey tinha decidido, enfim, ser "poeta"?) e não funcionava como música (outra vez poluída por influência tardia do grunge [?]). Não consigo ouvir até hoje, apesar de bons momentos como "Alma Matters", cujo início iconoclasta me despertava alguma identificação: "So: the choice I have made/ May seem strange to you/ But who asked you, anyway?". E, claro, "Satan rejected my soul", misturando anticlericalismo com a mordacidade autocrítica que sempre foi sua marca registrada: "So I must find/ Somewhere else to go..." (visto que nem o inferno o aceitava mais).

Já nos anos 2000, longe mais uma vez do Morrissey, passaria por uma apresentação sua num canal a cabo, em que ele proclamava, entre guitarras: "Now my heart is full/ Now my heart is full". Meu coração também tinha estado "pleno" nesse tempo e era como se eu não precisasse mais dele.

Mesmo assim, arrastei a Carol para vê-lo ao vivo no Olympia, aqui em São Paulo, e do patamar superior observei o ídolo de tantos anos. Lembro muito pouco das músicas, além da execução, é óbvio, de "Now my heart is full". Lembro, talvez por causa da Carol, que é vegetariana, quando ele provocou o público: "Do you like animals?". Todo mundo respondeu: "Yes!". "So why do you eat them?" - e todo mundo ficou mudo. A expectativa era de que tocasse alguma coisa dos Smiths, mas como eu conhecia muito pouco da banda, fora os hits, não soube reconhecer nada...

Assim, quando, ultimamente, reaparece o velho Moz com batidas eletrônicas e alguns poucos achados verbais de que só ele é capaz, em You Are The Quarry (2004), não posso deixar de evitar um sorrisinho de canto de boca. Ainda assim, Morrissey me parece mais um cinqüentão cansado, tendo quase esgotado seu veio artístico, obrigado pelo trabalho a animar platéias com metade, um terço ou até um quinto da sua idade. Não deve ser fácil e, por consideração aos velhos tempos, não queria que ele mativesse essa aparência de anjo caído, tendo de emular um pessimismo lírico em que ninguém mais acredita (nem ele).

Bem, de minha parte, além de louvar sua importância sentimental nestas lembranças, tratarei de ouvir os discos inteiros dos Smiths, de trás para frente, de Strageways Here We Come (1987) para trás. É uma homenagem e uma forma de aprendizado tardio, já que a música pop não me interessa mais como antes. Mas vamos salvando Morrissey do céu, do inferno e resguardando-o no único lugar em que ele deve estar: no coração de seus fãs.

"He said the wants to befriend me
Which means
He can't possibly know me"

(Morrissey, "How could anybody possibly know how I feel")


Titio Moz, hoje


Julio Daio Borges
São Paulo, 12/11/2004

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
11/11/2004
15h58min
Você deveria ter deixado espaço para podermos assinar embaixo. Detesto quando os textos de meus amigos são melhores...
[Leia outros Comentários de André Lima]
12/11/2004
12h10min
smiths, U2 e police? um tem tanto a ver com o outro quanto jota quest e sex pistols. faltou o cure. cure e smiths, smiths e cure, andavam de mãos dadas nos anos 80. noves fora o caju.
[Leia outros Comentários de carl]
12/11/2004
13h56min
Morrissey espezinhava Robert Smith e sua banda sempre que tinha oportunidade, assim como provavelmente desprezava U2 e The Police. The Smiths nunca fez parte de nenhum "movimento" ou panelinha do rock britânico. Em termos estéticos, o único grupo com o qual eles talvez tivessem alguma afinidade era o REM.
[Leia outros Comentários de Flávio]
12/11/2004
22h26min
Apesar de gostar demais do Velho Moz, sempre gostei mais dos Smiths. Tenho duas coletâneas do Moz solo e o Viva Hate, recentemente saído no país, com bonus tracks. Os anos 80 são verdadeiramente The Smiths, The Cure e U2, além de, para mim, não conseguir excluir o REM, nem que eu quisesse. Também tive minha fase heavy metal (AC/DC e Iron Maiden, parando por aqui). Já comentei anteriormente que, aqui no Norte, tudo é muito difícil. Só sabíamos dos discos importados através de revistas especializadas (Bizz, depois Showbizz, Rock Brigade, que eram as que apareciam por aqui). Lembro que ouvia tanto o “Hatful of Hollow” (em vinil) que o coitado chegou a furar. Ainda o tenho e também “The queen is dead”, “The world won’t listen”, “Louder than bombs”, “Rank”, o primeiro Smiths, e dois EPs, tudo em vinil. As duas coletâneas do Moz dão uma idéia do que o bardo de Manchester era capaz sem seus partners na banda: língua afiada, desencanto sem fim, aliados a sua precisa verve oscar-wilderiana. Eu provavelmente não vou ouvir um guitarrista tão virtuosístico e, ao mesmo tempo, tão melódico quanto Johnny Marr. Não lembro de ter ouvido antes dos Smiths e tenho certeza de que até hoje, pós-tudo, não ouvi. De qualquer forma, ressuscitar os bons tempos do rock inglês servem como alento nesta época em que evanescentes bandas pipocam nos hit parades e nossos horizontes musicais se estreitam a ponto de nos credenciarmos a revivals, na esperança de que tais túneis do tempo nos levem para longe de terras de gigantes em sonoras viagens ao fundo do mar.
[Leia outros Comentários de Pepê Mattos]
14/11/2004
11h58min
The Smiths foi aquela banda que mudou minha vida. Sem dúvida! O Morrissey, apaixonante, é daqueles homens de frente que fazem toda a diferença numa banda... Os movimentos dele são inimitáveis, assim como também os movimentos do vocalista do REM, que é outra presença, mas as semelhanças param por ai... Ao menos, eu acho.
[Leia outros Comentários de Carolinne Assis]
16/11/2004
22h03min
Vocalistas esquisitões, letras de uma sensibilidade poética raramente vista na música pop, riffs de guitarra simples - mas estranhamente elaborados, ecos do glam rock e da new wave nova-iorquina dos anos 70... Não são poucas as semelhanças entre The Smiths e REM, as duas grandes bandas dos 80, ao lado dos Pixies.
[Leia outros Comentários de Flávio]
15/9/2005
22h03min
Querido Julio, acabo de adquirir uma cópia pirata de "Who´s put M in Manchester" na loja Música Urbana aqui em João Pessoa. Ele ainda consegue me emocionar até as lágrimas. Amei o seu texto restrospectivo sobre a sua relação com o bardo e a sua antiga banda, o The Smiths. O Morrissey salvou a minha vida do ostracismo naqueles difíceis anos 80, quando eu estudava em um colégio militar onde todos os garotos preferiam bandas mais barulhentas e agressivas. O Smiths foi a trilha sonora da minha adolescência. "Hand in glove" me encorajou a dar o meu primeiro beijo em um garoto no vestiário do colégio. Hoje, eu fico pensando o que seria dos garotos gays da minha época sem Morrissey e os seus Smiths. Para finalizar, quero dizer que Moz está na minha seleta lista de pessoas indispensáveis para o século XX junto com Marcel Duchamp, Andy Wharhol, Pasolini, River Phoenix, entre outros.
[Leia outros Comentários de retroboy]
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