Novo Editor-assistente: Duanne Ribeiro | Digestivo Cultural

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Sexta-feira, 10/5/2013
Novo Editor-assistente: Duanne Ribeiro
Julio Daio Borges
+ de 3500 Acessos

Seguindo a tradição desde Fabio Silvestre Cardoso (2005) e Rafael Rodrigues (2007), apresentamos a você, Duanne Ribeiro, o novo Editor-assistente do Digestivo Cultural! Duanne já vem editando o Digestivo desde dezembro de 2012. Segue uma entrevista com ele, para que você, Leitor, possa conhecê-lo melhor ;-) Boa sorte, mais uma vez, Duanne, e vida longa na função! ― JDB

1. Duanne, fale um pouco da sua formação (estudos, trabalhos etc).
Sou formado em Jornalismo pela Unisanta, graduando em Filosofia pela FFLCH/USP e pós-graduando em Gestão Cultural pelo Celacc/USP. Trabalho no Itaú Cultural junto a equipe do site, que lida com todos os produtos digitais do instituto. Além disso, edito de acordo com meu tempo livre a revista Capitu, que originalmente foi meu trabalho de conclusão de curso e hoje segue sendo tocada em companhia de vários colaboradores, com um perfil que mudou uma porção de vezes e talvez tenha encontrado agora seu ideal.

2. Como foi cair nessa história de jornalismo cultural?
Um marco certamente foi o trabalho de conclusão de curso, que foi quando estudei por mim mesmo a bibliografia básica, entrevistei ou assisti a palestras de editores e jornalistas da área etc. Mas isso provavelmente vem de muito mais longe, do fato de que eu sempre gostei de ler e escrever, desde criança.

3. Quais são suas principais referências (na área)?
Crítica Cultural ― Teoria e Prática, de Marcelo Coelho, que propõe uma análise fina das obras de cultura; os textos da New York Review of Books, que conheci por conta de Paulo Francis, como aparentemente toda a geração anterior a mim ― uma crítica contextualizada, que vai além dos textos, que faz reportagem. Embora não leia Isabela Boscov, uso como guia uma ideia dela, de um curso: o texto crítico pode ser o único contato com um universo, com tais experiências, com tais contextos ― ele precisa portanto se bastar, ser para o leitor um ensaio em pé de igualdade com a obra. E, para não me alongar muito, as entrevistas da Paris Review ― bem elaboradas, pensadas e repensadas, desvelando um processo de trabalho e uma personalidade.

4. Como foi seu trabalho à frente da Capitu (até agora)?
No TCC, um projeto de revista impressa, escrevi as reportagens, fiz as fotos, diagramei e editei (junto ao meu orientador Marcio Calafiori). Também montei um site bem básico para a revista. Logo após a formatura, implementei um site melhor e comecei a produzir edições mensais. Era um layout mais funcional, ainda assim rudimentar: o que sei de webdesign é muito pouco. Com a parceria com meu amigo Rafael Henrique, finalmente Capitu recebeu um formato melhor, que se aperfeiçoou até a versão de hoje.

O trabalho ao longo desse tempo é o mesmo: receber as colaborações, discutir a qualidade do texto, editá-lo (foto, distribuição, chamadas), depois cuidar das redes sociais. O perfil no twitter tem além disso um caráter de curadoria da informação, pois indico conteúdo de várias fontes.

5. Como vê o atual momento do jornalismo (como um todo) na internet?
O jornalismo na internet hoje dá perspectivas de possibilidades profissionais que não poderiam ser exploradas do mesmo jeito por nenhuma outra época. A curadoria de informação, a gestão de comunidades, o jornalismo de dados, os newsgames, a crescente diferenciação possível de públicos, de maneira que se pode informar uma pessoa específica em um lugar específico do que ela possa querer saber. Tudo isso é o mesmo trabalho de transmissão de informação, mas expandido, mais complexo.

6. E o momento do jornalismo cultural na imprensa?
É bastante rico. O Estadão tinha o Sabático, sobre literatura, mercado editorial, e tem o Aliás, com debates, reportagens e jornalismo de ideias; a Folha tem a Ilustríssima, com ensaios sem o medo do texto longo ou da referência menos leve ― o que tem uma equivalente na Serrote. A Bravo!, agora sob comando de Armando Antenore, me parece trazer mais textos escritos por artistas e também mais críticas ― sem perder o foco na reportagem (o problema de Antenore ter se tornado redator-chefe é que perdemos a coluna Confessionário, que possuía um texto e método de entrevista brilhantes...).

Tomando jornalismo de cultura em um sentido mais antropológico, quero incluir as reportagens e os perfis de Piauí, assim como citar as críticas e trechos de livro publicados.

Isso, é claro, algumas poucas citações ― e, com internet, quem está reduzido a isso? Há muito mais em português ou língua estrangeira, para ler e interagir.

7. Quais acha que serão seus principais desafios editando comigo o Digestivo?
Editar o trabalho alheio é sempre um desafio, e lidar com a especificidade de cada colaborador é acima disso algo que só se aprende pela tentativa e erro, na prática cotidiana. Outro desafio é compreender o público do site, sentir como reagem aos textos, de maneira a saber como levar a linha editorial, onde melhorar, onde mudar de rumo, onde surpreender o público.

Isso além da responsabilidade do trabalho em si ― o Digestivo tem mais de 1,5 milhão de visitas mensais e um banco de mais de 10.000 textos, fora os mais de 16.000 Comentários e os mais de dez anos de história. É preciso fazer jus a esse percurso, e ajudar para que chegue ainda mais longe.

8.E qual acha que pode ser sua contribuição para o site?
Zelar pela qualidade dos textos, sem atacar a liberdade de criação. Começar mais conversas com o público. Abrir mais canais para que se descubra o acervo do site.

Também me interesso por participar da construção do novo layout. Há experiências em design on-line que privilegiam o texto ― o forte do Digestivo ― colocando-o em destaque, permitem leituras de engajamento variáveis, facilitam o compartilhamento. Gostaria de ajudar a por isso em prática.

9. Num momento de supremacia das redes sociais, o que (ainda) devemos esperar de sites e blogs?
Em relação aos sites, as mídias sociais são hoje sua integração mais poderosa com a rede, muitas vezes rendendo mais visibilidade do que os mecanismos de busca.

Em relação a blogs, as redes sociais remanejaram sua função na Web. Na década de 2000, os posts "diarinho", os posts "conteúdo" e os posts "literários" conviviam na mesma comunidade, junto fotos e mais fotos, e o relacionamento pelos comentários, nos blogs e flogs. Hoje, isso trocou de lugar, tornando blogs mais do que apenas plataformas de publicação de conteúdo. Há dez anos, o mantra "blogs iniciam conversações" era completamente legítimo; atualmente a conversação é feita nas redes sociais e percorre os blogs, sem se fechar no seu espaço.

As redes, assim, são o fluxo dessa conversação, mas além do conteúdo eventual ou produzido pelo mero burburinho, elas também necessitam daquele que é elaborado por esses meios de comunicação não tão intensamente conectados. Uma matéria, um vídeo, etc. ― é isso o que lhes dá a substância.

Cabe então a blogs e sites reconhecerem sua posição, digamos, mais estática; e perceber que ganharam uma nova necessidade: o de administrar uma rede no seu entorno, não só gerir os debates e as trocas, como participar deles. User-centered, como se diz, "seja lá onde o usuário estiver". E produzir ótimos produtos.

10. O que você diria para quem está nos lendo e gostaria de participar do Digestivo Cultural (o que você ― como Editor-assistente ― espera dos Colaboradores (novos ou não).
Escreva! Trabalhe suas ideias, pense nos modos que o leitor terá de acessar e entender o que você está transmitindo. Escreva! Tente formas com as quais não está acostumado ― vá ao conto, à crônica, ao perfil. Tom Wolfe afirmou em um prefácio que o que lhe agradava era saber que, pelos seus textos, o leitor abria a revista e encontrava sempre uma variedade inesperada. E, mais importante: talvez nada disso, ou mais que isso. Como diz Haroldo, "que deus te guie, porque eu não posso guiar".


Julio Daio Borges
Sexta-feira, 10/5/2013

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