Eu blogo, tu blogas? | Fabio Gomes | Digestivo Cultural

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Segunda-feira, 4/7/2016
Eu blogo, tu blogas?
Fabio Gomes
+ de 4300 Acessos

Em 23 de junho, coloquei no ar aquele que é (se não erro nas contas) meu décimo blog - Fabio Gomes Foto & Cinema. Como o nome já indica, naquele espaço estarei destacando meu trabalho com as imagens, ao contrário de quase todos os anteriores, voltados para o meu trabalho como jornalista cultural. Eu já divulgava meus filmes e fotos em uma fan page no Facebook, mas conforme vinha intensificando meu trabalho nesta área (audio)visual, fui sentindo a necessidade de ter um local específico na internet. Num blog (assim como num site), você pode gerenciar melhor o aspecto das publicações, assim como o público dispõe de ferramentas para localizar facilmente o que procura, dois aspectos em que o Facebook historicamente deixa a desejar.

Enquanto eu configurava as diferentes áreas do novo blog, foi inevitável ficar me sentindo como em 2009, quando criei meu primeiro blog que teve destaque, o Som do Norte. Não apenas por questões emocionais (ao estio 'passa um filme na minha cabeça - risos), mas porque ao longo desses sete anos pouca coisa de fato mudou no bom e velho Blogger. A facilidade de uso é a mesma, assim como o caminho para localizar e implantar algumas funcionalidades continua tortuoso. De toda forma, ao menos para mim, o Blogger é bem mais fácil de operar que seu congênere Wordpress - ao menos mais intuitivo.

Minha primeira experiência com blogs foi em 2003, ano em que o formato se impôs como uma novidade na websfera brasileira. Criei um blog do qual confesso que já nem lembro o nome, até porque ele só esteve no ar uns poucos dias, e para o qual não produzi conteúdo original, limitando-me a republicar nele textos sobre cinema. Mais especificamente, resenhas de filmes, escritas para meu site Brasileirinho. Minha intenção era entender a ferramenta; cumprida essa meta, excluí o blog. A experiência talvez tenha ocorrido em maio, pois em 9 de junho daquele ano lancei dentro do Brasileirinho o informativo Mistura e Manda, que incorporava algumas características de blog - atualização periódica (semanal, aos domingos), textos curtos e o convite para que a pessoa comentasse e enviasse sua opinião (ou, no caso, "misturasse e mandasse"); este último cumpria a função da caixa de comentários de um blog. Além de ser postado no site, o M&M era enviado por e-mail a assinantes. O M&M seguiu sendo atualizado até o começo de 2009.

Minha experiência seguinte com blog foi como colaborador do Protocolo do Incenso - Ritual & Atração, criado pela jornalista e atriz paulista Vanessa Morelli, ali por 2008. Meus textos não tinham um tema e periodicidade definidos, apenas o compromisso de falarem sobre cultura; quase sempre eu produzia textos inéditos, que eventualmente republicava em outros espaços - o que fez com que eles sobrevivessem, já que tempos depois Vanessa retirou o blog do ar. Foi também como colaborador que participei de outro blog sediado em São Paulo, o Falando das Telas. A iniciativa do crítico Ruy Jobim Neto visava comentar a produção de cinema e TV; minha presença no blog se resumiu a um comentário sobre a minissérie Maysa, que a TV Globo apresentou no começo de 2009. Posteriormente fui colaborador também do blog do Coletivo Megafônica, de Belém (2011).

Minha opção por trabalhar com blog, e não site, ao me propor a abordar a musicalidade da Amazônia, em meados de 2009, foi em parte pela facilidade de uso, já comentada ao início desse texto, e também porque os blogs viviam talvez seu momento de maior prestígio e influência no Brasil, ao contrário do que ocorria seis anos antes. Na época o Google (dono do Blogger) não disponibilizava as estatísticas de acesso, mas para ilustrar a popularidade que o Som do Norte obteve logo de saída basta dizer que em dezembro de 2009, com apenas quatro meses no ar, enquete realizada pelo blog para escolher a Música do Ano recebeu mais de 21 mil votos!

Isto me levou a no ano seguinte dedicar novo blog à sonoridade amazônica: o Música do Norte, onde só posto álbuns inteiros, sejam clássicos ou lançamentos.

Já em 2011, transformei em blog meu antigo site Jornalismo Cultural, lançado em 2005, e criei meu único fan-blog, o Noel Rosa Sempre, onde publicava notícias sobre o artista e disponibilizava material de sua autoria que está em domínio público. No ano seguinte, pus no ar meu blog mais ao estilo "internet roots", o Rapidola. O Rapidola começou em 2010 como um informativo do Som do Norte enviado a assinantes, ao estilo do Mistura & Manda, porém com um diferencial: não continha textos completos, apenas links, com uma breve frase de abertura, pinçada de uma das notícias linkadas. A seleção incluía posts de outros blogs que também falassem da música nortista. O Rapidola-blog nasceu para deixar acessíveis esses informativos, e a referência a 'roots' é porque eram exatamente assim os primeiros blogs da internet: uma coleção de links.... A primeira publicação do Rapidola na internet aconteceu numa página do Multiply, rede social que já foi desativada (e que a bem da verdade nunca emplacou no Brasil). O Rapidola como blog que merece ser lembrado nasceu durante uma breve passagem minha por Manaus, em setembro de 2012. Na mesma viagem, mas em Porto Velho, comecei a editar o blog da Poeta Amadio, artista cujo trabalho venho produzindo desde aquela época.

Em 2013, lancei meus únicos blogs sem ligação direta com meu trabalho de jornalista cultural. O primeiro, totalmente despretencioso, era o Apontam Estudos, com o propósito de perpetuar as "pérolas" que escrevo em meu Facebook pessoal. Sua função se esvaziou desde que o Facebook passou a permitir acesso às "lembranças" (ou seja, postagens de ano anteriores, feitas no mesmo dia do ano em que estamos). O segundo se chamou Comendo Bem e Barato e foi uma tentativa de criar um guia online de restaurantes baratos, do tipo onde você poderia almoçar por até 20 reais, e que normalmente não aparecem nos guias turísticos nem são recomendados pelas agências de viagem. A ideia era que obter anúncios dos próprios estabelecimentos citados no blog, o que não se confirmou, e me levou a excluí-lo após 40 dias. A lista se encerra com o blog do projeto As Tias do Marabaixo, no ar desde 2014, quando comecei o trabalho de resgate e divulgação do Marabaixo, cultura tradicional de matriz africana típica do Amapá.

Como já mencionei, vai longe o auge dos blogs no Brasil. A audiência foi caindo lentamente a partir de 2012; no começo de 2013, pareceu embalar novamente (lembro de ter falado sobre isso numa conversa que tive com alunos da PUC-SP em abril daquele ano), mas depois seguiu em queda, mantendo-se agora estável. Digamos que é um público pequeno, porém fiel. Claro que estou falando de meus espaços no Blogger.

Completamente diferente é o blog que desde o ano passado mantenho dentro do site Digestivo Cultural, o Cinema Independente na Estrada. Em média, meus posts lá têm 339 acessos, com a fantástica marca de 1.652 para o post inaugural do blog, que conta a história do projeto As Tias do Marabaixo (os números foram colhidos em 24.6.16).

Já no Som do Norte, os posts que atualmente chegam a 300 acessos são os de entrevistas ou lançamentos exclusivos. Aliás, exclusividade me parece ser a palavra-chave que justifica a manutenção de blogs, era assim no passado e hoje segue sendo. Desde o ano passado, parei de postar no SdN agenda de shows - as informações sobre os shows em sua cidade você obtém hoje muito mais fácil através de redes sociais ou Whatsapp, não há porque ocupar espaço no blog com isso.

Pra concluir: considero sim que os blogs seguem sendo boas ferramentas, principalmente se quem o edita tem noções de HTML, que ajudam a compensar a limitação de recursos. Para quem gosta de publicar regularmente, um blog ainda é preferível às redes sociais (estas, sim, são grandes ferramentas para a difusão do conteúdo blogado), mais ainda se você pretende usar o blog como forma de oferecer serviços e produtos (o mural do Facebook, talvez propositalmente, não se presta muito bem a este fim). Por fim, só posso comemorar o final de cobranças tipo - Ah, seu blog é tão legal, por que você não o transforma num site? São coisas diferentes: cada vez mais, um site é recomendado se você quer publicar um conteúdo de forma institucional, com atualizações ocasionais. Para publicar regularmente e se manter pesquisável & localizável neste mar sem fim que é a internet, a melhor opção em 2016 segue sendo o bom e velho blog.


Fabio Gomes
Maceió, 4/7/2016

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